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segunda-feira, 20 de maio de 2024

Com Netanyahu, Hamas e Putin, Tribunal em Haia vive hora da verdade


Jamil Chade
Colunista do UOL, em Genebra
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, durante entrevista coletiva em Tel Aviv
O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, durante entrevista coletiva em Tel Aviv Imagem: Abir Sultan - 28.out.23/Pool via Reuters

Quando o Tribunal Penal Internacional (TPI) foi criado, há duas décadas, líderes de praticamente todo o mundo comemoraram o estabelecimento do novo órgão como forma de combater uma doença global e endêmica: a impunidade diante de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio.

Mas, à medida que as decisões começaram a ser tomadas, os 124 países que ratificaram a existência da corte se deram conta que havia um problema para a implementação das decisões: a geopolítica.

Hoje, ao pedir que os juízes do TPI emitam uma ordem de prisão contra a cúpula do Hamas e contra o líder de um país aliado dos EUA, o procurador-geral da corte, o britânico Karim Khan, colocou o órgão em uma encruzilhada. Ou a lei vale de fato para todos ou ela não vale para ninguém, e, nesse caso, a consequência será a desmoralização de um tribunal que era a esperança da justiça internacional finalmente existir.

Se a corte acatar o pedido do procurador, ela irá emitir um mandado de prisão internacional contra Benjamin Netanyahu. Israel não reconhece a jurisdição da corte. Mas a Autoridade Palestina sim e, como os crimes ocorrem contra palestinos, Khan julgou que tinha o mandato para realizar as investigações. Assim, se o premiê realizar uma visita qualquer a um dos 124 países do pacto, ele poderia ser preso e entregue para Haia.

Os governos que fazem parte da corte têm a obrigação de entregar alguém que seja alvo de um mandado internacional de prisão, caso pisem em seu solo.

Desde que foi alvo de um mandado de prisão pelo mesmo procurador, Vladimir Putin apenas viaja para fora da Rússia quando tem garantias de que o país que o receberá não está entre os 124 Estados da corte. No ano passado, ele evitou se deslocar para a África do Sul e ainda existem dúvidas sobre sua ida ao Brasil, para a cúpula do G20.


Há ainda outro problema: mesmo se ele estiver indo a um país que não reconhece a corte e, no meio do caminho, ocorrer algum problema técnico com sua aeronave, o pouso forçado pode ocorrer num país parte do tribunal.

Ironicamente, as reações em relação à ordem de prisão de Putin e a ameaça que paira sobre Netanyahu são diferentes. Quando o Khan fez o anúncio sobre o russo, americanos e europeus se apressaram em apontar que aquela era uma prova que Putin era um criminoso e que a impunidade não poderia prevalecer. Olaf Scholz, na Alemanha, chegou a declarar que a medida mostrava que "ninguém está acima da lei". Imediatamente, líderes das principais democracias tinham seus comentários prontos para dar apoio ao mandado de prisão.

Agora, o que impera é o silêncio de muitos, críticas de alguns e, nos bastidores, uma pressão descomunal tenta emparedar o tribunal para que nada ocorra.


Nas últimas semanas, autoridades dos Estados Unidos e de Israel fizeram declarações contra o TPI, caracterizando as ações do procurador como "sem lei", "vergonhosas" e quaisquer possíveis mandados de prisão como "um ataque ultrajante" e "uma abominação". Enquanto isso, os líderes do Congresso dos Estados Unidos estão preparando possíveis ações de retaliação, incluindo sanções a indivíduos que trabalham para o tribunal e esforços para retirar recursos do TPI, caso sejam emitidos mandados de prisão contra autoridades israelenses.

Nesta segunda-feira, o presidente americano, Joe Biden, afirmou que:

O pedido do procurador do TPI para mandados de prisão contra líderes israelenses é ultrajante. E deixe-me ser claro: independentemente do que esse promotor possa sugerir, não há equivalência - nenhuma - entre Israel e o Hamas. Sempre estaremos ao lado de Israel contra ameaças à sua segurança.

