Na TV, Jair Bolsonaro tentou convencer o eleitor de que o ex-presidente quer aumentar o número de abortos. A peça não mostrou o contexto e a data das declarações do petista
14 de outubro de 2022, 22:08
247 - A campanha de Jair Bolsonaro (PL) acusou sem provas nesta sexta-feira (14) o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de querer mudar a lei do aborto para "incentivar a mãe a matar o próprio filho".
A propaganda eleitoral de Bolsonaro na televisão resgatou falas antigas de Lula para tentar convencer o eleitor de que o ex-presidente quer aumentar o número de abortos no Brasil.
De acordo com uma das declarações do ex-presidente, "todo mundo tem que ter direito e não ter vergonha", o que sugere ao telespectador uma posição favorável do petista à mudança na lei. Mas o contexto e a data das declarações não ficaram claros na peça.
A peça transmitida nesta sexta lembrou que a lei do aborto no Brasil deixou livre para as mulheres decidirem se continuam ou não com a gravidez em três situações: risco de morte da mãe, má-formação no cérebro da criança ou em casos de estupro.
"Mas Lula quer mudar a lei e incentivar a mãe a matar o próprio filho no seu próprio ventre", disse a apresentadora.
Em outra passagem, o narrador da peça afirmou que "o Brasil com Bolsonaro valoriza a família e respeita a fé". "O brasileiro é, acima de tudo, um povo de fé".
Intenções de voto
Em números divulgados nesta sexta, o Instituto Datafolha apontou que Lula continua na primeira posição na disputa pelos votos no País.
O ex-presidente aumentou o seu percentual na Região Nordeste, que tem o maior número de pessoas com baixa renda no Brasil. As estatísticas mostraram que Bolsonaro tem 51% de rejeição.
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