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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Vídeo vergonhoso da Marinha atacando civis causa onda de revolta Publicado por Diario do Centro do Mundo - Atualizado em 2 de dezembro de 2024 às 7:33

 

 Atualizado em 2 de dezembro de 2024 às 7:33 

Peça publicitária é vista como provocação em meio às reformas que cortam privilégios das Forças Armadas e à discussão sobre anistia de golpistas
Vídeo da Marinha que celebra o dia do marinheiro: a gravação tem sido visto como reação ao pacote de ajuste fiscal do governo Lula. Foto: reprodução

A divulgação de um vídeo institucional pela Marinha do Brasil no último domingo (1º) gerou uma onda de críticas nas redes sociais. A peça, com duração de 1 minuto e 16 segundos, contrapõe cenas de militares em treinamento árduo e missões a momentos de lazer de civis, acompanhada da provocação: “Privilégios? Vem para a Marinha.” A mensagem veio à tona poucos dias após o anúncio do pacote de ajuste fiscal do governo Lula, que incluiu mudanças nos benefícios previdenciários das Forças Armadas.

As críticas apontam para a insinuação de que somente os militares trabalham, ignorando a realidade de outras profissões igualmente exigentes e mal remuneradas, como garis, agricultores e operários. “Para a Marinha, não existe classe trabalhadora. Os civis são um bando de turistas no Brasil, enquanto eles fazem tudo”, escreveu o professor universitário Piero Leirner, no X. 


Já João Amoêdo, fundador do partido Novo, disse que a Marinha deveria apagar o vídeo e pedir desculpas o quanto antes aos “brasileiros que trabalham muito para pagar todas as contas públicas, inclusive a realização desse vídeo.” 

“Esse vídeo da Marinha para pressionar o governo contra cortes de privilégios e valorizar a instituição tem para mim o efeito contrário. Deveriam exclui-lo o quanto antes e pedir desculpas aos brasileiros que trabalham muito para pagar todas as contas públicas, inclusive da realização desse vídeo”, afirmou Amoêdo

O pacote do governo Lula prevê mudanças como o estabelecimento de uma idade mínima de 55 anos para a aposentadoria de militares, o fim da chamada “morte ficta” — que permite pensão para famílias de militares expulsos — e a implementação de uma contribuição fixa para o Fundo de Saúde. As alterações, segundo a equipe econômica, podem gerar economia de R$ 1 bilhão por ano, promovendo maior equilíbrio fiscal e justiça social.

Anistia

O vídeo também reacendeu o debate sobre o comportamento das Forças Armadas diante das reformas e sua relação com a democracia. Após o indiciamento de 25 militares pela Polícia Federal (PF), acusados de envolvimento em uma tentativa de golpe em 2022, a postura da Marinha, em especial, tem sido alvo de questionamentos. Enquanto os comandantes do Exército e da Aeronáutica rejeitaram apoiar o plano golpista na época, a Marinha teria mantido tanques “prontos para ação”, conforme relatório da PF. 

O vídeo parece ser mais do que uma peça de recrutamento: é uma provocação política. Uma força que flerta com a subversão da Constituição deveria agir com mais humildade“, afirmou o colunista Leonardo Sakamoto, do UOL.

A exibição do material ocorre em um momento em que lideranças militares buscam anistia para integrantes das Forças Armadas indiciados pelos atos de 2022. O tema da anistia já vinha ganhando espaço nos bastidores políticos, mas a divulgação do vídeo trouxe novamente à tona a necessidade de revisões legislativas que garantam que militares permaneçam distantes da política.

Críticos afirmam que é hora de acabar com privilégios, punir golpistas e reforçar o papel constitucional das Forças Armadas, que deveria ser proteger a nação, e não defender benefícios corporativos ou sustentar ideais antidemocráticos.

Veja a repercussão:



https://www.diariodocentrodomundo.com.br/video-vergonhoso-da-marinha-atacando-civis-causa-onda-de-revolta/ 


Reinaldo: Marinha faz vídeo questionando privilégios; GSI intimidou delegados de caso Bolsonaro

 


Charges do Nando Motta



Chuva e vento forte podem derrubar árvores e alagar vias em São Paulo nesta semana

Frente fria chega nesta segunda (2) e eventos climáticos podem ser mais intensos a partir de terça (3)
São Paulo

previsão do tempo para a capital paulista e região metropolitana indica chuva forte e generalizada na terça (3) e na quarta-feira (4), segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo.

