Haddad celebra melhora na avaliação do Brasil por agência de risco: "Passo importante"
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu uma coletiva de imprensa na noite desta quarta-feira (14) para comentar as perspectivas econômicas positivas do Brasil após a elevação da nota de crédito do país no cenário internacional.
Emitida pela mais importante agência de classificação de risco do planeta, a Standard & Poor’s, o ‘rating’ brasileiro subiu de “estável” para “positivo”, o que significa, na prática, que a nota poderá subir significativamente nos próximos dois anos. O Brasil não chegava a esse nível desde 2019.
A nova classificação do Brasil atribuída pela agência atrairá mais investimentos ao país, já que os fundos buscam nações com os melhores ratings - isto é, países que são considerados mais capazes de pagarem suas dívidas.
Haddad celebrou a avaliação da Standard & Poor’s, que veio acompanhada de uma queda histórica do dólar em relação ao real - a moeda norte-americana fechou esta quarta-feira (14) cotada R$ 4,82, menor índice em 1 ano.
"É um passo importante. Depois de 4 anos, ter uma sinalização dessas. Gostaria de compartilhar com Congresso e o Judiciário. As iniciativas que estão sendo tomadas na direção correta de arrumar contas do Brasil e permitir que a gente possa avançar com geração de emprego", disse o ministro.
"Menção à nova regra fiscal, foi feita menção às perspectivas de aprovação da reforma tributária, às medidas de reoneração, de corte de gasto tributário. Tudo isso foi mencionado na nota. Importante que uma agência externa consiga observar esses avanços. Se mantivermos ritmo de trabalho, nas duas Casas e no Judiciário, quero crer que vamos conseguir atingir nossos objetivos", declarou ainda.
Segundo Haddad, "o Brasil precisa voltar a crescer. Não tem alternativa. Não há solução para esse país, do tamanho que ele tem, se não houver crescimento. O ministro ponderou que o resultado emitido pela agência de risco é ainda "modesto" mas "importante" por ser "uma mudança de viés, uma mudança de rota". "É muito significativo", pontuou.
O ministro aproveitou, ainda, para pedir ao Banco Central (BC) que "se some a esse esforço", em uma referência à astronômica taxa básica de juros fixada em 13,75% pela diretoria da instituição. "Penso que há 6 meses atrás ninguém pensava que estaríamos na situação que estamos hoje. Temos uma oportunidade de ouro de fazer a diferença", sentenciou Haddad.