No Congresso Americano, deputados republicanos indicaram que poderão colocar sanções e até proibições de viagem contra os funcionários da corte.

O governo britânico também questionou a decisão, alertando que a medida "não ajudaria" a garantir o fim do conflito.

Putin, o Hamas e Netanyahu podem ser responsáveis por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Mas a sobrevivência da justiça internacional não depende deles. E sim daqueles que, supostamente fincados no estado de direito, cumprem tratados, julgam e atuam exclusivamente com base em seus próprios interesses políticos. E não em defesa das vítimas de criminosos de guerra.

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2024/05/20/com-netanyahu-hamas-e-putin-tribunal-em-haia-vive-hora-da-verdade.htm

PERGUNTE AO KOTSCHO | 20.MAIO | 16H30

 


Memes

 


Procurador do Tribunal Penal Internacional pede prisão para Netanyahu e líderes do Hamas

iclnoticias

Procurador do Tribunal Penal Internacional pede prisão para Netanyahu e líderes do Hamas

Pedido se relaciona ao ataque de 7 de outubro de 2023 e ao massacre em Gaza


O procurador Karim Khan, do Tribunal Penal Internacional (TPI), revelou ter solicitado mandados de prisão para os líderes do Hamas e para o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu de Israel por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. 

O pedido se relaciona ao ataque de 7 de outubro de 2023 e ao massacre em Gaza.

Khan disse em um comunicado que estava solicitando mandados de prisão para Yahya Sinwar, Muhammad Deif e Ismail Haniyeh, todos do Hamas. E também de Netanyahu e do Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant. A informação é do New York Times.

Karim Khan, procurador-chefe do TPI, anunciou o pedido na manhã desta segunda-feira (20/5). Foto: Reuters

O pedido de Khan ainda precisa ser aprovado por juízes do tribunal. O anúncio, no entanto, é um golpe para o governo de Netanyahu, por provocar ainda mais críticas internacionais à Israel.

Não houve resposta imediata do governo israelense ou do Hamas. Israel não é membro do tribunal e não reconhece sua jurisdição em Israel ou Gaza. Mas se os mandados forem emitidos, os nomeados poderiam ser presos se viajassem para uma das 124 nações membros do tribunal, que incluem a maioria dos países europeus, mas não os Estados Unidos.

No comunicado de Khan, são apontados “motivos razoáveis para acreditar” que Sinwar, Deif e Haniyeh eram responsáveis por “crimes de guerra e crimes contra a humanidade”, incluindo “o assassinato de centenas de civis israelenses em ataques perpetrados pelo Hamas”.

“É a opinião do meu escritório que esses indivíduos planejaram e instigaram a comissão de crimes em 7 de outubro de 2023, e por meio de suas próprias ações, incluindo visitas pessoais a reféns logo após seu sequestro, reconheceram sua responsabilidade por esses crimes”, disse o comunicado.

Um homem com cabelos grisalhos e barba, exibindo uma expressão séria e pensativa, está em primeiro plano. Ele veste uma camisa azul clara e um lenço palestino tradicional (keffiyeh) em volta do pescoço. Ao fundo, outros indivíduos desfocados observam atentamente, sugerindo que o homem pode estar participando de um evento ou manifestação.O chefe do braço político do grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar

O chefe do braço político do grupo Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinwar. Foto: AFP

Procurador: Netanyahu e Gallant

O procurador disse acreditar que os líderes israelenses (Netanyahu e Gallant) têm responsabilidade criminal por crimes de guerra e contra a humanidade, incluindo o uso de fome como arma e “direcionar intencionalmente ataques contra a população civil”.

Tribunal

Em março deste ano, o chefe de direitos humanos da ONU, Volker Türk, disse que as restrições de Israel à ajuda entrando em Gaza e a maneira como estava conduzindo a guerra poderiam configurar o uso de fome como arma. Isso é um crime de guerra sob o Estatuto de Roma, o tratado do Tribunal Penal Internacional, ou TPI.

No final de abril, autoridades israelenses disseram pela primeira vez que acreditavam que o tribunal estava se preparando para emitir mandados de prisão para altos funcionários do governo relacionados à guerra.