São esperadas chuvas fortes, acompanhadas de raios e rajadas de vento que podem superar os 60 km/h durante os temporais.

Essa condição meteorológica aumenta o risco para quedas de árvores, formação de alagamentos intransitáveis, bem como deslizamentos de terra, desabamentos e transbordamentos de rios e córregos da região.

O homem usar um guardachuva preto, veste blusa escura e calça jeans; os pés estão cobertos pela água que toma todo piso; ao fundo, carros passam na rua
Homem tenta caminhar em calçada alagada na Rua Martim Francisco, na Vila Buarque, região central de São Paulo - Rafaela Araújo - 8.nov.2024/Folhapress

A aproximação de uma frente fria já nesta segunda-feira (2), associada a fortes instabilidades a partir do interior do estado, é a responsável por intensificar as precipitações na primeira metade da próxima semana.

O sistema pré-frontal que chega à região nesta segunda faz os termômetros descerem a temperaturas em torno dos 21°C já na madrugada, mas ainda haverá predomínio de sol no decorrer do dia.

A temperatura máxima chega facilmente aos 30° C, enquanto os menores índices de umidade do ar se mantêm acima dos 55%.

A partir da tarde são esperadas pancadas de chuva de moderada a forte intensidade, acompanhadas de rajadas de vento que podem superar os 60 km/h.

Essa condição aumenta substancialmente o risco de formação de alagamentos e elevação dos níveis de rios e córregos.

A terça-feira (03) será um dia marcado por muita chuva no estado de São Paulo. Na Capital paulista e cidades do entorno, assim como no litoral, as precipitações ocorrem a partir da madrugada, de forma contínua e variando de intensidade entre moderada a forte no decorrer do dia.

Por conta disso, o risco de possíveis transtornos se mantém elevado, o que requer especial atenção para deslizamentos de terra, desabamentos, transbordamento de rios e córregos, quedas de árvores e formação de alagamentos intransitáveis.

O tempo instável e chuvoso não permite que a temperatura se eleve muito. A máxima prevista é de 23° C e a mínima vai ocorrer no fim da noite, com previsão de 18° C. A umidade do ar estará em alta com valores entre 85% e 98%.


  • https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/12/chuva-e-vento-forte-podem-derrubar-arvores-e-alagar-vias-em-sao-paulo-nesta-semana.shtml

HAMBURGÃO DELICIOSO!!!

 


PGR começa força-tarefa para analisar inquérito envolvendo Bolsonaro; veja próximos passos



Além de Bolsonaro, 36 personagens entre ex-ministros, militares e alguns de seus principais auxiliares estão na lista dos indiciados- ICL Notícias

A Procuradoria Geral da República (PGR) inicia, nesta segunda-feira, uma força-tarefa, com um grupo de nove procuradores, para analisar o inquérito da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em um plano de golpe de Estado.

O documento, enviado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), chegou à PGR há seis dias. Agora, cabe à instituição decidir se Bolsonaro e os demais investigados serão denunciados pelos crimes de organização criminosa, abolição do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. Além de Bolsonaro, 36 personagens entre ex-ministros, militares e alguns de seus principais auxiliares estão na lista dos indiciados.

PGR: próximos passos

Os inquéritos, a partir de agora, passarão por algumas etapas até serem finalizados. Uma vez que a PF finaliza o inquérito, o relatório é encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que, por sua vez, o direciona à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Documento, enviado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), chegou à PGR há seis dias.

A PGR, agora, pode seguir três caminhos: enviar uma denúncia, pedir por mais investigações ou arquivar o caso. Caso opte pela denúncia, uma formalização é enviada ao STF, pode decidir por abrir uma ação penal.

Caso uma denúncia contra o ex-presidente seja enviada antes da data do seu aniversário, em 21 de março de 2025, quando ele completa 70 anos, Bolsonaro pode perder um benefício que permitiria diminuir o período de prescrição dos crimes pelos quais é indiciado.

