Lula -Exército não serve para política, ele deve servir para proteger a fronteira e o país de ameaças externas

 



. "Se a gente não mudar o Congresso, é difícil imaginar que faremos a contrarreforma que precisamos", diz Lula na CUT  
247 - O ex-presidente Lula (PT) se encontrou na manhã desta segunda-feira (4) com a diretoria da CUT (Central Única dos Trabalhadores) para receber propostas dos trabalhadores. 
Em discurso, o petista destacou a importância de mudar a correlação de forças no Congresso Nacional por meio da eleição de 2022, elegendo deputados, deputadas, senadores e senadoras de esquerda e alinhadas aos interesses dos trabalhadores e trabalhadoras. "Qualquer coisa que a gente quiser fazer vai ter que passar pelo Congresso Nacional, e vocês sabem que a eleição de deputados e deputadas e senadores e senadoras passa a ter muita importância nesse país. Se a gente não mudar o Congresso Nacional, é muito difícil imaginar que vamos fazer as reformas que precisamos fazer. Ou melhor, a contrarreforma que precisamos fazer. Não adianta chorar. Se a gente não tiver números a gente não faz. Essa é uma eleição que a gente vai ter que fazer mais do que a gente fez em outras eleições. A gente vai ter que colocar no papel o que a gente quer e ensinar a sociedade a cobrar dos deputados as coisas. Daqui para a frente a gente vai ter que mudar o jeito de fazer pressão no Congresso Nacional. Fazer ato público na frente do Congresso Nacional não move uma pestana de um deputado. Quando a gente está dentro do plenário a gente não sabe se está chovendo, se está caindo canivete. Você só vai saber dos atos quando chega em casa e liga a televisão. A gente não aprendeu a fazer pressão na cidade onde as pessoas moram. Os deputados têm casa, eles moram em uma cidade, nessa cidade tem sindicalistas. Então se a gente mapeasse o interesse de cada deputado e fossem 50 pessoas na casa do deputado - não é para xingar, é para conversar - incomodar, surte muito mais efeito do que manifestar em Brasília. Vamos ter que conversar mais sério com a sociedade a importância de votar no Legislativo. Temos o pior Congresso Nacional da história do Brasil. Nem o Ulysses Guimarães tinha 10% da força que tem o Lira hoje. A gente nunca teve orçamento secreto. Se esse orçamento fosse bom, por que não é público?". 
"Eu fico imaginando se a gente ganhar as eleições para presidente da República e fizer minoria. O PT era o maior partido no Congresso e tem 56 deputados em 513. A esquerda toda tem cento e poucos. Só o Valdemar da Costa Neto agora tem 78 deputados. Os partidos viraram cooperativas de deputado. O que vale é a repartição do fundo eleitoral. O União Brasil só do fundo eleitoral tem quase R$ 800 milhões. O PT também tem muito, R$ 400 e poucos milhões. Temos uma tarefa quase que heróica. Como é que a gente vai trabalhar para não eleger pilantra? Como é que a gente vai fazer para a direita não ter maioria? Temos que fazer algo diferente do que fizemos até agora para que tenhamos um resultado diferente do que tivemos até agora", completou. 
Lula disse que é natural que o movimento dos trabalhadores esteja acuado, mas é preciso reação. Ele pediu uma mudança na disputa de "narrativas". "Toda vez que a situação econômica está difícil, que a situação politica está dificil, que o desemprego está muito grande, em vez de aumentar a luta dos trabalhadores, diminui. Isso é histórico na vida sindical. E nós vivemos um momento dificil no Brasil. Desde o impeachment da presidente Dilma não aconteceu outra coisa no movimento sindical a não ser derrota. Eles foram desmontando e a nossa capacidade de reação foi muito pequena porque esse movimento dos setores conservadores fizeram para tentar destruir aquilo que a classe trabalhadora brasileira acumulou durante tantos anos foi antecipado por uma narrativa muito forte de negação de quase tudo que era bom para nós. Eles cansaram de dizer que o salário, as férias o 13º do trabalhador brasileiro significava o 'custo Brasil' e tirava do Brasil o poder de competitividade a nível internacional. O Brasil não crescia, não exportava mais porque era tudo muito caro aqui. E nunca fizeram uma comparação entre o salário do trabalhador brasileiro e o do francês, alemão, inglês, sueco. Todos esses debates de reforma no Brasil nunca levaram alguém ligado aos trabalhadores para dar sua versão" 
"Eles constroem uma narrativa e essa narrativa constrói a consciência das massas e a as massas vão achando que não tem sentido o que a gente está falando. Eles criaram o microempreendedorismo para Uber. O cara achava que era microempreendedor. Eles impuseram o trabalho intermitente, inventaram uma 'Carteira Verde e Amarela', uma série de coisas que conseguiram iludir uma parcela muito grande da população e nós não conseguimos construir narrativa para nos contrapor a isso. A coisa mais forte de tudo isso foi a Lava Jato, que criou na sociedade a ideia de que você tinha um Brasil totalmente corrupto e você tinha um grupo de juízes e procuradores totalmente sério. E o objetivo principal aconteceu: destruição da indústria de engenharia no Brasil, de óleo e gás, da indústria naval, fatiamento da Petrobrás, da BR. Qual era o argumento utilizado para fatiar a BR? Era de que faltava concorrência. Na hora que tivesse a tendência era o preço baixar. Temos 392 empresas importando gasolina dos Estados Unidos a preço de dólar e vendendo a preço de dólar. Em 2008, quando houve a crise econômica, o petróleo chegou a US$ 147 por barril e aqui no Brasil a gasolina era R$ 2,60. É por isso que costumo dizer que é preciso 'abrasileirar' os preços da Petrobrás", completou. 
"Não vai ser fácil", disse o ex-presidente. 
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Lula critica presença de militares no Poder e diz que, se eleito, vai tirar 8 mil da administração federal 
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante um evento na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que, se for eleito à Presidência da República no pleito de outubro, irá remover cerca de 8 mil militares que atualmente ocupam cargos comissionados no Governo Federal.  
Vamos ter que começar o governo sabendo que vamos ter que tirar quase 8.000 militares que estão em cargos de pessoas que não prestaram concurso. Vamos ter que tirar. Isso não pode ser motivo de bravata, tem que ser motivo de construção. Porque se a gente fizer bravata pode não fazer”, disse Lula de acordo com o jornal O Globo.  
Lula já havia criticado na semana passada a presença de militares em cargos comissionados da administração federal. Na ocasião, ele afirmou que “o papel dos militares não é puxar saco de Bolsonaro nem de Lula” e que o “Exército não serve para política, ele deve servir para proteger a fronteira e o país de ameaças externas”. 
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