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domingo, 15 de janeiro de 2023

Resumão - Pra começar a semana

 Mais prisões previstas na investigação dos atos golpistas; tensão continua.

10. jan. Bolsonaristas em ginásio da Polícia Federal - Reprodução
10. jan. Bolsonaristas em ginásio da Polícia Federal Imagem: Reprodução
só para assinantes

Esta é a versão online da newsletter Pra Começar a Semana enviada hoje (15). 

As investigações sobre os atos golpistas de domingo passado, dia 8, devem prosseguir, possivelmente com mais pedidos de prisão. 

O objetivo é achar os financiadores. A tensão continua e o interventor da segurança do DF fala em guerra psicológica.
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Lula. 
Vai à Bahia na sexta-feira, para relançar o programa Minha Casa, Minha Vida.
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Bolsonaro.
 Ainda não há previsão de volta do ex-presidente ao Brasil. Ministros do STF consideram que não é prudente pedir agora prisão dele por envolvimento no ato golpista.
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Anderson Torres.
 Preso, o ex-ministro de Bolsonaro, que deveria ser o secretário da Segurança do Distrito Federal no dia das invasões e depredações, mas tirou férias, dará nesta semana seu depoimento à polícia.

 Em questão, a inação do governo do DF nos episódios do dia 8, a minuta de decreto golpista encontrada em sua casa e qual sua última conversa com Bolsonaro.

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Fórum Econômico Mundial.
 Começa nesta segunda e vai até sexta, em Davos (Suíça). 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa já no primeiro dia

Mariana Silva (Meio Ambiente) estará ao lado dele na terça, em um painel sobre o Brasil.
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Americanas.
 Depois do escândalo dos bilhões de diferença nas contas da empresa, o que vem por aí?
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Orçamento dos EUA.
 Na quinta, os gastos do governo furam o teto, ameaçando paralisar a máquina pública.
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Babilônia.
 Dirigido por Damien Chazelle, o filme é cotado ao Oscar. Protagonizado por Brad Pitt, Olivia Wilde e Margot Robbie, o filme mergulha no lado obscuro do mundo das estrelas de Hollywood de um século atrás. Estreia na quinta.
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M3GAN.
 Logo no começo do ano, filmão para quem gosta de terror. Boneca humanoide se torna uma assassina. Do mesmo diretor de Invocação do Mal. Quinta.
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Jorge Caldeira no Roda Viva.
 Adiada na semana passada, a entrevista com o escritor passou para esta segunda-feira (16), às 22h.
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Paulistão.
 Para quem estava com saudade de um clássico do futebol: Palmeiras X São Paulo, no domingo, às 16h, pelo Paulistão.
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Ano do Coelho.
 Começa no domingo (22), dia em que é comemorado o Ano Novo na China.
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Faltam 33 dias para o Carnaval.
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Boa semana.

Do UOL

15/01/2023 18h08Atualizada em 15/01/2023 18h08 https://noticias.uol.com.br/colunas/pra-comecar-a-semana/2023/01/15/clima-tenso-com-rescaldo-da-violencia-do-dia-8-e-expectativa-de-novos-atos.htm

DEMOCRACIA EXIGE: LULA, NÃO PERDOE NADA!

 Tá feia a coisa para o mito.


Como uma série de falhas de segurança abriu caminho para ataques em Brasília


Há exatamente uma semana, violência chocava o Brasil e o mundo e levanta perguntas sobre como tantas pessoas conseguiram invadir alguns dos prédios mais seguros do país, praticamente sem resistência

O dia 8 de Janeiro de 2023 entra para a história do Brasil como aquele em que, pela primeira vez, criminosos invadiram simultaneamente a sede dos Três Poderes da República
O dia 8 de Janeiro de 2023 entra para a história do Brasil como aquele em que, pela primeira vez, criminosos invadiram simultaneamente a sede dos Três Poderes da República CNN

Katie Polglase  Gianluca Mezzofiore

Tara John  Rodrigo Pedroso da CNN


Quando um mar de pessoas, envolto no verde e amarelo da bandeira brasileira, surge no alto do prédio modernista do Congresso Nacional, em Brasília, há uma semana, no último dia 8 de janeiro, foi possível ver também em diversas imagens policiais militares do Distrito Federal conversando ou filmando a multidão à distância.

