Mudanças no crédito imobiliário e maior leque de opções podem gerar ‘competitividade boa’

Governo Federal junto à Caixa Econômica anunciou na terça-feira (20) uma mudança no crédito imobiliário que anima o setor. Agora, os compradores terão mais uma opção de financiamento tendo como indexador o IPCA. Para falar sobre as novidades no setor da habitação, o Jornal da Manhã conversou com o presidente do Secovi, Basílio Jafet.


  • Por Jovem Pan
De acordo com Basílio, mesmo com possíveis variações da inflação a novidade é muito positiva. “É uma nova modalidade de crédito oferecida para as famílias que querem adquirir uma habitação própria. E, como existe em países desenvolvidos, o Brasil agora oferece um leque de opções. Cada um escolhe a mais interessante para o seu caso.”
O presidente do Secovi deixa claro que a CEF não permitirá a troca de financiamento para casos que já estão em andamento, ou seja, apenas novos compradores terão acesso à nova modalidade. Porém, se bancos privados aderirem, a portabilidade poderá ser feita.
“Se isso acontecer, vai gerar uma competitividade boa. É um mercado colocando oportunidades para todos. Nos EUA a portabilidade é comum e qualquer baixa de juros causa uma tremenda movimentação no mercado imobiliário”, completa.
‘Bom momento’ para o setor
Depois de alguns anos com juros altos e uma situação complicada da economia, a recuperação da confiança dos brasileiros têm mostrado bons resultados. Isso permitiu um primeiro semestre excelente para o setor imobiliário, de acordo com Basílio.
Minha Casa, Minha Vida
Recentemente, com a liberação de parte do FGTS para a população, o setor imobiliário ficou preocupado. Isso aconteceu porque programas como o Minha Casa, Minha Vida tem como fonte os recursos do fundo de garantia. “O MCMV é um programa de sucesso e ele apresenta números grandes para qualquer lugar no mundo. Tem dado certo, mas ele só funciona por conta da força de recurso barata.”
Basílio chamou a atenção para os repasses de verba que não acontecem há quase dois meses. “Essa é a realidade principalmente no que chamamos de ‘Faixa 1’, onde o subsídio do Governo é grande e explícito. As incorporadoras estão sem receber as parcelas e isso cria situações terríveis porque não tem caixa pra suprir.”

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