Presidente do WhatsApp será investigado por crime de obstrução da Justiça
Informações são do delegado Marcos Gomes. Segundo a Polícia Civil do Rio, esse crime é previsto na Lei de Organização Criminosa. Empresa não repassou informações requeridas pela polícia do Rio. Por causa disso, juíza determinou bloqueio do aplicativo.
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A decisão de bloquear o aplicativo, por
tempo indeterminado, é da juíza de fiscalização da Vara de Execuções
Penais do Rio de Janeiro, Daniela Barbosa Assunção.
A multa em caso de
descumprimento é de R$ 50 mil.
Segundo a magistrada, o Facebook, que
controla o aplicativo, não forneceu informações trocadas entre suspeitos
por meio de mensagens do Whatsapp para uma investigação que segue na
delegacia de Imbariê, na Baixada Fluminense.
Segundo ela, o bloqueio
vale até que a empresa cumpra as ordens judiciais e repasse os dados
pedidos pela Justiça. A juíza destaca que os criminosos já sabem que,
por meio do aplicativo, as conversas não são interceptadas pela Justiça.
Esta é a terceira vez que o WhatsApp é
bloqueado pela Justiça no Brasil. O primeiro bloqueio do aplicativo foi
em dezembro do ano passado, e o segundo, em fevereiro.
Em todas as
ocasiões, o motivo é o mesmo: a empresa se recusou a cumprir
determinação de quebrar o sigilo de dados trocados entre investigados
criminais.
De acordo com a juíza Daniela Barbosa, a justificativa
apresentada pela empresa para não repassar os dados é discutível.
Com o bloqueio do Whatsapp, os
brasileiros acabam usando outros aplicativos de troca de mensagem, como o
Messenger, Telegram e o Viber. Em nota, o Whatsapp criticou a decisão.
Segundo o comunicado, passos indiscriminados como estes ameaçam a
capacidade das pessoas para se comunicar, para administrar seus negócios
e viver suas vidas.
Ainda de acordo com o comunicado da empresa, não é
possível compartilhar informações às quais não tem acesso.
O Whatsapp
informou que espera ver este bloqueio suspenso assim que possível.