A nova ilusão dos empresários bolsonaristas
Brenno Grillo
Há uma parcela do empresariado brasileiro que acredita em tudo, até que Jair Bolsonaro é liberal na Economia.
Um dos principais grupos de iludidos é o Instituto Unidos pelo Brasil, que reúne grandes empresas e grupos econômicos, como Riachuelo, Sada, Madero e JHSF.
O novo sonho deles é mexer nas agências reguladoras por meio de uma proposta de emenda à Constituição.
Dizem que esses órgãos setoriais têm muito poder, porque legislam, julgam e punem.
A saída encontrada pelos dito liberais seria aumentar mais o Estado, criando órgãos julgadores independentes para analisar os atos dessas autarquias.
Já há inúmeras críticas ao modelo atual devido à captura dessas agências pela política e por grandes empresários do setor que elas deveriam fiscalizar.
Essa proposta, segundo um advogado especializado em Direito Administrativo ouvido pelo Bastidor, pode aumentar ainda mais as chances de influências indevidas.
Outro ponto que espanta é a possível exclusão do Judiciário dessas discussões.
Os empresários tomam o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais como exemplo.
Só que o fisco não pode recorrer ao Judiciário quando perde no Carf, porque os colegiados são comandados por representantes da Receita.
Isso, a depender da organização desses colegiados, acabará com a força dos consumidores e de empresas menores em determinados setores.
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