Em 26 de abril, Netanyahu disse nas redes sociais que o país “nunca aceitará qualquer tentativa do TPI de minar seu direito inerente de autodefesa”. Segundo ele, isso Em 26 de abril, Netanyahu disse nas redes sociais que o país “nunca aceitará qualquer tentativa do TPI de minar seu direito inerente de autodefesa”.

O TPI é o único tribunal internacional permanente com poder para processar indivíduos acusados de crimes de guerra, genocídio e crimes contra a humanidade.

Israel negou causar a crise de fome em Gaza ou impor limites à ajuda humanitária entrando no território. O país diz que a ONU e outras organizações falharam em distribuir adequadamente alimentos e outros bens humanitários lá. Mas especialistas em ajuda disseram que a crise é um resultado direto da guerra e do cerco quase completo de Israel ao território.

Autoridades israelenses impõem rigorosas verificações a qualquer ajuda que entra em Gaza, que abriga cerca de 2,2 milhões de pessoas, e as condições caóticas no local dificultam as entregas de ajuda. 

https://iclnoticias.com.br/procurador-tpi-mandado-prisao/

Leite admite que estudos alertaram para cheias, mas ‘agenda que se impunha’ era a fiscal

 

Leite admite que estudos alertaram para cheias, mas ‘agenda que se impunha’ era a fiscal

Governador nega que mudanças em cerca de 480 normas ambientais tenham ligação com a crise climática


Por Paula Soprana e Matheus Teixeira 

(Folhapress)- O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), reconhece que estudos apontavam a possibilidade de haver uma elevação no nível das chuvas que poderia causar grandes enchentes no estado.

No entanto, afirma que não investiu mais recursos na prevenção porque “o governo também vive outras agendas” e que a pauta “que se impunha era a questão fiscal”.

O chefe do Executivo local nega a ideia de que mudanças em cerca de 480 normas ambientais sancionadas por ele em 2020 tenham ligação com a crise climática vivida no Rio Grande do Sul. “Simplesmente burocratizar e dificultar licenças não é proteger o meio ambiente”, afirma.

Leite concedeu uma entrevista de 45 minutos à Folha no Palácio Piratini, sede do governo estadual, em meio ao trabalho para conter maiores danos decorrentes das chuvas que alagaram e destruíram cidades gaúchas nos últimos 20 dias.

Sobre a decisão do presidente Lula (PT) de nomear Paulo Pimenta ao Ministério de Apoio à Reconstrução do RS, ele diz que todo apoio é importante, mas que o protagonismo é do governo estadual.

Eduardo Leite

Eduardo Leite nega a ideia de que mudanças em cerca de 480 normas ambientais sancionadas por ele em 2020 tenham ligação com a crise climática vivida no Rio Grande do Sul.

Como tem sido a rotina do senhor nas últimas duas semanas? Tem conseguido dormir?

Eduardo Leite – A gente dorme, né? Temos que dormir até para estar com a cabeça boa para cumprir toda a missão. Nos primeiros dias, foi mais difícil porque era o momento crítico de resgate, de apoio aos municípios. Estamos assim desde 29 de abril. Foram noites muito intensas, então nas primeiras noites era celular ligado o tempo todo. Nesses últimos dias, consigo ter um pouco mais de organização. É importante para ter a cabeça com capacidade de raciocinar e atuar sobre as diversas questões mais críticas, que agora são permitir abrigo adequado para as pessoas.

Há uma previsão para as ‘cidades provisórias’ ficarem prontas? E para os conjuntos habitacionais?

Eduardo Leite – O que a nossa experiência nos diz, especialmente a do Vale do Taquari no ano passado, é de que talvez de 10% a 15% da população que está abrigada fique por um período maior até que tenhamos soluções definitivas. Estamos pensando, junto com os municípios, em muitas soluções. O governo disponibiliza recursos para aluguel social, ou seja, dá recursos para que a pessoa possa alugar uma casa por um período de até seis meses. Também há uma outra solução que está buscando se desenhar, que é a da estadia solidária, pagar para que uma família, numa casa, receba outra família.

