Alto Tietê avança à fase verde e atendimento será ampliado
Felipe Antonelli
Plano São Paulo
O Alto Tietê avançou para a fase verde do Plano São Paulo, conforme anúncio realizado ontem pelo governo do Estado e, com isso, terá maior flexibilização nos setores que estão em atividade, com destaque para comércio e serviços, agora com liberação para 12 horas de funcionamento e capacidade de atendimento ao público ampliada para 60%, antes a capacidade era de 40%. Os municípios estavam na fase amarela desde 13 de julho.
As mudanças estarão autorizadas pelo Estado a partir hoje, porém estão condicionadas a publicação dos decretos municipais.
A Prefeitura de Suzano, por exemplo, publicará um decreto com as novas medidas, que passarão a vigorar a partir de hoje. Bares, restaurantes e similares seguem com limite até as 22 horas para consumo no local e eventos, convenções e atividades culturais devem ter controle de acesso, venda de ingressos apenas pela internet e hora marcada e filas e espaços demarcados.
O comércio de rua poderá funcionar no período das 8 às 20 horas.
O Suzano Shopping já emitiu comunicado afirmando que partir de hoje amplia o funcionamento, voltando a operar todos os dias, das 10 às 22 horas, respeitando a capacidade de ocupação de 60%.
O decreto ainda reforça que devem ser adotados todos os protocolos geral e setorial específico que garantam a segurança sanitária.
Na atualização apresentada ontem, o Estado anunciou novas alterações no Plano São Paulo, entre elas, a reintegração das seis sub-regiões de saúde da Grande São Paulo.
Com isso, o Alto Tietê (sub-região Leste) que voltou a ser classificado junto à região metropolitana.
Segundo apurações da reportagem, isso ocorreu devido a necessidade de evolução da capital paulista, que por seus índices isolados, não deveria evoluir à fase verde.
A evolução da pandemia também passou a considerar o total de novos casos, internações e óbitos dos últimos 28 dias e os 28 dias anteriores.
Com base nesses novos parâmetros, a Grande São Paulo apresenta uma variação de 0,67 em novos casos; de 0,78 de internações; e de 0,76 em óbitos.
Na proporção por 100 mil habitantes, as internações estão em 38,9 e os óbitos em 4,4.
A fase verde também permite maior flexibilização nas atividades culturais, convenções e eventos sociais, de negócios e culturais.
Além da capacidade de 60%, também estará liberado o público em pé, desde que respeitado o distanciamento.
Atividades que gerem aglomeração, tais como festas, baladas, presença de torcedores em eventos esportivos e grandes shows com público em pé continuam proibidas.
Condemat
A direção do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) apontou que a classificação para a fase verde atende a expectativa dos gestores, já que a região tem reduzido os indicadores da Covid-19. "É importante reconhecer que existe um maior controle da pandemia, mas o vírus continua em circulação, o que faz necessário a manutenção de todos os cuidados preventivos e ainda algumas restrições", avaliou o presidente do Condemat e prefeito de Guararema, Adriano Leite (PL).
Suzano comemora nova classificação
Após o anúncio de reclassificação do Alto Tietê para fase verde do Plano São Paulo, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego de Suzano, André Loducca, ressaltou que a evolução é uma conquista importante para o processo de retomada da economia, já que o horário de funcionamento dos comércios e serviços volta ao normal e agora está permitido o atendimento de um número maior de pessoas - limite de 60% da capacidade.
"O avanço de Suzano à fase verde é de extrema importância para os estabelecimentos comerciais, assim como para a continuidade da oferta de serviços para a população. E tudo com o cumprimento de todos os protocolos que garantam a segurança sanitária de consumidores, frequentadores e colaboradores", apontou.
"Aos poucos, com os devidos cuidados e com muita responsabilidade, o cenário vai voltando à
No mesmo sentido, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) de Mogi das Cruzes e Região, Valterli Martinez, informou que a alteração vai ao encontro de tudo que o comércio "necessita no momento com o crescimento das vendas com a segurança necessário".
Segundo o representante da categoria, a evolução facilita o atendimento ao cliente, respeitando o protocolo de segurança contra a proliferação do Covid-19.
"Ainda aumenta a possibilidade de novos contratos de trabalho", disse. "Cada comerciante tem que avaliar se compensa ou não trabalhar as 12 horas", respondeu Martinez quando questionado sobre a aderência às 12 horas de portas abertas. (F.A.)
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