Ofensiva bolsonarista contra a justiça só vai parar caso Lula se eleja

Na manhã do domingo, Bolsonaro voltou a dizer que somente após a eleição avaliará a proposta de aumentar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal e de encurtar seus mandatos.
Segundo ele, sua decisão vai depender “da temperatura na Corte.”
Noutras palavras: se os ministros passarem a se comportar como ele quer, uma vez reeleito ele deixará o tribunal em paz, desde que o tribunal também o deixe em paz.
Nos próximos quatro anos, haverá mais duas vagas a serem preenchidas no Supremo.
À noite, porém, Bolsonaro baixou o tom e disse que pretende conversar após as eleições com a presidente do Supremo, Rosa Weber, para pacificar o clima por lá.
É o morde e assopra, marca registrada dele, que às vezes funciona, às vezes não.
Os bolsonaristas eleitos para a Câmara dos Deputados e o Senado estão entusiasmados com a ideia de pôr a justiça sob rédeas curtas, regulando sua atuação e restringindo seus poderes.
Resta saber se, em caso de vitória de Lula, perderão ou manterão o entusiasmo.
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