Além disso, estamos projetando estruturas provisórias. Essas cidades temporárias —talvez não seja um nome exatamente adequado serão abrigos em estruturas feitas com espaços adequados às famílias para um período um pouco mais longo, de alguns meses, até eventualmente termos a solução das moradias definitivas. O governo federal apresentou disposição de entrar fortemente na questão habitacional, e isso é positivo.

Como o governo estadual pode dar uma esperança para quem está nos abrigos de que terão nova residência antes de um, dois ou três anos?

Eduardo Leite – m função do Vale do Taquari, desse aprendizado [por enchentes em 2023], a gente já tinha determinado a contratação por ata de registro de preços, modalidades de contratação, de moradias definitivas em métodos construtivos rápidos, como módulos de concreto ou steel frame [paredes em estrutura metálica revestida em gesso].

A gente já estava com esse processo de contratação, justamente observando as dificuldades, via Minha Casa Minha Vida, de viabilizar as moradias. Quando você tem recurso federal, tem que apresentar o plano de trabalho, estudos, dados e projetos. Sábado [dia 18] eu conversava com os prefeitos do Vale do Taquari e era a reclamação deles, a demora de conseguir atender toda a burocracia que existe nos recursos via ministério, com a Caixa Econômica Federal.

Folha – Temos os números oficiais de óbitos, mas há receio de que possa haver mais mortos do que os dados indicam. O dado, de fato, pode ser somado ao de desaparecidos?

Eduardo Leite – Ainda é prematuro para dizer. Potencialmente, cada desaparecido poderá ser uma vida perdida, mas é um dado que ainda precisa ser apurado. Desde o início, quando a gente contabilizava, nos primeiros dias, 27, 30 mortes, eu já dizia, “infelizmente será muito maior”. Entendo a imprensa, a sociedade querer saber desses números, mas qualquer número que sair agora é absolutamente impreciso diante de uma situação que a gente está observando.

Aliados do senhor criticaram a indicação de Paulo Pimenta para o Ministério de Apoio à Reconstrução do RS. A escolha do presidente Lula pode politizar a crise por ser um potencial candidato ao governo em 2026?

Eduardo Leite – A questão política em todo esse processo é o que mais me preocupa desde o início dele. Porque a dimensão que tem essa tragédia exige uma coordenação de esforços, um alinhamento entre forças políticas, empresariais, sociedade civil, que é especialmente difícil nos tempos atuais, de polarização, de disputas, de divisões, de redes sociais com opiniões para todos os lados, com força e virulência tentando destruir reputações. Mas é o esforço pelo qual, entendo, a gente deve canalizar aqui as nossas energias.

Naturalmente, o governo do estado tem um protagonismo que não é por vaidade ou interesse pessoal do governador, é pelo que o voto popular conferiu. Nós somos uma federação, e uma federação composta por estados onde existem governos constituídos pelo voto popular para liderar um processo, não para mandar simplesmente. Não é para ser do jeito que eu quero, porque eu ganhei uma eleição, é para liderar o processo reunindo as forças da sociedade.

Cabe ao governo estadual liderar o processo?

Eduardo Leite – Por uma decisão que a sociedade tomou, pelo voto popular. Então, o que o ministério que o presidente Lula criou tem no nome, e entendo deva ser o que orienta a sua ação: é uma secretaria extraordinária para apoio à reconstrução. Todo apoio é bem-vindo. O apoio do setor privado, o apoio dos voluntários, o apoio das doações, o apoio da sociedade civil de diversas formas, o apoio do governo federal é bastante importante nesse processo.

O meu papel como governador não é o de fazer análises políticas, é de resolver o problema. Para resolver o problema, precisamos juntar as forças de todos, inclusive a do governo federal. O presidente apresentou o seu preposto para esta missão de apoiar a reconstrução, vamos trabalhar com ele, vamos juntar as forças para poder atender a população.

Tem dialogado com Pimenta?