A prescrição penal só aconteceria após uma eventual sentença ser determinada pela Justiça, o que ainda levaria alguns passos:

  • PF envia relatório com o indiciamento ao STF
  • STF manda relatório para PGR
  • PGR denuncia
  • STF julga o recebimento da denúncia e deve decidir por abrir ação penal
  • Ação penal é instruída
  • Ação penal vai a julgamento (condenação ou absolvição)

Indiciamentos de Bolsonaro

Além da tentativa de golpe, Bolsonaro também foi indiciado em dois outros casos: por fraude em cartão de vacinação da Covid-19 e por envolvimento no caso das joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos. Os indiciamentos aconteceram em março e julho deste ano.

Somados os três inquéritos, as penas máximas dos crimes podem chegar a 70 anos.

https://iclnoticias.com.br/pgr-comeca-forca-tarefa/

domingo, 1 de dezembro de 2024

Parada do Dia de Ação de Graças da Macy's em Nova York de 2024!

 


Indiciado e temendo prisão, Bolsonaro é vaiado em voo Brasília-Rio

 Indiciado e temendo prisão, Bolsonaro é vaiado em voo Brasília-Rio

 Atualizado em 1 de dezembro de 2024 às 11:50 


Jair Bolsonaro no voo da Gol na quinta-feira, 28 de novembro de 2024 – Foto: Reprodução


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi vaiado por alguns passageiros durante um voo da Gol que partiu de Brasília para o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (28). Apenas uma senhora se levantou para cumprimentar e elogiar o ex-chefe de Estado brasileiro.

Segundo o colunista Ancelmo Gois, do Globo, essa foi uma das poucas manifestações de apoio recebidas por Bolsonaro no voo. O episódio chamou atenção pela ausência de reações calorosas que costumavam marcar encontros com apoiadores em situações similares. 

A viagem ao Rio de Janeiro teve como objetivo encontros com lideranças do Partido Liberal (PL) e de outras siglas de direita no estado.

Bolsonaro enfrenta acusações no relatório da Polícia Federal (PF), que aponta seu envolvimento em um plano golpista. O documento, entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), inclui acusações de conspiração contra o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. 

Além do ex-chefe do Executivo, outros 36 nomes foram citados no relatório, como o general Braga Netto e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. O ex-presidente nega as acusações e afirma ser alvo de perseguição política. Ele também tem defendido publicamente a anistia para envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/indiciado-e-temendo-prisao-bolsonaro-e-vaiado-em-voo-brasilia-rio/ 



Começam as discussões sobre como enfrentar a montanha de crimes de Bolsonaro.

 


PGR prepara modelo controverso de denúncia conjunta em investigações contra Bolsonaro

Paulo Gonet cogita reunir casos da trama golpista, das joias sauditas e do cartão de vacina em peça de acusação

Arthur Guimarães

São Paulo

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, prepara uma denúncia conjunta ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de modo a reunir os casos da trama golpista, das joias sauditas e do cartão de vacina. Advogados ouvidos pela Folha divergem sobre a viabilidade da estratégia.

Polícia Federal indiciou Bolsonaro sob suspeita de envolvimento em plano para impedir a posse de Lula (PT) em 2022. A imputação criminal se soma a outras contra o capitão da reserva.

A imagem mostra o perfil de um homem com cabelo castanho e pele clara, em um ambiente desfocado. Ao fundo, são visíveis algumas pessoas, mas não estão claramente definidas. A expressão do homem é séria e ele parece estar concentrado em algo à sua frente.
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após votar na escola municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, no Rio de Janeiro, no primeiro turno das eleições municipais - Eduardo Anizelli - 6.out.24/Folhapress

Além de suspeito na investigação da trama golpista, o ex-presidente também já foi indiciado pela PF em apuração sobre a venda de joias sauditas recebidas de presente pelo governo brasileiro e de falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.

Bolsonaro não é réu em nenhum dos casos nem formalmente acusado. A PGR (Procuradoria-Geral da República) vai analisá-los e definir os próximos passos conforme os elementos colhidos nas investigações. O órgão pode oferecer a denúncia, pedir o arquivamento do inquérito ou solicitar mais diligências.

A Procuradoria confirma já ter recebido o relatório da PF sobre a trama golpista. A lei estabelece um prazo de 15 dias para ela se manifestar, mas, na prática, o prazo pode ser flexibilizado se for necessário mais tempo. A instituição não perde o direito de oferecer a denúncia caso ele seja descumprido.

