Rodoanel Trecho Leste - desapropriações

Grupo deve ajudar a tratar desapropriações


A Comissão de Infraestrutura da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) deve deliberar na próxima terça-feira sobre a criação de uma subcomissão para acompanhar as tratativas envolvendo as desapropriações vinculadas às obras do Trecho Leste do Rodoanel Mario Covas (SP-21), em andamento em quatro cidades do Alto Tietê. 
A informação foi passada ontem pelo presidente da comissão, deputado estadual Alencar Santana (PT). Na última terça, durante audiência na Casa Legislativa estadual, o político conversou com moradores e vereadores de cidades que estão do traçado, além dos diretores da Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), Theodoro Pupo Jr., e da Concessionária SPMar, Alberto Luiz Lodi. 

De acordo com o parlamentar, a criação da subcomissão se faz necessária, uma vez que a reclamação foi uníssona por parte da população que teve ou segue em processo de desapropriação de moradias. O fato foi rebatido pela SPMar, responsável pelas obras. "Eles falam que não há conflito na relação de desapropriação, mas todos foram unânimes que há". 
Como detalhado pelo deputado, os moradores afetados estariam sofrendo pressão para deixar os imóveis ou mesmo para aceitar determinados valores. "Há questões que não estão sendo consideradas", destacou. 

Assim que a deliberação para criar a subcomissão ocorrer, as câmaras municipais das respectivas cidades envolvidas, como a de Poá e a de Itaquaquecetuba, devem ser contatadas para o grupo dar início ao trabalho. "Na semana que vem já devemos entrar em contato, logo após criarmos a subcomissão". 

São constantes as reclamações por parte da população que tem a moradia no traçado do Trecho Leste do Rodoanel. Como o DS já noticiou, os valores oferecidos pela concessionária são considerados muito baixos, mesmo com base em avaliação de perito. 
Apesar das contestações feitas na Justiça, que também indica um perito para reavaliar os imóveis, nem sempre a população sai satisfeita. 

Houve casos em Calmon Viana, em Poá, que diversas famílias moravam em uma mesma casa. Porém, pelo valor oferecido não conseguiriam comprar outra do mesmo tamanho, deixando outras pessoas sem abrigo.

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