Eduardo Leite – Sim, fizemos, inclusive, na sexta-feira [17] uma reunião conjunta com os prefeitos da região metropolitana porque a gente vai ter que trabalhar sobre as várias etapas que essa crise tem. A primeira delas é a preocupação com a questão da drenagem, inclusive, faço um registro: todos os governos estaduais estão ajudando a gente aqui.

Folha – Sobre a reconstrução, o senhor divulgou uma estimativa de R$ 19 bilhões…

Eduardo Leite – Foi uma primeira estimativa, na verdade, temos até que tomar cuidado ao falar em números até que tenhamos isso consolidado. Por que nesse primeiro esforço olharam apenas estruturas de estradas, escolas, unidades de saúde, hospitais, enfim, o que foi atingido, sem olhar ainda a dimensão econômica dos impactos que têm.

 A reconstrução será de reparo ou vai contemplar decisões estratégicas, investimentos para conter efeitos de mudanças climáticas? A mudança climática é foco da reconstrução?

Eduardo Leite – Sem dúvida. Dentro do que nós chamamos de Plano Rio Grande, que nós estamos estabelecendo desde quando o presidente Lula veio aqui. Usei o exemplo do Plano Marshall. O importante é o conceito. O plano de reconstrução do estado envolve um conselho da sociedade civil que a gente vai estruturar com participação de entidades empresariais e movimentos sociais.

Há um comitê científico de adaptação e resiliência climática com academia, especialistas, para orientar as decisões que deverão ser feitas em relação a à reconstrução e dentro desse processo de reconstrução, sistemas de proteção e resiliência. Sofremos as consequências dos desmatamentos na Amazônia e do que isso gera de mais umidade ou menos umidade trazida ao Rio Grande do Sul. A gente tem essa consciência.

Ambientalistas criticam mudanças sancionadas pelo senhor em 2020 em cerca de 480 normas ambientais. Isso pode ter relação com a tragédia vivida no estado?

Eduardo Leite – Sobre as 480 mudanças na legislação, na forma como se apresenta essa afirmação, ela naturalmente tenta induzir de que o que nós estamos vivendo no Rio Grande do Sul se relaciona a uma mudança legislativa de 2019, o que é absurdamente equivocado, para dizer o mínimo.

Além disso, sequer analisa o que está dentro dessas alterações. Nós temos ali, por exemplo, a mudança de protocolo que era exigido ser em meio físico para poder ser feito por meio virtual. Tem outros vários pontos que são relacionados à correção de multas para infratores, que não havia previsão legal. Nós botamos correção de valores porque senão ele ganha dinheiro em cima da postergação, para ser mais dura a pena para o infrator. Mas também simplesmente burocratizar e dificultar licenças não é proteger o meio ambiente. Acabaram com a legislação ambiental? Não, aprimoramos, modernizamos, ajustamos e até endurecemos em muitos pontos.

Estudos já apontavam a possibilidade de aumento significativo nas chuvas no RS. O governo do estado se preparou mal para lidar com as enchentes?

Eduardo Leite – “Bom, você tem esses estudos, eles de alguma forma alertam, mas o governo também vive outras pautas e agendas. A gente entra aqui no governo e o estado estava sem conseguir pagar salário, sem conseguir pagar hospitais, sem conseguir pagar os municípios.

A agenda que se impunha ao estado era aquela especialmente vinculada ao restabelecimento da capacidade fiscal do estado para poder trabalhar nas pautas básicas de prestação de serviços à sociedade gaúcha. Cumprimos essa tarefa, porque agora estamos diante dessa crise enorme com capacidade fiscal para enfrentá-la. Então, alertas que estejam sendo feitos são ouvidos, mas eles se deparam com uma situação agora absurdamente crítica que naturalmente vai dar para eles um outro grau de importância, não apenas aos olhos do governo, mas da sociedade como um todo.

 Esses alertas deveriam ter sido mais ouvidos?