A calma dos profissionais de segurança escondia o caos que se desenrolava naquele dia. 

Por cerca de quatro horas, milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes do governo brasileiro — Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto — sobrecarregando as forças de segurança e pedindo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse deposto.

A violência chocou o país, com muitos querendo respostas sobre como tantas pessoas conseguiram entrar em alguns dos prédios mais seguros do país, praticamente sem resistência.

Enquanto isso, aumentam as dúvidas sobre se os membros das forças de segurança encarregados de proteger a área e seus líderes foram apenas sobrecarregados, incompetentes ou mesmo ajudaram ativamente os manifestantes. Tudo isso será investigado.

Altas autoridades brasileiras dizem que os planos de segurança pré-acordados não foram executados no dia.

CNN analisou uma série de vídeos e transmissões ao vivo postadas nas mídias sociais para explorar as falhas de segurança que permitiram que uma insurreição ocorresse com uma facilidade tão extraordinária e descobriu que alguns policiais pareciam amigáveis com os manifestantes, enquanto muitos outros pareciam lamentavelmente despreparados para a multidão enfurecida.

CNN não identificou ou falou com os policiais dos vídeos.

Vídeos mostram alguns policiais parados observando os manifestantes enquanto eles invadiam o Congresso, um deles até filmou os eventos
Vídeos mostram alguns policiais parados observando os manifestantes enquanto eles invadiam o Congresso, um deles até filmou os eventos / YouTube, Twitter e Telegram.

As autoridades que investigam a reação dos policiais, como o Supremo Tribunal Federal, apontaram o dedo para as autoridades em Brasília, e vários chefes de segurança do Distrito Federal foram demitidos ou alvo de mandados de prisão por suposto conluio com os atos.

“A polícia de Brasília negligenciou [a ameaça de ataque], a inteligência de Brasília negligenciou”, afirmou Lula um dia após o cerco. Ele disse que pelas imagens era fácil ver “policiais conversando com os agressores. Houve uma conivência explícita da polícia com os manifestantes”.

As suspeitas de “conivência” foram alimentadas pelo relacionamento próximo de seu antecessor, Bolsonaro, com os militares durante sua presidência, enchendo seu então gabinete de chefes militares.

O ex-comandante geral da Polícia Militar do Distrito Federal, que está preso, Fábio Augusto, disse à Polícia Federal, por exemplo, que não recebeu ordens para impedir os manifestantes de descerem a Esplanada dos Ministérios, no domingo (8) de ataques em Brasília.

No depoimento obtido pela CNN, o coronel afirma que “todos os informes de inteligência apontavam que não havia indicativo de ações violentas” e que ele desempenhou atribuições definidas em reunião realizada na Secretaria de Segurança Pública, da qual não participou, mesmo no papel de comandante-geral.

Nas semanas que antecederam o cerco, partidários do ex-líder e ex-capitão do Exército acamparam do lado de fora dos quartéis do Exército em todo o Brasil, pedindo uma intervenção militar para anular a vitória de Lula.

Lula também acusou na quinta-feira algumas pessoas das Forças Armadas de cumplicidade. “Muitas pessoas foram cúmplices disso. Foram muitos da (Polícia Militar), muitos das forças armadas cúmplices”, disse ele em entrevista coletiva.

O presidente brasileiro disse que não vê os acontecimentos de 8 de janeiro como um “golpe”, mas como “uma coisa menor, um bando de malucos que não perceberam que a eleição acabou”.


Vídeos feitos em 8 de janeiro sugerem uma presença de segurança reduzida em comparação com a posse de Lula uma semana antes, no mesmo complexo do governo, quando mais de 8.000 soldados das forças militares e civis foram mobilizados.

Em 8 de janeiro, havia 365 policiais militares trabalhando na área. Depois que Lula decretou uma intervenção federal na Secretaria de Segurança do Distrito Federal, por volta das 18h, outros 2.913 foram convocados, disse um porta-voz interino do Distrito Federal à CNN. A liderança do escritório mudou desde os atos de 8 de janeiro.

