Movimento 'Pedágio Não' manifesta contra a instalação de praça de cobrança de tarifa na rodovia Mogi-Dutra - Governo do estado abriu o edital para concessão da rodovia, que inclui pedágio também na Mogi-Bertioga.

 Por Ana Carolina Oliveira e Aniele Santos, Diário TV 1ª Edição


Um dia após a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp) anunciar que as rodovias Mogi-Bertioga (SP 098) e Mogi-Dutra (SP 088) vão receber praças de pedágio, dentro do projeto de concessão das rodovias que levam ao litoral, o movimento “Pedágio Não” realizou, neste sábado (15), uma manifestação contrária ao projeto do governo do estado.

O grupo se reuniu pela manhã na entrada de Mogi das Cruzes para quem acessa pela rodovia Mogi-Dutra. A ideia era chamar a atenção das pessoas para a instalação das praças de pedágio.

A escultura Homem de Lata recebeu faixas e um bexigas foram colocadas no chão representando um cifrão, simbolizando o prejuízo que a cidade pode ter.

O presidente do Sindicato Rural de Mogi, Gildo Saito, considera injusto a cidade receber a praça de pedágio. “A nossa região é considerada o cinturão verde de São Paulo, em que quase 40% do abastecimento de frutas, hortifrutis e verduras, tudo o que a gente produz de alimentos vai para São Paulo. De lá vai para o brasileiro inteiro. Não podemos deixar essa injustiça acontecer aqui em Mogi”, ressalta o presidente.

Luiz Franco de Souza é líder comunitário no bairro do Taboão e diz que a situação pode afetar o distrito industrial do local.

“Vai prejudicar bastante. Vai prejudicar os moradores que residem lá, as indústrias. O Taboão tem várias indústrias e a gente está bem preocupado com a situação”, disse.

De acordo com o edital, na Mogi-Dutra as praças de pedágio serão implantadas nos quilômetros 40+700 e no 41+600, para os motoristas que circulam nos dois sentidos. O documento também mostra um pedágio na Mogi-Bertioga, que será no quilômetro 95, já no litoral.

Segundo a Artesp, até o começo das cobranças estão previstas duplicações e modernização de alguns trechos da rodovia. As obras devem começar no ano que vem, e as tarifas devem começar a ser cobradas daqui dois anos e seriam flexíveis.

Joel Ferreira, especialista em regulação de transportes da Artesp, quem fizer o pagamento da tarifa com aparelhos automáticos terá o desconto de 5% no valor da tarifa.

“Quem passar por mais de alguns vezes dentro do mesmo mês vai ter uma cobrança ali reduzida, progressiva, pelo desconto usuário frequente. Então vai pagando cada vez menos quanto mais vezes a pessoa passar”, detalhou Joel.

O líder do movimento "Pedágio Não", Paulo Boccuzzi, explica que a ação deste sábado é para chamar a atenção da população e que outras mobilizações serão feitas.

“Hoje foi um ponto de partida. No próximo sábado nós teremos uma carreata que vai mobilizar mais pessoas. Hoje a intenção foi de mobilizar as pessoas que estão envolvidas no movimento e as autoridades políticas que se direcionaram ao movimento e buscaram este diálogo” conta Paulo.

Bocuzzi cita também que a "confusão" do representante da Artesp na hora de explicar sobre os pedágios não surpreendeu.

“A confusão da Artesp não é uma novidade para a gente. Nós já tivemos outras três reuniões com este órgão técnico do governo do estado e eles sempre demonstraram um conhecimento completo a respeito da nossa cidade”pontuou Boccuzzi.
https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2021/05/15/movimento-pedagio-nao-manifesta-contra-a-instalacao-de-praca-de-cobranca-de-tarifa-na-rodovia-mogi-dutra.ghtml

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