Eduardo Leite – Muitos alertas se revelam agora especialmente relevantes. Muitos alertas foram feitos e não se consumaram também. Então, naturalmente, vamos estruturar o poder público para que a gente possa receber esses alertas, tentar depurar o que é crítico, o que não é tão assim. Não é o governante de plantão sozinho que vai conseguir fazer isso.

Até por isso o Comitê Científico de Adaptação e Resiliência, para nos ajudar a entender. Já recebi alertas que não se revelaram. Agora mesmo na crise, fizemos alerta numa determinada quarta-feira que teriam vendavais e temporais e não se confirmou. Então, eventualmente, os alertas também não se confirmam. A gente está buscando fazer a adaptação e essa situação crítica que a gente está enfrentando agora impõe ao governo e à sociedade uma nova postura, sem dúvida nenhuma, diante dos alertas.

https://iclnoticias.com.br/eduardo-leite-plano-para-conter-cheias/

SEJA PARCEIRO DO FUNDO SOCIAL DE ITAQUAQUECETUBA

Um grande obrigado ao meu amigo @italosantanaofc, que em parceria com a N2 de São Paulo, garantiu a doação de 300 unidades de desinfectante e 2.500 miojos e sopinhas para o nosso Fundo Social!


Essas doações vão fazer uma grande diferença, ajudando quem precisa em nossa cidade. 

Se você também quer contribuir, sendo um parceiro da nossa prefeitura, é só vir até a Rua Ver. José Barbosa de Oliveira, 195 - Vila Virgínia. 

A solidariedade está transformando ITAQUÁ!

Abraços, Delegado Eduardo Boigues 


O governo federal, através do @mtransportes e do @dnitoficial , está reconstruindo as estradas do Rio Grande do Sul. Já foram liberados 82 trechos em 11 rodovias, garantindo a mobilidade dos gaúchos!

 




Memes

 


A @fab_oficial tem atuado em diversas frentes no apoio às vítimas da enchente no Rio Grande do Sul. Resgates de pessoas ilhadas, transporte de equipes de resgate e materiais, transporte de doações, entrega de alimentos e outros insumos necessários às comunidades isoladas, outras ações.

 



🐔O frango brasileiro não será mais taxado para entrar na China. O governo brasileiro foi informado que a medida antidumping, que desde 2019 sobretaxava o produto brasileiro de 17,8% a 34,2%, não será renovada.


Após atuação ativa junto às autoridades chinesas, o Brasil obteve essa decisão favorável, tornando as exportações de frango do Brasil mais competitivas.

🇧🇷🤝🇨🇳Com o fim dessa medida, o Brasil reforça seu compromisso em manter um diálogo aberto e construtivo com a China, buscando oportunidades de cooperação e desenvolvimento sustentável nas relações comerciais.

💪Uma grande conquista para nosso setor avícola e para a relação econômico-comercial entre Brasil e China! ▶️Confira no vídeo!


Charges do Ladino

 


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Lula buscou diálogo com linha dura iraniano e mudou voto na ONU


Jamil Chade
Colunista do UOL, em Genebra
19.mai.2024 - Imagens mostram presidente do Irã, Ebrahim Raisi, dentro de helicóptero antes de acidente
19.mai.2024 - Imagens mostram presidente do Irã, Ebrahim Raisi, dentro de helicóptero antes de acidente Imagem: IRINN/AFP

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva tentou estabelecer um canal de diálogo com o ex-presidente do Irã, Ebrahim Raisi, morto neste fim de semana e considerado como linha dura. Ele ainda enfrentou um dos maiores protestos contra o regime, liderado por mulheres. Os atos foram respondidos com repressão.

A postura brasileira levou o Itamaraty a mudar seu voto em resoluções internacionais, com a convicção de que o isolamento proposto pelas potências Ocidentais apenas ampliaria o radicalismo em Teerã e conduziria o país a acelerar seu processo para o desenvolvimento de uma arma nuclear.

No início de abril, por exemplo, o Brasil se absteve na votação de uma resolução na ONU que estendia o mandato da entidade para investigar violações de direitos humanos no Irã — em especial durante os protestos das mulheres a partir de 2022.