O Exército e as polícias civis não responderam ao pedido da CNN para obter informações sobre quantas tropas do Exército e forças policiais exatamente foram enviadas para a área no domingo.

A Polícia Militar está investigando os fatos ocorridos no dia 8 de janeiro e “iniciará procedimentos para apurar” a suposta conduta de “agentes policiais que se comportaram de forma diferente de como deveriam”, diz Ricardo Cappelli, interventor de segurança do Distrito Federal de Brasília, que assumiu o cargo no domingo após a demissão de seu antecessor, disse esta semana.

Todas as imagens já estão sendo utilizadas no processo de investigação. Hoje em dia é muito difícil a pessoa entrar na Esplanada, no Congresso Nacional ou no Supremo e não ser identificada. Então todos serão identificados, todos serão punidos pelo que fizeram”, afirmou Capelli na sexta-feira (13).

Dias de planejamento

Os protestos de domingo foram organizados abertamente pelas redes sociais e aplicativos de mensagens dias antes e os serviços de inteligência estavam cientes de seus planos.

Conversas no Telegram vistas pela CNN mostram pessoas enviando mensagens já em 5 de janeiro sobre suas intenções de invadir o Congresso do Brasil.

Uma postagem menciona um plano para usar o aplicativo de telefone Zello, que funciona como um walkie-talkie, no caso de ausência de internet. O mesmo aplicativo foi usado por alguns manifestantes do Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021.

Vários outros compartilharam mapas detalhados da área parlamentar, identificando claramente os prédios do Congresso e do Senado como ponto de encontro.

A inteligência foi baseada em um alerta feito pela agência de transportes do país de que um volume incomum de ônibus havia sido fretado para Brasília.

Tanto o ministro da Justiça, Flávio Dino, quanto o então governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, aliado de Bolsonaro, foram notificados, informou a agência de inteligência.

Apesar das advertências, no dia 7 de janeiro, Ibaneis disse publicamente que o protesto seguiria na Esplanada – que tem um grande trecho gramado cercado por prédios do governo que leva diretamente às sedes dos Poderes.

Em entrevista coletiva um dia após o motim, o ministro da Justiça, Flavio Dino, disse que planos especiais de segurança foram acertados com o Distrito Federal – que cuida da defesa do complexo governamental e era comandado por Ibaneis –, mas não se concretizaram no dia 8 de janeiro, pois uma “mudança na orientação administrativa no planejamento, que não permitia a entrada de pessoas na Esplanada, veio no último minuto”, disse.

Ibaneis foi afastado do cargo por três meses no domingo. Ele disse que respeitou a decisão em nota oficial e também pediu desculpas às autoridades, inclusive a Lula, pelo ocorrido naquele dia, dizendo que sua equipe “não acreditava de jeito nenhum que as manifestações tomariam as proporções que tomaram”. A CNN procurou Ibaneis para comentar.

Quando os manifestantes, conforme planejado, saíram em massa em 8 de janeiro, encontraram pouca resistência.

Partindo de seu acampamento fora do quartel-general do Exército, eles caminharam mais de 7 quilômetros pela principal avenida de Brasília, o Eixo Monumental, até o Congresso.

Antes da violação do Congresso, uma longa fila de manifestantes marchou para o complexo do governo. Em um dos vídeos, um policial militar aparece fazendo sinal de positivo enquanto apertava a mão da multidão pró-Bolsonaro que descia a avenida. Alguns até dão tapinhas nas costas dos oficiais.

A Polícia Militar tentou conter os manifestantes na Esplanada dos Ministérios ao longo do Eixo Monumental por volta das 14h25, mostra vídeo postado no YouTube por um manifestante e revisado pela CNN.

Mas eles foram rapidamente ultrapassados pelos manifestantes, que romperam as barricadas. A polícia tentou aplicar spray de pimenta em alguns deles enquanto tentavam manter a barricada, mas fracassaram (veja imagem abaixo).

