Cerca de 300 famílias terão de deixar as casas em Jundiapeba

Situação de moradores é delicada


A Coordenadoria Municipal de Habitação afirmou que os moradores que vivem próximos ao rio Jundiaí, em Jundiapeba, poderão ser incluídos em futuros programas habitacionais

A Coordenadoria Municipal de Habitação afirmou que os moradores que vivem próximos ao rio Jundiaí, em Jundiapeba, poderão ser incluídos em futuros programas habitacionais. 
Cerca de 300 famílias que moram em áreas irregulares receberam notificação informando que eles têm o prazo de 15 dias para recorrem à Justiça em relação à ordem de despejo.
O processo, segundo a coordenadoria, já dura mais de quatro anos, época em que foi feito um trabalho de desocupação das residências irregulares às margens do rio Jundiaí, já que a área é de proteção ambiental e enfrenta riscos de alagamentos. 
Ainda segundo a prefeitura, na ocasião, cerca de 450 famílias foram transferidas para apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, no entanto, uma pequena parcela dos moradores rejeitou o atendimento habitacional. Por isso, o município utilizou ações judiciais para realizar de uma nova desocupação. 
Minha Casa
A prefeitura continua aguardando, por parte do governo federal, o retorno do programa Minha Casa Minha Vida para a inclusão desses e outros mogianos de áreas irregulares. 
Além disso, a Coordenadoria de Habitação afirmou que o órgão está disponível para parcerias que possibilitem a produção de novas moradias populares.
*Texto supervisionado pelo editor. - Thamires Marcelino*







Cerca de 300 famílias que moram próximas ao rio Jundiaí, em Jundiapeba, enfrentam situação de ordem de despejo. 
De acordo com o vereador Rodrigo Valverde (PT), na quinta-feira passada as famílias receberam uma notificação sobre uma ação civil-pública que prevê retirá-los das residências. 
"Até o momento, não foi marcada nenhuma audiência pública para a entrega de alguma liminar. O que sabemos é que os moradores têm 15 dias para deixar suas casas", explicou Valverde.
O vereador afirmou também que os motivos da ação foram justificados por se tratar de uma área de risco de enchentes e também por ser uma localização de preservação ambiental. 
A situação desses moradores que vivem às margem do rio Jundiaí é semelhante à enfrentada pelos mogianos do bairro Jardim Piatã I. 
No sábado passado, durante reunião entre o vereador Valverde, moradores do Jardim Piatã e o advogado Carlos Alberto Zambotto, foi formada uma comissão para solucionar a questão. 
De acordo com Valverde, os próximos passos dependem das decisões do Poder Judiciário. 
"Nós já estamos em contato com a chefia de gabinete para marcarmos uma reunião com o Poder Público, a fim de debater possíveis soluções aos moradores", explicou Valverde.
Ainda de acordo com o vereador, eles deverão discutir quais famílias precisam sair urgentemente do local e quais ainda podem permanecer temporariamente. 
A possível solução é a inclusão dessas pessoas em programas habitacionais ou o pagamento de aluguel social às famílias. 
Outro ponto a ser analisado na reunião com a prefeitura é em relação às justificativas apresentadas junto ao Ministério Público - de que a área é de risco e de preservação ambiental. 
"As explicações ainda não ficaram claras, já que existem locais construídos muito próximos às casas das famílias e que não são considerados como habitações de risco, portanto, queremos também uma resposta para os nossos questionamentos, além das possibilidades de resolução do problema".
Situação
A moradora do Jardim Piatã, Elisiane Silva, artesã, de 34 anos, foi uma das moradoras notificadas pela prefeitura. 
Ela, assim como muitas outras pessoas, já mora lá há muito tempo. 
"Eu moro aqui há nove anos e conheço pessoas que estão aqui há mais de 20 e nunca houve notificação para sairmos do local. Inclusive, nós pagamos luz e água em dia. Eles alegam que nós invadimos a área, mas como, se temos luz elétrica e água encanada?", questionou.
*Texto supervisionado pelo editor.
Thamires Marcelino*

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