Bolsonaristas votam em peso em projeto que beneficia Mercadante
| Metrópoles
A Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem projeto que altera a Lei das Estatais e reduz para 30 dias o período da quarentena de indicados a ocupar cargos de presidente e diretor de estatais. Hoje esse prazo é de 36 meses (três anos).
A medida beneficia em cheio o ex-ministro Aloizio Mercadante, condutor da transição de Lula, e que ontem mesmo foi anunciado pelo presidente eleito como futuro presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento e Econômico Social).
Atualmente, esse período é de 36 meses (três anos). O texto foi aprovado por 314 votos “sim” e 66 “não”. O projeto segue agora para votação no Senado.
E os bolsonaristas votaram em peso junto com petistas e o resto da oposição a favor desse projeto. Além do Centrão. De Eduardo Bolsonaro a Carla Zambelli, ambos do PL de São Paulo. E das ex-ministras do atual governo Tereza Cristina (PP-MS) e Flávia Arruda (PL-DF).
O projeto é da deputada bolsonarista Celina Leão (PL-DF) e, originalmente, não tratava de período de querentena, mas apenas sobre gastos com publicidade da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias.
Mas a relatora, Margarete Coelho (PP-PI), uma aliada de Lira e que sempre relata projetos importantes, inseriu esse assunto no seu relatório. Hoje, a legislação proíbe que integrantes de direção partidária ou quem tenha trabalhado em campanha eleitoral assume esses cargos sem antes passar pela quarentena de 36 meses.
O argumento de Margarete é que esse prazo de 36 meses é muito extenso e atrapalha a vida funcional de políticos de cidades de interior.
Outros bolsonaristas que votaram a favor do projeto pró-Mercadante foram: Caroline de Toni (PL-SC), Bibo Nunes (PL-RS), Coronel Armando (PL-SC), Coronel Tadeu (PL-SP), Delegado Éder Mauro (PL-PA), Delegado Pablo (PL-AM), Aluisio Mendes (PSC-MA) e Capitão Wagner (União-CE), entre vários outros.
Os únicos partidos a orientarem o voto contra o projeto foram o PSDB, o Novo e o Cidadania.
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