Polícia confronta manifestantes com spray de pimenta enquanto eles se aproximam do Congresso, mas ficam rapidamente sobrecarregados
Polícia confronta manifestantes com spray de pimenta enquanto eles se aproximam do Congresso, mas ficam rapidamente sobrecarregados / Twitter

Quando a multidão chegou do lado de fora do Congresso, por volta das 14h45, vídeos mostraram algumas unidades da Polícia Federal e militar tentando bloquear seu caminho, mas estavam em desvantagem numérica. O caos se instalou.

Outra tentativa da Polícia Militar de Brasília de usar spray de pimenta em manifestantes falhou. Os oficiais, parados atrás de uma linha de barricadas de metal, foram rapidamente subjugados à medida que a multidão avançava, jogando as barricadas no chão.

Livres para circular pela Praça dos Três Poderes, milhares de apoiadores de Bolsonaro subiram a rampa de acesso ao Congresso, que abriga o Senado e a Câmara dos Deputados. Eles entraram nos prédios pouco antes das 15h.

Vídeos de dentro dos prédios mostram cadeiras viradas e documentos espalhados pelo chão enquanto a multidão marcha cantando slogans pró-Bolsonaro.

Sem as barricadas, alguns policiais militares simplesmente observaram a cena. Um até filmou os manifestantes subindo a rampa do Congresso.

Enquanto isso, do lado de fora do prédio do Congresso, duas vans da Polícia Federal estavam estacionadas, com fumaça saindo de suas janelas, mostra o vídeo. Um saiu da estrada meio submerso em um lago.

O enxame de pessoas também se deslocou para o STF e o Palácio do Planalto. Os oficiais pareciam mais uma vez incapazes de controlar a situação. Alguns a cavalo foram atacados perto da Suprema Corte, jogados no chão e espancados por manifestantes.

No final, a multidão conseguiu para invadir esses prédios também e causar estragos.

Lula sugeriu que alguém deixou deliberadamente as portas do palácio destrancadas. Ela foi “aberta para essas pessoas entrarem porque não há porta quebrada. Significa que alguém facilitou a entrada deles aqui”, um ele a repórteres na quinta-feira.

Vídeos mostraram pouca coordenação entre divisões policiais
Vídeos mostraram pouca coordenação entre divisões policiais

Enquanto espera a poeira baixar, “quero ver todas as fitas gravadas dentro do STF, dentro do palácio. Havia muitos agentes coniventes. Tinha muita gente da PM (Polícia Militar) conivente”, completou Lula.

Os vídeos de 8 de janeiro encontrados online parecem transmitir o caos do momento.

Em um vídeo, os socorristas parecem lutar para se coordenar e se comunicar enquanto as forças de segurança parecem sobrecarregadas enquanto tentam obter o controle.

Um policial militar grita com os soldados do batalhão da guarda presidencial para combater os invasores enquanto eles estão no Palácio do Planalto.

“Comande suas tropas, droga!” ele grita com o comandante do batalhão.

Mas os soldados parecem hesitantes e seu líder permanece em silêncio enquanto eles lutam para tomar decisões enquanto são confrontados pela horda.

Exército vai apurar conduta de militar no Planalto | CNN PRIMETIME

Ao se aproximar das 19h, a polícia e o Exército finalmente têm tudo sob controle. Uma transmissão ao vivo do YouTube mostra multidões saindo do telhado do Congresso e deixando o complexo governamental.

Duas horas depois, Bolsonaro condena os acontecimentos do dia, dizendo que “manifestações pacíficas, respeitando a lei, fazem parte da democracia. No entanto, depredações e invasões fogem à regra.”


A resposta do Brasil aos distúrbios foi rápida. Os acampamentos pró-Bolsonaro próximos aos quartéis do Exército foram esvaziados e uma nova rodada de protestos em 11 de janeiro nunca se concretizou.

Autoridades de alto escalão têm mirado aliados de Bolsonaro que ainda atuam no governo, entre eles o ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres, responsável pela segurança da Praça dos Três Poderes, onde ficam as sedes dos Poderes.

O Supremo Tribunal do Brasil ordenou na terça-feira a prisão de Torres, que foi ministro da Justiça de Bolsonaro e assumiu o cargo de secretário de segurança do Distrito Federal em janeiro, e do ex-comandante da polícia militar do Distrito Federal, Fabio Vieira.

