Petrobras faz parte de 'carrossel de inimigos artificiais' de Bolsonaro, analisa Carlos Andreazza

Por g1

22/06/2022 05h00

Enquanto o litro da gasolina chega a quase R$ 9,00 nos postos, a Petrobras enfrenta mais instabilidade nesta semana. 

A estatal passa pela quarta troca de comando em 3 anos e meio, pressionada pelo governo Bolsonaro, que agora defende a abertura de uma CPI para investigar as políticas de preços e os gestores da estatal.

Hoje, o conselho da Petrobras é formado por 11 membros, dos quais seis foram indicados pelo próprio governo, acionista majoritário da estatal.

 Atualmente, o presidente da República é responsável pela indicação dos nomes para a presidência da Petrobras.



O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

É diante da atual relação entre a estatal e o governo federal que o colunista Carlos Andreazza define a Petrobras como parte de um "carrossel de inimigos artificiais" criados por Bolsonaro.

"A Petrobras não é um inimigo novo, mas cresceu muito recentemente em função da dimensão eleitoral, da pressão inflacionária ", analisa Andreazza.

"Atacar a Petrobras nesse momento é muito oportuno. Mostra que 'estou tentando, estou lutando, gostaria de fazer mais, mas não tenho controle", explica o colunista.       




 O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo


É diante da atual relação entre a estatal e o governo federal que o colunista Carlos Andreazza define a Petrobras como parte de um "carrossel de inimigos artificiais" criados por Bolsonaro.



"A Petrobras não é um inimigo novo, mas cresceu muito recentemente em função da dimensão eleitoral, da pressão inflacionária ", analisa Andreazza.

Andreazza ainda aponta o fato de que, ao longo da cruzada contra a Petrobras, Bolsonaro e auxiliares jamais colocaram em discussão a política de Preço de Paridade Internacional (PPI), dado essencial da equação.

"Se fosse o interesse de, por exemplo, modificar o preço de paridade internacional, ele [Bolsonaro] poderia ter feito, inclusive numa época mais oportuna - não depende de legislação para isso. Ele poderia ter feito no ano passado, quando demitiu o primeiro presidente - nós estamos indo para o quarto."

Para o jornalista, do barulho todo restará uma conta de pelo menos R$ 50 bilhões que conseguirá, no máximo, “maquiar a bomba de gasolina até a eleição”.

https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2022/06/22/petrobras-faz-parte-de-carrossel-de-inimigos-artificiais-de-bolsonaro-analisa-carlos-andreazza.ghtml

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