Vera Magalhães fala sobre as agressões sofridas por ela pelo deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos-SP). A colunista do O Globo e CBN afirmou que entrou com uma queixa-crime contra o parlamentar.
Um dia depois de sofrer as agressões pelo deputado estadual bolsonarista Douglas Garcia (Republicanos-SP), Vera Magalhães lamentou o episódio e criticou a postura do parlamentar. Garcia mentiu sobre a remuneração da comentarista na TV Cultura e repetiu as falas dos ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro no debate presidencial da Band: "você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro".
'A gente não pode aceitar esse assédio direcionado. É um assédio que parte de lugares institucionalizados, de poder. Parte da Presidência da República e parte de um deputado estadual que tem um mandato. Ele não pode se valer da sua liberdade e do seu direito de palavra para ofender e para difamar pessoas. Ele queria me expor', questionou Vera.
Douglas Garcia acompanhava o candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) no debate para o governo de São Paulo promovido pela TV Cultura, Folha S. Paulo e UOL. O ataque aconteceu quando Vera fez uma pergunta ao Tarcísio sobre o tema cultura. A comentarista destacou que o próprio parlamentar já obteve o contrato dela com a emissora pública e o expôs na tribuna da Alesp.
'Eu já tornei público o meu contrato com a Fundação Padre Anchieta, e não é com o governo de São Paulo, para apresentar o programa Roda Viva', afirmou.
Vera Magalhães informou que entrou com uma queixa-crime contra o deputado. Entidades do jornalismo também recorreram ao Ministério Público para que órgão acione a Alesp por assédio contra jornalista. Ela refletiu sobre o ambiente conflagrado das eleições deste ano.
'A gente está em um ambiente muito tóxico, que não é de todo livre para o exercício da liberdade de imprensa e do jornalismo profissional. (...) Tentam nos descredibilizar, mas o jornalismo é necessário para que você, da sociedade, tenha acesso às informações de todos os governos', disse.
Apesar da agressão, a comentarista agradeceu as mensagens de apoio de ouvintes, emissoras e entidades do jornalismo. A rádio CBN e o jornal O Globo emitiram uma nota de repúdio conjunta em sua defesa.
'Me sinto muito acolhida e muito tranquila, apaziguada com a reação firme também das organizações de imprensa', afirmou.
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