O STF cita uma dupla de tentativa de golpe de Estado, atos terroristas, danos à propriedade pública, associação criminosa e abolição violenta do estado de direito.

Argumenta ainda que “a ausência do policiamento necessário” durante os motins aconteceu devido à “omissão e conivência de várias autoridades na área de segurança e inteligência”.

Torres, demitido no domingo com Vieira, havia viajado para a Flórida no dia 7 de janeiro, um dia antes dos distúrbios. Não está claro se ele se encontrou com Bolsonaro, que também esteve na Flórida, tendo deixado o Brasil em dezembro, dias antes da posse de Lula.

O ex-secretário de segurança negou veementemente qualquer envolvimento nos distúrbios. “Lamento profundamente essas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conluio da minha parte”, ele tuitou no domingo, e escreveu dias depois que voltaria ao Brasil e lutaria contra as acusações.

Na quinta-feira, a Polícia Federal anunciou que, durante busca na casa de Torres, encontrou um projeto de decreto que propõe a anulação das eleições presidenciais de outubro. Torres negou ser o autor.

“Não é da autoria dele o documento. Eram diárias as abordagens feitas por populares ao ministro da Justiça e a mim mesmo como secretario nacional do Consumidor pedindo que levasse ao presidente algum tipo de sugestão”, disse Roca.

Os investigadores estão procurando por financiadores e líderes dos distúrbios, uma tarefa nada invejável devido à falta de liderança formal dos manifestantes, disse à CNN Michele Prado, especialista em movimentos de extrema-direita brasileira.

“Apesar dessa fluidez de líderes (de protesto) e horizontalidade”, existem milhares de pessoas online que continuam compartilhando posições extremistas, acrescentou ela.

(Com informações de Henrik Pettersson, Patrick Gallagher, Agne Jurkenite e Gabrielle Smith, da CNN, contribuíram para esta reportagem. Com colaboração de Márcia Reverdosa e Camilo Rocha, de São Paulo, e dos analistas de política Basília Rodrigues, Caio Junqueira e Daniela Lima, da CNN)

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

inglês

versão original

Tópicoshttps://www.cnnbrasil.com.br/politica/como-uma-serie-de-falhas-de-seguranca-abriu-caminho-para-ataques-em-brasilia/

Justiça autoriza divulgação de lista de presos por atos golpistas soltos


CDP II da Papuda foi inaugurado em 2021 e dois blocos foram ativados apenas para receber bolsonaristas - Lúcio Bernardo Júnior/Agência Brasília
CDP II da Papuda foi inaugurado em 2021 e dois blocos foram ativados apenas para receber bolsonaristas Imagem: Lúcio Bernardo Júnior/Agência Brasília

Do UOL, em São Paulo

15/01/2023 15h46

Atualizada em 15/01/2023 17h19

Atendendo a pedido da OAB-DF, a Justiça autorizou a divulgação dos nomes dos presos por atos antidemocráticos no domingo (8) que forem liberados após audiência de custódia.

De acordo com a decisão de ontem da juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do DF, o objetivo da publicação dos nomes é diminuir o fluxo de pessoas na porta das unidades prisionais e evitar tumulto por causa da expectativa de soltura.

Bolsonaristas já ganharam autonomia em relação a Bolsonaro, aponta antropóloga

As audiências de custódia entraram no quinto dia de trabalho neste domingo. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o mutirão totalizava até ontem 789 audiências e 538 prisões preventivas. Ao todo, 1.398 pessoas foram presas pelos ataques ataques aos Três Poderes no dia 8 de janeiro.

O que diz a decisão

"A listagem deverá conter somente os nomes daqueles que, após as consultas de praxe, não contenham outras ordens de prisão em seu desfavor que inviabilize a soltura", diz a decisão.

A lista deve ser publicada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal. Os presos estão passando pelas audiências de custódia, e podem ter a prisão mantida ou a liberdade provisória concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Na sexta-feira, a secretaria divulgou a lista completa com os nomes dos 1.398 presos pelos atos golpistas do último domingo. 

