Câmara aprova teto para 'orçamento secreto', mas não revela parlamentares já beneficiados

 247 com agência Câmara - Os deputados aprovaram, em sessão do Congresso Nacional, regras para execução das emendas de relator, o chamado "orçamento secreto",  e propõe a adoção de um limite de valor para essas emendas. 

Os senadores votarão a proposta em seguida.

O texto ainda manteve o controle da distribuição das emendas na cúpula do Congresso e também reforçou que as medidas de transparência valem apenas daqui para frente. 

O projeto aprovado determina um teto para o valor das emendas de relator equivalente à soma das emendas impositivas individuais e de bancada. 

Isso vai representar R$ 16,2 bilhões em 2022, valor próximo das emendas de relator deste ano, com uma dotação de R$ 16,8 bilhões.

O líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), afirma que o projeto não garante transparência para as emendas de relator, nem no passado nem no futuro. "Além da transparência, é necessário ter isonomia e critérios para distribuição dos recursos", declarou. 

A votação é uma resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu a execução das emendas de relator. 

O STF alega que é necessário dar publicidade e transparência à distribuição dos recursos com base em demandas de parlamentares.

O senador Marcelo Casto entende que o relatório atende 100% a decisão do STF. 

"O passado não está na resolução. A resolução não tem poder para isso", ponderou. 

O senador observou que o Ato Conjunto das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado 1/21 já decidiu, na sexta-feira, ser impossível estabelecer retroativamente um procedimento para registro das emendas. 

Laranjinhas

De acordo com o texto aprovado, o parecer preliminar do projeto de lei orçamentária deverá especificar o limite financeiro total, assim como o rol de políticas públicas passível de ser objeto de emendas. 

O relator-geral poderá indicar a execução das programações a partir de solicitações recebidas de parlamentares, além de agentes públicos ou da sociedade civil. 

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) criticou este dispositivo, por temer que as indicações de agentes públicos ou da sociedade civil sejam utilizadas para ocultar sugestões de outros parlamentares.

 "Temos um 'laranja' como relator do Orçamento. 

A decisão cria 'laranjinhas' que poderão servir de indicação. É impossível identificar quem indicou o quê", afirmou. 

https://www.brasil247.com/brasil/camara-aprova-regras-do-orcamento-secreto-e-texto-vai-ao-senado?amp

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