A iniciativa, porém, foi aprovada por no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Foram 24 votos de apoio, 15 abstenções e oito contra.

Raisi era visto como o instrumento da cúpula religiosa iraniana para colocar como prioridade uma aproximação às potências emergentes, incluindo China, Rússia e Brasil. O ex-presidente também costurou uma normalização com os sauditas.

Ele também foi central no fortalecimento do que é chamado de "Eixo de Resistência", o apoio de Teerã a grupos como Hamas, Hezbollah, um segmento dentro do Iraque e o governo de Bachar Al Assad na Síria.


Raisi era considerado como um dos homens mais leais ao Líder Supremo iraniano e maior autoridade no país, Ali Khamenei, e seu possível sucessor por sua postura ultraconservadora.

Nas áreas rurais, sua popularidade era sólida, principalmente depois que ele dobrou os subsídios às camadas mais pobres. Mas a notícia de sua morte também gerou comemorações nas redes sociais por parte de uma sociedade profundamente dividida.

Comissão da Morte

Segundo uma investigação conduzida pela Anistia Internacional, Ebrahim Raisi, que foi procurador-geral adjunto de Teerã em 1988, teria feito parte da "comissão da morte", uma espécie de grupo encarregado de executar milhares de prisioneiros políticos naquele ano. A entidade qualificou a repressão como crimes contra a humanidade.


Em seu ultimo informe, a presidente da Missão Internacional Independente de Apuração de Fatos sobre o Irã, Sara Hossain, concluiu que a "violenta repressão do Irã aos protestos pacíficos" do movimento Mulher-Vida-Liberdade desde setembro de 2022 levou a "graves violações dos direitos humanos [...] muitas delas equivalentes a crimes contra a humanidade".

O mandato da equipe de três mulheres, estabelecido pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em novembro de 2022, expirava e as peritas consideravam que precisam continuar a apurar a situação iraniana.

Ao explicar sua posição, o governo brasileiro afirmou que estava preocupado com a situação de direitos humanos no Irã, mas apostava na cooperação de Teerã.

De acordo com o embaixador do Brasil na ONU, Tovar Nunes da Silva, o governo "reconhece o engajamento" do Irã com os organismos internacionais e "incentiva" Teerã a cooperar.

Apesar de citar "progressos" em algumas áreas, o Itamaraty afirmou que continuava "profundamente preocupado" com a aplicação da pena de morte, inclusive contra crianças. O Brasil também pedia mais medidas para garantir a liberdade de expressão e pede fim de algumas das leis que discriminam mulheres.

O governo deixou claro que era "perturbador" os atos contra mulheres e minorias. Mas explicou que iria se abster na resolução "por entender que o Irã vai colaborar".


Na América Latina, os governos da Costa Rica, Argentina e outros apoiaram a resolução. O governo do Chile, liderado pelo progressista Gabriel Boric, saiu em apoio da resolução e denunciou as violações de direitos humanos no Irã.

No ano passado, o convite do Brics para a adesão do Irã gerou críticas por parte de entidades de direitos humanos.

O presidente Lula, porém, defendeu a entrada do governo de Teerã no bloco. "O Irã é extremamente importante. Eu fico muito feliz quando vejo que o Irã está conversando com o mundo árabe, se colocando de acordo com a Arábia Saudita. Isso é uma mudança de comportamento", disse.

Para ele, além de Rússia e China, o Irã "não pode estar fora de qualquer grupamento político que se queira fazer".

Ainda em meados de 2023, Lula se reuniu com Raisi. Oficialmente, a agenda foi dominada pela aproximação comercial entre os dois países.

Em março, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, a ativista iraniana Shirin Ebadi — primeira mulher a se tornar juíza em Teerã —, considerou Lula como desinformado sobre a situação em seu país. "Se ele é de esquerda e defensor da classe operária, deveria saber que o regime iraniano é inimigo da classe operária", disse

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis. 

https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2024/05/19/lula-buscou-dialogo-com-linha-dura-iraniano-e-mudou-voto-na-onu.htm

Memes do Pato arrependido

 


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