Mogi-Bertioga, Futuro pedágio, 'Cautela' é a palavra de ordem entre autoridades sobre SP-98

Políticos comentaram pouco sobre o futuro pedágio, mas prometeram cobrar melhorias da iniciativa privada

A notícia da concessão da rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro (SP-98), a Mogi-Bertioga, começa a movimentar os bastidores políticos da região, que em sua maioria se mostraram favoráveis ao projeto, desde que as iniciativas tragam melhorias concretas aos moradores que vivem no entorno da via e aos motoristas que transitam pela estrada. Mesmo apoiando a concessão da via, que ocorrerá até março do ano que vem, a cautela ainda é a máxima entre as autoridades regionais.
O ex-prefeito de Mogi das Cruzes, e hoje deputado federal, Marco Bertaiolli (PSD), ressaltou que a rodovia precisa de melhorias constantes para garantir a segurança e a tranquilidade dos usuários, mas que o modelo desta modernidade precisa ser avaliado em todos os seus detalhes, tanto na questão orçamentária como em relação às questões ambientais. "Hoje, a estrada recebe um fluxo de veículos muito maior do que o estimado na época da sua construção e é um importante eixo de ligação de toda grande São Paulo e Alto Tietê com o Litoral", ressaltou o deputado.
Diretamente relacionado com as questões que ocorrem na Mogi-Bertioga, a Câmara Municipal cobrou - uma vez que a iniciativa privada assumirá a rodovia - investimentos na Mogi-Bertioga. 
"Não adianta somente passar a rodovia à iniciativa privada. É também  necessário fazer os investimentos certos, principalmente os que promovam melhorias nos serviços, como a duplicação das vias, aumento das encostas e melhoria na sinalização. Se a concessão vier com os investimentos necessários e promover essas melhorias aos cidadãos, terá total apoio da Câmara Municipal", afirmou o chefe do Legislativo Municipal, Sadao Sakai (PSDB), que colocou a cargo dos parlamentares mogianos a possibilidade de uma nova Comissão Especial de Vereadores (CEV) para tratar do tema na Casa de Leis. 
"De qualquer forma, esse processo de concessão precisa ter o acompanhamento do Legislativo, no sentido de garantir que seja favorável à população", completou.
No mesmo sentido, caminhou o deputado estadual Estevam Galvão (DEM). Para ele, a ação é bem vinda desde que traga novos investimentos e benefícios para os usuários da via. 
Sobre a possibilidade da instalação de um pedágio, o deputado preferiu, ainda, não tomar partido. " O pedágio por si só não se justifica e precisa ser discutido previamente".
A deputada federal Kátia Sastre (PL) não discorda de seus colegas, desde que não seja imposta a cobrança de novos tributos aos cidadãos. 
"Especialmente em um período crítico que enfrentamos na economia do nosso país", completou a parlamentar. "A rodovia Mogi-Bertioga se presta ainda em importante corredor de escoamento de produtos que abastecerão os moradores locais, bem como os destinados à exportação", relembrou a deputada Sastre.
Felipe Antonelli* - *Texto supervisionado pelo editor. 

Postagens mais visitadas deste blog