O procurador-geral cogita apresentar uma acusação conjunta contra o ex-presidente, agregando os casos. A estratégia fica a critério do Ministério Público, dizem especialistas ouvidos pela reportagem.

Ao oferecer a acusação, a PGR deve observar se há prova da materialidade do crime e indícios de autoria, ou seja, elementos concretos que comprovem a existência de um delito e evidências de que ele está relacionado a um autor.

O conteúdo do relatório será analisado pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos do MPF (Ministério Público Federal).

Este é Paulo Gonet


Segundo a coluna da Mônica Bergamo, Gonet só deve apresentar uma denúncia contra Bolsonaro em 2025. Ministros do STF, por sua vez, avaliam que o julgamento deve ocorrer no primeiro semestre do ano que vem, para evitar o calendário eleitoral de 2026.

A advogada criminalista Carolina Amorim, doutora em processo penal, avalia que o correto seria o PGR oferecer três denúncias, por serem investigações distintas.

"A investigação sobre as vacinas e sobre as joias não detêm conexão com as acusações da suposta trama golpista", afirma, dizendo que seriam necessárias circunstâncias similares e de tempo e lugar comuns para uma peça única.

O argumento tem origem nas hipóteses do artigo 76 do Código de Processo de Penal, que estabelece as situações que motivam a junção das acusações, como quando as provas de uma infração interferem nas de outras ou quando as condutas forem praticadas pelas mesmas pessoas de forma conjunta, ao mesmo tempo e no mesmo lugar.


De acordo com Jacinto Coutinho, professor titular de direito processual penal da UFPR (Universidade Federal do Paraná), não há um impedimento legal para a união dos casos em uma mesma denúncia, embora seja "um tanto arriscado, pela complexidade do processo e por eventual dificuldade para a defesa".

Coutinho sustenta que, apesar de haver "remotamente uma conexão" entre os casos, são situações diferentes e estruturas diferentes, de modo que o ideal seria fazer uma denúncia para cada fato e delas resultarem os respectivos processos.

"O risco que se tem de embaralhar muito e dar complexidade para o processo é se cometer algum vício. Em face de um vício, aconteceu o que aconteceu na Lava Jato", diz o professor.

Entenda em 8 pontos papel de Bolsonaro na trama golpista, segundo a PF


Maurício Zanoide de Moraes, professor de processo penal da USP, por outro lado, considera haver mais lógica em se construir uma narrativa com começo, meio e fim, mesmo que se divida por grupos, do que fazer de maneira isolada.

Segundo ele, a Procuraria poderia oferecer uma denúncia conjunta se julgasse que faz sentido do ponto de vista da eficiência, da utilidade e da melhor apuração global das condutas.

Mas o advogado cita obstáculos, como, por exemplo, o fato de a acusação e a defesa poderem arrolar cada uma até oito testemunhas para cada conduta imputada. Se forem quatro imputações, já seriam 64 testemunhas no limite fixado em lei.

"Imagine a complexidade que isso não leva", diz ele. "Não adianta para a Procuradoria oferecer uma denúncia que demore anos a fio para ser posta ao fim."

Outra questão é a diferença nas etapas de cada investigação. A necessidade de novas diligências em uma delas pode atrasar o oferecimento da denúncia única. Uma vantagem de apresentar três seria permitir que cada caso amadurecesse no seu tempo.

Raquel Scalcon, consultora e professora de direito penal da FGV-SP, afirma que, se a PGR identificar com clareza conexões entre as investigações, apresentar uma denúncia conjunta faz sentido. Para isso, seria necessário haver uma narrativa que costure um ato único com várias etapas, afirma a advogada.

"Essa denúncia precisa ser muito bem construída para que se sustente e para que efetivamente tenha uma viabilidade, porque ela envolve um ex-presidente, envolve uma discussão sobre tentativa de golpe. É um caso muito, muito sensível. Espero e imagino que a PGR vai ser muito cautelosa. Não vai ser uma denúncia feita às pressas", afirma Scalcon.

