Cuba decide sair do Mais Médicos por ‘declarações inaceitáveis de Bolsonaro’
O governo de Cuba divulgou uma nota em seu site oficial nesta quarta-feira (14) informando que vai sair do programa social Mais Médicos do Brasil por considerar “inaceitáveis” algumas declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
O comunicado cita que o programa foi iniciado durante a gestão de Dilma Rousseff (PT) com o propósito de “assegurar a atenção médica para a população brasileira em correspondência com o princípio de cobertura sanitária universal promovido pela Organização Mundial da Saúde”. Em seguida revela alguns dados, pontuando, por exemplo, que em cinco anos, 20 mil médicos cubanos atenderam mais de 113 milhões de pacientes em mais de 3 mil municípios brasileiros.
Por fim, explica que o presidente eleito tem feito “referências diretas e preocupantes sobre a presença dos médicos no país e reiterado que pretende modificar os termos e as condições do Mais Médicos (…) impondo condições inaceitáveis que descumprem as garantias acordadas”.
“Não é aceitável que se questione a dignidade, o profissionalismo e o altruísmo dos nossos colaboradores cubanos”, afirma.
“Diante desta lamentável realidade, o Ministério da Saúde Pública (Minsap) de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa ‘Mais Médicos’ e assim o comunicou à diretora da OPS (Organização Pan-Americana da Saúde) e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta iniciativa.”