Apeoesp de Mogi aponta que projeto é ação de marketing - Proposta do governo do Estado para reformulação da profissão ainda gera dúvidas entre os educadores da rede

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) de Mogi das Cruzes contestou ontem o projeto anunciado pelo governador João Doria (PSDB), que prevê um e aumento salarial dos professores de até 54,7%, nos próximos três anos. 
Segundo a coordenadora do sindicato, Inês Paz, o projeto não pode ser considerado como uma reestruturação de carreira, pois não é explicado como ficará os direitos dos professores.
Durante o anúncio, o governador explicou que a principal mudança é que, a partir de 2020, o salário inicial do professor no regime de 40 horas semanais será de R$ 3,5 mil, o que representa um aumento de 35,4% sobre o valor pago hoje, de R$ 2.585,00. Já em 2022, um professor com a mesma carga horária terá salário inicial de R$ 4 mil, um aumento de 54,7% em relação à remuneração atual.
Os profissionais que já estão na rede pública estadual de ensino terão um ano para escolher se seguem na carreira atual ou se migram para a nova modalidade. Para os professores ingressantes, a nova carreira será obrigatória.
De acordo com Inês, o anúncio feito pelo governo tem o objetivo de ser totalmente marketing, pois no concreto, isso não vai se realizar, como as outras aplicações de aumento que foram prometidas. "Nós professores, estamos aguardando até agora o reajuste salarial de 10,15%, que havia sido prometido, mas até agora o governo não se posicionou sobre o assunto. Essa nova ideia é puramente um marketing, pois não explicaram nada, não está muito claro", disse.
O governo ainda não detalhou como serão feita as promoções e as progressões no novo modelo de reestruturação de carreira, no entanto, o projeto com as novas regras será enviado para a Assembleia Legislativa do Estado (Alesp) para ser discutido pelos deputados. Se aprovado pelo Parlamento, o texto volta para a sanção do governador.
A Apeoesp de Mogi e de outras regiões se mobilizarão amanhã, na Alesp, contra a proposta da reforma da Previdência dos servidores estaduais e também para poder entender o projeto de reestruturação de carreira anunciada na semana passada.
(*Texto supervisionado pelo editor.) Nicolas Takada*

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