Veja linha do tempo da trama golpista segundo a PF, do ataque às urnas ao 8/1

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/12/pgr-prepara-modelo-controverso-de-denuncia-conjunta-em-investigacoes-contra-bolsonaro.shtml

Memes


 

Charges do Renato Aroeira

 


PGR prepara modelo controverso de denúncia conjunta em investigações contra Bolsonaro


PGR prepara modelo controverso de denúncia conjunta em investigações contra Bolsonaro

Paulo Gonet cogita reunir casos da trama golpista, das joias sauditas e do cartão de vacina em peça de acusação

Arthur Guimarães

São Paulo

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, prepara uma denúncia conjunta ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de modo a reunir os casos da trama golpista, das joias sauditas e do cartão de vacina. Advogados ouvidos pela Folha divergem sobre a viabilidade da estratégia.

Polícia Federal indiciou Bolsonaro sob suspeita de envolvimento em plano para impedir a posse de Lula (PT) em 2022. A imputação criminal se soma a outras contra o capitão da reserva.

A imagem mostra o perfil de um homem com cabelo castanho e pele clara, em um ambiente desfocado. Ao fundo, são visíveis algumas pessoas, mas não estão claramente definidas. A expressão do homem é séria e ele parece estar concentrado em algo à sua frente.
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após votar na escola municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, no Rio de Janeiro, no primeiro turno das eleições municipais - Eduardo Anizelli - 6.out.24/Folhapress

Além de suspeito na investigação da trama golpista, o ex-presidente também já foi indiciado pela PF em apuração sobre a venda de joias sauditas recebidas de presente pelo governo brasileiro e de falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.

Bolsonaro não é réu em nenhum dos casos nem formalmente acusado. A PGR (Procuradoria-Geral da República) vai analisá-los e definir os próximos passos conforme os elementos colhidos nas investigações. O órgão pode oferecer a denúncia, pedir o arquivamento do inquérito ou solicitar mais diligências.

A Procuradoria confirma já ter recebido o relatório da PF sobre a trama golpista. A lei estabelece um prazo de 15 dias para ela se manifestar, mas, na prática, o prazo pode ser flexibilizado se for necessário mais tempo. A instituição não perde o direito de oferecer a denúncia caso ele seja descumprido.

O procurador-geral cogita apresentar uma acusação conjunta contra o ex-presidente, agregando os casos. A estratégia fica a critério do Ministério Público, dizem especialistas ouvidos pela reportagem.

Ao oferecer a acusação, a PGR deve observar se há prova da materialidade do crime e indícios de autoria, ou seja, elementos concretos que comprovem a existência de um delito e evidências de que ele está relacionado a um autor.

O conteúdo do relatório será analisado pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos do MPF (Ministério Público Federal).

Este é Paulo Gonet


Segundo a coluna da Mônica Bergamo, Gonet só deve apresentar uma denúncia contra Bolsonaro em 2025. Ministros do STF, por sua vez, avaliam que o julgamento deve ocorrer no primeiro semestre do ano que vem, para evitar o calendário eleitoral de 2026.

A advogada criminalista Carolina Amorim, doutora em processo penal, avalia que o correto seria o PGR oferecer três denúncias, por serem investigações distintas.

"A investigação sobre as vacinas e sobre as joias não detêm conexão com as acusações da suposta trama golpista", afirma, dizendo que seriam necessárias circunstâncias similares e de tempo e lugar comuns para uma peça única.

O argumento tem origem nas hipóteses do artigo 76 do Código de Processo de Penal, que estabelece as situações que motivam a junção das acusações, como quando as provas de uma infração interferem nas de outras ou quando as condutas forem praticadas pelas mesmas pessoas de forma conjunta, ao mesmo tempo e no mesmo lugar.


De acordo com Jacinto Coutinho, professor titular de direito processual penal da UFPR (Universidade Federal do Paraná), não há um impedimento legal para a união dos casos em uma mesma denúncia, embora seja "um tanto arriscado, pela complexidade do processo e por eventual dificuldade para a defesa".

Coutinho sustenta que, apesar de haver "remotamente uma conexão" entre os casos, são situações diferentes e estruturas diferentes, de modo que o ideal seria fazer uma denúncia para cada fato e delas resultarem os respectivos processos.

"O risco que se tem de embaralhar muito e dar complexidade para o processo é se cometer algum vício. Em face de um vício, aconteceu o que aconteceu na Lava Jato", diz o professor.