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/01/15/decisao-justica-divulgacao-nomes-presos-liberados.htm

Ex-comandante da PM diz que não sabia que atos seriam violentos e critica Polícia Legislativa e Exército


No depoimento obtido pela CNN, o coronel afirma que "todos os informes de inteligência apontavam que não havia indicativo de ações violentas"

Invasão do Congresso Nacional, em Brasília
Invasão do Congresso Nacional, em Brasília Albery Santini/Futura Press/Estadão Conteúdo


Basília Rodrigues da CNN

Brasília
15/01/2023 às 16:16

O ex-comandante geral da Polícia Militar do Distrito Federal, que está preso, Fábio Augusto, disse à Polícia Federal que não recebeu ordens para impedir os manifestantes de descerem a Esplanada dos Ministérios, no domingo (8) de ataques em Brasília.

No depoimento obtido pela CNN, o coronel afirma que “todos os informes de inteligência apontavam que não havia indicativo de ações violentas” e que ele desempenhou atribuições definidas em reunião realizada na Secretaria de Segurança Pública, da qual não participou, mesmo no papel de comandante-geral.

O encontro teve, segundo Fábio Augusto, a presença de comandantes da PM da área central de Brasília; representantes da secretaria e também de órgãos federais, como Abin (Agência Nacional de Inteligência); Ministério da Justiça; Gabinete de Segurança Institucional e do Supremo Tribunal Federal, que teve suas dependências atacadas.

O coronel, preso por decisão do ministro Alexandre de Moraes, também revelou que, no dia dos ataques, observou que não havia contingente suficiente da Polícia Legislativa, nem do policiamento do Planalto, realizado pelo Exército.

Durante a escolta policial, realizada durante a descida dos manifestantes até a Praça dos Três Poderes, de acordo com o ex-comandante-geral, não havia indicativo de desordem ou violência.A defesa do coronel também atribui culpa ao Exército pela manutenção dos acampamentos em frente ao QG, do Exército.

De acordo com o policial militar, por três vezes ele chegou a mobilizar homens para dissolver os manifestantes em frente ao QG, mas o Exército teria impedido a ação da PMDF. Em uma das situações, Fábio Augusto afirma ter destacado 500 homens com objetivo de acabar com o acampamento.

Leia ponto a ponto do depoimento obtido pela CNN:

  • As atribuições quanto à ação realizada no dia 8/01 foram definidas no Protocolo de Ações Integradas nº 2/2023, pactuado entre todos os órgãos e agências interessados
  • Todos os informes de inteligência apontavam que não havia indicativo de ações violentas
  • As atribuições foram realizadas de acordo com reunião realizada pela SSP/DF. O comandante-geral não participa dessa reunião
  • O efetivo policial e o controle operacional da ação realizada no dia 08/01 foram realizados por órgãos da polícia, não sendo responsabilidade do CG-PMDF
  • Que a ANTT apenas informou um contingente maior de ônibus registrados na madrugada de sábado (07/01). Até então, a inteligência havia identificado poucos veículos, o que corroborava a informação de uma reunião sem indicadores de violência, e contingente maior. Que, após saber que haveria um contingente maior de pessoas, o coronel Fábio questionou os responsáveis acerca do contingente, equipamentos e munições. O comando operacional responsável informou que o contingente era suficiente, contabilizando-se as “especiais”
  • Que havia erros quanto ao posicionamento do gradil, que é responsabilidade do Congresso Nacional
  • Que não havia contingente suficiente da Polícia Legislativa, que não havia policiamento (executado pelo exército) suficiente no Planalto
  • Que a polícia auxílio as tropas do exército com tática de bloqueio e empréstimo de munições químicas;
  • Que a PMDF realizou as detenções no interior do Congresso, STF e Planalto
  • Que o coronel Fábio havia requerido a dissolução do acampamento; que por três vezes ele chegou a mobilizar homens para dissolver os manifestantes em frente ao QG e o Exército impediu essa ação da PMDF. Que ele chegou a mobilizar 500 homens com objetivo de acabar com o acampamento
  • Que atendeu ofício do Ministério da Justiça para impedir o trânsito de ônibus de turismo até a Praça dos Três poderes, que atendeu a ordem, nos dias que antecederam e no dia dos atos de vandalismo;
  • Que não havia ordem para impedir os manifestantes de descerem a Esplanada
  • Que durante a escolta policial, realizada na descida dos manifestantes até a Praça dos Três poderes, não havia indicativo de desordem ou violência
  • Que foi ferido em combate com vândalos
  • Que recuperou o crucifixo que havia sido extraído do STF
  • Que entrou em luta corporal com manifestantes
  • Que determinou a detenção de todos
  • Que o Exército havia tentado impedir a PMDF de realizar as prisões
  • Que as trocas realizadas na cadeia de comando da PMDF podem ter dificultado o “fluxo de informações” para o comando da PM
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/ex-comandante-da-pm-diz-que-nao-sabia-que-atos-seriam-violentos-e-critica-policia-legislativa-e-exercito/Tópicos

