Indústria de Poá atingida pela chuva tem prejuízo de mais de R$ 2 milhões

Funcionários da empresa de água da cidade estão sem trabalho.
Prefeitura diz que os empresários deveriam diminuir o risco de alagamento.

 Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano, com informações da TV Diário

Depois de 11 dias do temporal que atingiu Poá, o funcionamento de uma indústria de água inda não voltou ao normal.

 O prejuízo, segundo a empresa, é de R$ 2,2 milhões. Os funcionários estão ajudando nos reparos. Impossibilitados de exercer suas atividades, alguns apenas cumprem horário.

Rafael Pereira Gomes é ajudante de produção, mas está ajudando no limpeza. “O que estamos fazendo é recolher os entulhos, tirando a lama e tentando recuperar o que é possível.”

A tempestade que atingiu a cidade de Poá logo na primeira semana de janeiro derrubou o muro da empresa distribuidora de água que tinha 3 metros de altura. Por causa da forte enxurrada muita coisa foi perdida. Mais de 1 milhão de garrafas cheias de água mineral foram jogadas fora.

Todas as embalagens têm um risco de contaminação e por isso não podem ser usadas. “Cada embalagem terá que ser aberta, tirar a tampa e rótulo e ser destinada para reciclagem”,afirma o gerente industrial Rene Rodrigues.
As máquinas e parte da estrutura da empresa também foram destruídas.

 “Foi perdida grande parte da estrutura do galpão, onde fica localizado os descartáveis. 

O piso, o telhado, o muro de arrimo foi completamente destruído, fora todas as máquinas que estavam na parte debaixo: compressor, gerador e ainda estamos levantando outros prejuízos”, acrescenta Rodrigues.

O advogado da empresa, Niulton Rodrigues, diz que procurou a Prefeitura, mas até agora não foi atendido. “Já fizemos reuniões, enviamos dois ofícios e até agora nada. Falamos com o prefeito pessoalmente e vários secretários também. Possivelmente nós vamos mover uma ação contra a Prefeitura e contra outros órgãos, já que isso foi uma tragédia anunciada. 

Isso fazia parte de um esquema de obras que foram anteriormente anunciadas e sequer marcaram data para começar”, detalha.

A produção da fábrica é oferecida para os clientes em um fontanário que fica ao lado da empresa. Por mês, cerca de mil embalagens de água são vendidas. As embalagens que ficam no fontanário não foram atingidas pela enchente, mas o administrador do local, José Luiz Quintino, diz que a Prefeitura precisa tomar uma providência urgente. “Nós temos uma quantidade de água de chuva caindo na área de proteção do meio ambiente que não poderia por conta da legislação. Essa água forma um acúmulo, com lixo e sujeira que vem tudo junto.”

“Se chover novamente, vamos ter novos prejuízos e novas enchentes.

 Isso não é só para nós, é para toda a população do Centro. O córrego está assoreado, tanto atrás da fonte quanto depois da fonte. A Prefeitura até agora não se fez presente”, finaliza o advogado.

Em nota, a Prefeitura de Poá disse que a indústria de água está em cima do Córrego Tucunduva, portanto é uma área de preservação.

 A administração municipal disse ainda que os empresários deveriam diminuir o risco de alagamento, fazendo um muro de arrimo reforçado e redimensionando as galerias do córrego canalizado que passa debaixo da empresa.

A Secretaria de Obras e de Meio Ambiente disse que esteve na área junto com os donos da indústria em novembro de 2015 vistoriando o entorno da área e verificando as obras necessárias para desvio da drenagem pluvial.

O sistema de drenagem que existe foi realizado anos atrás, portanto agora a Prefeitura entraria com medidas corretivas de drenagem. O projeto de adequação de drenagem já está pronto, mas a Prefeitura não deu prazo pra execução.

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