Entenda em 8 pontos papel de Bolsonaro na trama golpista, segundo a PF


Maurício Zanoide de Moraes, professor de processo penal da USP, por outro lado, considera haver mais lógica em se construir uma narrativa com começo, meio e fim, mesmo que se divida por grupos, do que fazer de maneira isolada.

Segundo ele, a Procuraria poderia oferecer uma denúncia conjunta se julgasse que faz sentido do ponto de vista da eficiência, da utilidade e da melhor apuração global das condutas.

Mas o advogado cita obstáculos, como, por exemplo, o fato de a acusação e a defesa poderem arrolar cada uma até oito testemunhas para cada conduta imputada. Se forem quatro imputações, já seriam 64 testemunhas no limite fixado em lei.

"Imagine a complexidade que isso não leva", diz ele. "Não adianta para a Procuradoria oferecer uma denúncia que demore anos a fio para ser posta ao fim."

Outra questão é a diferença nas etapas de cada investigação. A necessidade de novas diligências em uma delas pode atrasar o oferecimento da denúncia única. Uma vantagem de apresentar três seria permitir que cada caso amadurecesse no seu tempo.

Raquel Scalcon, consultora e professora de direito penal da FGV-SP, afirma que, se a PGR identificar com clareza conexões entre as investigações, apresentar uma denúncia conjunta faz sentido. Para isso, seria necessário haver uma narrativa que costure um ato único com várias etapas, afirma a advogada.

"Essa denúncia precisa ser muito bem construída para que se sustente e para que efetivamente tenha uma viabilidade, porque ela envolve um ex-presidente, envolve uma discussão sobre tentativa de golpe. É um caso muito, muito sensível. Espero e imagino que a PGR vai ser muito cautelosa. Não vai ser uma denúncia feita às pressas", afirma Scalcon.

Veja linha do tempo da trama golpista segundo a PF, do ataque às urnas ao 8/1

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/12/pgr-prepara-modelo-controverso-de-denuncia-conjunta-em-investigacoes-contra-bolsonaro.shtml

Conheça os benefícios de trocar as redes sociais por um livro


Conheça os benefícios de trocar as redes sociais por um livro


Por Carmen de Labra Pinedo (Profesora Titular de Universidad en el Área de Fisiología, Universidade da Coruña) – The Conversation Brasil

Está ali na mesa de cabeceira, olhando para nós de forma acusadora, aquele livro que ganhamos no Natal passado, que nos disseram que iríamos amar, que sabemos que vamos gostar, mas… chegou a hora do (aplicativo) BeReal e, depois disso, começamos a verificar o que os amigos estavam dizendo no WhatsApp.

Além disso, lemos o suficiente para a aula, ou para o trabalho… Pensamos: “Vou relaxar um pouco e depois ler (o livro)”. Porém, antes que percebamos, mais de uma hora se passou e não há mais tempo para a literatura.

Esta situação lhe parece familiar? Na era das redes sociais, o tempo que passamos lendo um livro diminuiu significativamente, principalmente entre crianças e adolescentes que têm maior probabilidade de passar horas em plataformas como TikTok ou Instagram.

No entanto, a neurociência revela que a leitura de livros tem efeitos muito mais positivos e duradouros no cérebro em comparação com o consumo de conteúdo nas redes. Este artigo examina, do ponto de vista neurocientífico, porque ler um livro produz efeitos benéficos em áreas como memória, empatia e capacidade de concentração, enquanto a utilização de mídias sociais, embora gratificante a curto prazo, pode ter efeitos negativos a longo prazo.

Melhorar a memória e a concentração

A leitura de um livro envolve um processamento cognitivo profundo. Durante o processo, nosso cérebro ativa áreas como o córtex pré-frontal e o hipocampo, responsáveis por funções como planejamento, reflexão e memória de longo prazo. Conhecer a história e compreender um texto força o cérebro a conectar ideias e refletir sobre os temas levantados, o que fortalece os circuitos neurais associados à atenção e aprendizagem.

Além disso, este esforço intelectual promove a criação de conexões sinápticas no hipocampo, o que melhora a nossa memória e a nossa capacidade de reter informações.