Gilmar Mendes diz que minuta de Anderson Torres foi choque imenso ao Brasil


Ministro do STF lembrou que golpismo há tempos era latente em protestos bolsonaristas

www.brasil247.com - Gilmar Mendes
Gilmar Mendes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Gilmar lembrou que o golpismo há tempos era latente em protestos bolsonaristas: “havia um alimento para as pessoas, que eram seguidoras de determinada política, de que o Supremo era um mal do país e que precisava ser destruído”.

Sobre a minuta, o ministro do STF acrescentou que “Anderson Torres vai contribuir para explicar esse fato, [falar] quem produziu, quem sugeriu (…). Espero  que isso seja esclarecido o mais rapidamente possível”. 

https://www.brasil247.com/poder/gilmar-mendes-diz-que-minuta-de-anderson-torres-foi-choque-imenso-ao-brasil

Charges

 Charges

https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/charges

15/01/23 - O CASTIGO começa a chegar.

 Perícias em celulares derreterão os golpistas.

Gestão Tarcísio vai à Justiça para cobrar R$ 431 mil de Jair Bolsonaro
Ex-presidente foi multado em SP por não usar máscara durante a pandemia 
Por Sérgio Quintella 13 jan 2023, 16h43 
A Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo, órgão ligado ao governo estadual, cobra na Justiça a execução de três multas que foram aplicadas pelo ex-governador João Doria contra Jair Bolsonaro pela ausência de máscara durante a pandemia. Na quinta-feira, 12, o órgão estadual, já sob o governo de Tarcísio de Freitas, que foi ministro da Infraestrutura da gestão federal passada, entrou com três ações para que o ex-presidente pague, em cinco dias, um total de 431.000 reais.

As infrações ocorreram nos dias 20 e 21 de agosto e 13 de outubro de 2021, nas cidades de Registro (duas vezes) e Itapeva, em visita oficial. O ex-presidente tenta desde então a redução dos valores, tanto na esfera administrativa quanto no Judiciário, ainda sem sucesso. 
A ação proposta pela PGE ocorre poucos dias depois de outro processo parecido, movido contra um dos filhos de Jair Bolsonaro. Pelo mesmo motivo, ausência de máscaras e autuações não pagas, Eduardo foi executado em mais de 100.000 reais (além de custas processuais e honorários advocatícios). 
https://www.google.com/amp/s/veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/gestao-tarcisio-vai-a-justica-para-cobrar-r-431-mil-de-jair-bolsonaro/amp/

Justiça aceita denúncia e torna réu trio acusado de montar artefato explosivo perto do Aeroporto de Brasília

 

PM detona suposto artefato explosivo achado em caminhão na área do Aeroporto de Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução
 PM detona suposto artefato explosivo achado em caminhão na área do Aeroporto de Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução


A Justiça do Distrito Federal aceitou a denúncia contra três pessoas acusadas de envolvimento na tentativa de explosão de um artefato instalado em um caminhão-tanque de combustível, nos arredores do aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado. O documento assinado na terça-feira (10) foi obtido pela TV Globo.

À época, a Polícia Militar foi acionada após o motorista do caminhão perceber o objeto estranho no veículo e alertou policiais na área (veja detalhes abaixo). 

A decisão do juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília, é da primeira instância e atende denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a partir das investigações da Polícia Civil.


