Governo Lula exonera dois delegados da PF investigados na Abin paralela de Ramagem
ORCRIM BOLSONARISTA
Governo Lula exonera dois delegados da PF investigados na Abin paralela de Ramagem
Um dos exonerados é Carlos Afonso Gonçalves Coelho, que atuava juntamente com Ramagem no “núcleo de alta gestão” da Abin Paralela e era responsável por dar as ordens de monitoramento ilegal aos subordinados.
Bormevet estava lotado como assessor na Subchefia de Análise Governamental da Casa Civil desde 26 de dezembro de 2022, ainda no governo Bolsonaro. Ele foi exonerado pelo secretário-executivo da pasta, Jônathas Assunção de Castro.
Furto de equipamentos
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão na casa, no apartamento funcional e no gabinete de Alexandre Ramagem, a PF recuperou seis celulares e quatro notebooks que o bolsonarista furtou da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin.
Ramagem é investigado por estruturar uma organização criminosa dentro da agência, a Abin paralela, que monitorou ilegalmente cerca de 30 mil brasileiros, entre autoridades, políticos e professores. O órgão tinha como objetivo abastecer Jair Bolsonaro (PL) e seu clã sobre andamento de investigações e adversários políticos.
Em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (25), Ramagem admitiu ter surrupiado os aparellhos que pertencem à União. No entanto, segundo ele, os equipamentos eram antigos e foram "trocados por novos".
“O que levaram da minha residência, se houve computador que era da Abin ou telefone, foram trocados por novos. Não tem utilização há mais de três anos, sem uso. Mesmo sem uso não devolve. Poderia devolver, mas não devolvi”, afirmou.
Nesta sexta-feira, o ex-diretor-geral da Abin publicou um vídeo em suas redes sociais onde, em tom de choro, afirma que é vítima de "perseguição política".
"Não se deseja que a bandeira da direita chegue a uma prefeitura. Assim como o mandato de busca no gabinete do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ). Nós dois, coincidentemente ou não, estamos com a possibilidade de ser candidatos a prefeito", inicia Ramagem.
Em seguida, ele afirma, de maneira confusa, que a perseguição política contra ele é "evidente" e que a operação da PF visa atacar a "verdade nas redes sociais". "A perseguição que se faz é inequívoca e evidente à liberdade de expressão, às redes sociais é uma delas, que não se pode ter a verdade nas redes sociais".
https://revistaforum.com.br/politica/2024/1/26/governo-lula-exonera-dois-delegados-da-pf-investigados-na-abin-paralela-de-ramagem-152941.html