Diferentes tipos de gratificação

Por outro lado, o conteúdo das redes sociais é muito breve e estimulante para o nosso sentido de visão, que ativa áreas do cérebro como o núcleo accumbens, que está relacionado à gratificação imediata. Este tipo de processamento rápido e fragmentado enfraquece a nossa capacidade de concentração e a nossa capacidade de memorizar. Como consequência, este consumo de redes sociais, em vez de produzir uma aprendizagem profunda, produz uma dependência do tipo de estimulação rápida e superficial.

Dosagem de dopamina

Se levarmos em conta o nosso sistema neurotransmissor, sabemos que a dopamina é o neurotransmissor que o cérebro libera em resposta a uma experiência prazerosa, e seu funcionamento difere acentuadamente quando lemos um livro e quando consumimos mídias sociais.

No primeiro caso, a dopamina é liberada de forma gradual e contínua à medida que avançamos na narrativa do livro, promovendo uma recompensa que é vivenciada no longo prazo. Esta gratificação ajuda a desenvolver a capacidade de autocontrole e a adiar o prazer imediato, habilidades essenciais na regulação emocional e na tomada de decisões conscientes.

Em contraste, as redes são projetadas para oferecer recompensas instantâneas. Cada “curtida” gera um rápido pico de dopamina no núcleo accumbens, criando um ciclo de gratificação imediata. Embora esta sensação de prazer seja intensa, ela desaparece rapidamente, e o usuário pode desenvolver uma dependência desta estimulação constante .

A longo prazo, esta dinâmica pode reduzir a tolerância à frustração e enfraquecer o autocontrole, especialmente em crianças e adolescentes.

Desenvolvimento emocional

A leitura de um livro permite ao leitor explorar emoções e perspectivas através dos personagens, o que ativa áreas cerebrais associadas à empatia, como o sulco temporal superior e o córtex pré-frontal medial, contribuindo para um desenvolvimento emocional mais saudável.

O conteúdo da mídia social também gera respostas emocionais, mas, elas tendem a ser passageiras e não envolvem uma reflexão profunda. Muitas vezes, incentivam comparações sociais e podem desencadear respostas emocionais como ansiedade e baixa autoestima. Esses tipos de emoções, quando não acompanhados de um entendimento profundo, podem reduzir a resiliência emocional e dificultar o desenvolvimento da autocompreensão em crianças e adolescentes.

Memória de longo prazo

O impacto na memória de ler um livro ou da navegação nas redes sociais também é muito diferente. A primeira experiência ativa constantemente o hipocampo, o que facilita a consolidação da capacidade de raciocínio, inclusive futuro. À medida que uma história se desenrola, o leitor deve reter e lembrar detalhes, personagens e acontecimentos importantes, fortalecendo a memória episódica e semântica .

Acrescente-se a isso que o processo de compreensão da leitura permite o desenvolvimento de habilidades de pensamento crítico. Já o rápido consumo de conteúdo em plataformas como TikTok ou Instagram promove uma memória de curto prazo muito limitada. O cérebro recebe uma grande quantidade de estímulos visuais e fragmentos de informações sem o tempo adequado para processá-los e integrá-los.

Como resultado, a plasticidade sináptica é afetada e a capacidade de reter informações diminui. O uso frequente das redes sociais pode, portanto, afetar negativamente as habilidades de aprendizagem e memória a longo prazo.

Criação de novos neurônios

Com o tempo, a prática regular de leitura também promove a neurogênese (criação de novos neurônios) e ajuda a preservar a saúde do cérebro, reduzindo o risco de declínio cognitivo e emocional à medida que envelhecemos.

Mas o uso prolongado das redes sociais pode ter efeitos prejudiciais nestes aspectos. Isso siginifia que o consumo excessivo está ligado à diminuição da capacidade de atenção, ao aumento da impulsividade e, em alguns casos, a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.

Para alcançar o desenvolvimento saudável do cérebro, somente a leitura oferece benefícios sólidos e sustentáveis, por isso, é fundamental que crianças e adolescentes cultivem esse hábito, deixando de lado o uso das mídias sociais. Então, sabendo tudo o que sabemos: ainda seremos preguiçosos demais para deixar nossos celulares na gaveta e abrir aquele livro que nos espera na mesinha de cabeceira? Como disse Cícero, “uma casa sem livros é como um corpo sem alma”.

https://iclnoticias.com.br/trocar-as-redes-sociais-por-um-livro/

Memes do Pato arrependido

 


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