Mancha de poluição atinge 163 km do Tietê

Estudo da Fundação SOS Mata Atlântica, divulgado ontem, traz um alerta: o trecho morto do rio Tietê alcançou a marca de 163 quilômetros em 2019, um aumento de 33,6% em relação ao ano anterior (122 quilômetros) e muito longe da menor mancha de poluição já registrada na série histórica do levantamento, de 71 km, em 2014. 
Os dados são do relatório Observando o Tietê 2019 -
O retrato da qualidade da água e a evolução dos indicadores de impacto do Projeto Tiete.
O estudo indica que a condição ambiental do rio Tietê está imprópria para o uso, com a qualidade de água ruim ou péssima em 28,3% (os 163 quilômetros) da extensão monitorada, que totaliza 576 quilômetros - de Salesópolis, na sua nascente, até a jusante da eclusa de Barra Bonita, na hidrovia Tietê-Paraná. 
O Tietê, maior rio paulista, corta o Estado de São Paulo por 1,1 mil quilômetros, desde sua nascente até a foz no rio Paraná, no município de Itapura.
Segundo Malu Ribeiro, especialista em Água da SOS Mata Atlântica, em virtude do menor volume de chuvas, houve redução da carga de poluição difusa, proveniente de lixo e resíduos sólidos não coletados nos municípios. 
"Esse problema é um dos fatores que contribuiu para a piora nos índices de qualidade da água na região do Alto Tietê, no trecho da cabeceira, entre os municípios de Mogi das Cruzes e Suzano", disse.

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