Itaquaquecetuba tem maior probabilidade de incidência de raio Informação é do Inpe e corresponde à região do Alto Tietê. Concessionária de energia monitora chuvas.

Itaquaquecetuba é a cidade do Alto Tietê com maior probabilidade de incidência de raios. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). São 13 raios por quilômetro quadrado ao ano, um índice considerado alto.
Ferraz de Vasconcelos e Poá estão em segundo e terceiro lugares no ranking regional. De acordo com os metereologistas do Inpe, a presença desses fenômenos no Alto Tietê é grande por causa do microclima da região, próxima da Serra do Mar, que forma um canal com a Serra da Mantiqueira. Essa ligação é a porta de entrada para as tempestades que chegam do oceano.
Ainda segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no Brasil são 50 milhões de raios por ano, a maior incidência do mundo.
A concessionária de energia elétrica que atua no Alto Tietê fica atenta ao fenômeno. Tempestades, chuva e raios são combinações que afetam o setor. Há cinco anos, em parceria com o Inpe, a EDP Bandeirante criou uma ferramenta de monitoramento do tempo chamada "climagrid". Com os mapas da região, esse sistema permite ver se os postes de luz das cidades correm algum risco. O monitoramento é feito em mais de 28 municípios. Entre eles, todos do Alto Tietê.
Concessionária de monitoramento de raios em Mogi das Cruzes (Foto: Reprodução/TV Diário)Concessionária monitora chuvas nas cidades do 
Alto Tietê. (Foto: Reprodução/TV Diário)
O setor elétrico é um dos mais afetados por chuvas e raios, muito comuns no verão. “Usamos um modelo estatístico que mostra todas as medições de índices anteriores e compara com estatísticas de 20 anos de dados. Isso produz um modelo e a probabilidade de chuva. Quando detectamos uma probabilidade de chuva mais concentrada em determinada região, alocamos além do efetivo da região equipes de outros locais que não serão tão afetados pela chuva para uma área onde a tempestade será severa”, explica o gestor operacional da concessionária, Murilo Galvão Marigo.
O sistema tem uma série de mapas para o acompanhamento do clima. Em um, uma escala de cores indica se o volume de água da chuva previsto será grande ou não e também em quais locais ela será mais severa. Já em outro mapa, a concessionária consegue ver o que está acontecendo nas cidades em tempo real. “Nós sabemos a cada três horas qual a probabilidade de chuva que teremos ao longo do dia. Nós monitoramos as descargas atmosféricas que são registradas em sensores instalados em pontos estratégicos. Por exemplo, nos dias 23 e 24 de janeiro acompanhamos a chuva desses dias porque tinhamos a previsão que ela seria muito grande e isso se concretizou de fato”, afirma Marigo.
Muita gente que teme as consequências das chuvas, como os raios e trovões não sabe exatamente a diferença entre cada um. “Relâmpago é a palavra usada para toda descarga elétrica que acontece na atmosfera. Independente se ela chega ao solo, se fica dentro da nuvem, se vai de uma nuvem para outra. Dentro dela existe a que atinge o solo e que é chamada raio. O trovão é o barulho associado ao raio. O raio é uma corrente elétrica forte e quando ela acontece na atmosfera aquece o ar. O ar aquecido se move bruscamente e produz o som que escutamos e chamamos de trovão”, explica Osmar Pinto Júnior, coordenador do Elat/Inpe.
A corrente elétrica de um raio além de queimaduras graves, pode causar paradas cardíacas e respiratórias que são muitas vezes fatais. Para o Inpe, 80% das mortes por raios poderiam ser evitadas se a população tivesse mais informação. “Sentiu um início de tempestade por causa dos trovões, se escuta trovão, é que a tempestade está próxima e em no máximo 15 minutos estará perto de você. Então, a primeira providência é procurar abrigo”, orienta o coordenador do Inpe.

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