Caminhada de Lula com o povo no Complexo do Alemão

 

12/10/2022 10h04 Atualizado há 9 minutos 

Por Arthur Guimarães, Paulo Renato Soares e Guilherme Mazui, g1 — Rio de Janeiro

No Rio, Lula critica Bolsonaro e diz que governo deve levar saúde, educação e lazer às comunidades

Lula durante campanha no Complexo do Alemão — Foto: Pilar Olivares/Reuters
1 de 1 Lula durante campanha no Complexo do Alemão — Foto: Pilar Olivares/Reuters

Lula também disse que, caso seja eleito, seu governo trabalhará para aumentar os trabalhos com carteira assinada e para que haja mais crédito disponível aos microempreendedores. O ex-presidente defendeu reajuste "justo" para as aposentadorias e o combate à violência contra mulher.

"Nós iremos construir um país onde, em vez de armas, a gente distribua livros. Em vez de ódio, a gente distribua amor, onde o salário mínimo vai voltar a aumentar todo ano, onde os aposentados vão ter um aumento justo, onde a gente vai cuidar das pessoas com muito carinho, sobretudo acabar com o feminicídio, porque mulher não é objeto de cama e mesa. Mulher é muito importante", afirmou.

Lula ainda criticou seu adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), ressaltou que o governo petista executou mais obras nas comunidades e pediu para que nordestinos não votem no atual presidente. Após o primeiro turno, Bolsonaro associou a vitória de Lula no Nordeste ao analfabetismo na região.

Políticas públicas

Antes do ato nas ruas do Complexo do Alemão, Lula esteve no Voz das Comunidades, organização não-governamental (ONG) e jornal comunitário criado em 2005. O fundador do Voz das Comunidades, Rene Silva, foi escolhido pela Revista Forbes Brasil como "exemplo de um time que está reiventando um país" e em 2018 ganhou o prêmio em Nova York da organização Mipad (Most Influential People Of African Descente), concedido a pessoas afrodescendentes influentes.

Em entrevista ao Voz, Lula afirmou que é preciso valorizar a cultura das comunidades e que as políticas públicas não podem ficar restrita à área de segurança pública.

"O problema das comunidades mais pobres do Brasil é que o Estado só aparece quando tem um problema para resolver, achando que a polícia é a solução. Quando na verdade a solução é a presença do Estado no cotidiano. O Estado tem que estar na educação, tem que estar na saúde, tem que estar na cultura, tem que estar no lazer, na coleta de esgoto, no tratamento de esgoto, tem que estar presente 24 horas por dia", disse o ex-presidente.

Lula declarou que a a polícia não é a "única solução" nas comunidades. Para o petista, prefeituras, governos estaduais e governo federal devem, juntos, desenvolver ações para atender as periferias do país.

Segundo turno

Lula enfrentará o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição, marcado para o próximo dia 30. O petista ficou à frente no primeiro turno, quando recebeu 57,2 milhões de votos (48,43%) contra 51 milhões de Bolsonaro (43,20%).

Nos últimos dias, Lula concentrou agendas no Sudeste. No Rio de Janeiro, por exemplo, o ex-presidente conseguiu o apoio do prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), e do prefeito de Belford Roxo, Waguinho, que também preside o União Brasil no Rio.

No estado, terceiro maior colégio eleitoral do país, Lula foi derrotado por Bolsonaro. A diferença foi de quase um milhão de votos entre os candidatos. Bolsonaro teve 51,09% dos votos válidos, e Lula, 40,68%. 

https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/eleicoes/2022/noticia/2022/10/12/lula-cumpre-agenda-de-campanha-no-complexo-do-alemao.ghtml

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