Segundo a denúncia, Washington de Oliveira SousaAlan Diego dos Santos e Welligton Macedo de Souza montaram o artefato e entregaram o material para que fosse colocado no caminhão de combustível por Wellington Macedo. Ao g1, a defesa disse que não vai se manifestar até analisar a decisão da Justiça.

Os réus vão responder na Justiça pelo crime de explosão, quando se expõe “a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos”. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa.

No entanto, o Ministério Público considera que é preciso aumentar a pena em 1/3, já que o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível.

Já as acusações de atos de terrorismo vão ser enviadas para a Justiça Federal, instância competente para analisar se estão configurados crimes contra o Estado Democrático de Direito.

Investigação

Os investigadores dizem que o plano foi feito no acampamento montando em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, por onde passaram bolsonaristas radicais com ideias golpistas.

Segundo a investigação, a ideia inicial dos criminosos era que o explosivo fosse colocado próximo a um poste, para prejudicar a distribuição de energia elétrica na capital. De última hora, a decisão mudou e o objeto foi colocado no caminhão de combustível, carregado de querosene de aviação.

“O objetivo dos denunciados era cometer infrações penais que pudessem causar comoção social a fim de que houvesse intervenção militar e decretação de Estado de Sítio”, afirma a denúncia.

“Já em Brasília-DF, em frente ao Quartel General, em 23/12/2022, George, Alan e Wellington e outros manifestantes não identificados, elaboraram o plano de utilização de artefato explosivo para detonação em lugares públicos”, completa o documento.

Ainda segundo a denúncia, a Polícia Civil afirma que horas após a identificação do explosivo, Alan e George se falaram por uma ligação de aplicativo de mensagens e trocaram imagens do explosivo. A partir da análise de geolocalização, foi possível identificar que um carro que seria da esposa de Wellington também circulou pelos arredores do aeroporto no dia.

A Justiça também atendeu ao pedido de MP de enviar a parte da investigação sobre organização criminosa para a Procuradoria-Geral da República, para que o caso seja analisado no âmbito da Operação Nero, que investiga os atos de vandalismo do dia 12 de dezembro em Brasília.

Relembre o caso

Polícia apreendeu arsenal com armas e munições com o suspeito de deixar um artefato explosivo perto do aeroporto de Brasília — Foto: Divulgão/Polícia Civil

A Polícia Militar detonou, na véspera de Natal, o explosivo após o artefato ser encontrado pelo motorista do caminhão-tanque. À época, o homem não soube dizer quem havia deixado o material ali e a polícia descartou a participação dele no caso.

O caso não impactou as operações no aeroporto, tendo as decolagens e pousos sido mantidos normalmente.

No mesmo dia, George Washington de Oliveira Sousa foi preso pela polícia por suposto envolvimento no caso. Ele veio do Pará a Brasília para participar das manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ocorriam no quartel-general do Exército.

O homem foi localizado e preso em um apartamento no Sudoeste, na região central do DF, e confessou que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto. Com ele, foi apreendido um arsenal com pelo menos duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados. No apartamento, foram encontradas outras cinco emulsões explosivas.

https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2023/01/15/justica-aceita-denuncia-e-torna-reu-trio-acusado-de-montar-artefato-explosivo-perto-do-aeroporto-de-brasilia.ghtml

Justiça determina que governo do DF divulgue lista de bolsonaristas radicais liberados após audiência de custódia


Bolsonaristas terroristas são presos e retirados do Palácio do Planalto — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
 Bolsonaristas terroristas são presos e retirados do Palácio do Planalto — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal determinou, neste sábado (14), que a Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF) divulgue a lista de bolsonaristas radicais presos no domingo (8) e liberados após audiência de custódia.

As audiências são realizadas desde quarta-feira (11) pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) e Ministério Público Federal no DF (MPF-DF) a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF). Cabe ao ministro Alexandre de Moraes a decisão de soltar ou não as pessoas ouvidas. Até este domingo (15), o número e os nomes das pessoas liberadas entre as 507 que já passaram pela audiência não foram divulgados.

A decisão atende a um pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), "a fim de evitar tumulto na entrada das unidades prisionais", ou seja, há receio de que a não divulgação dos nomes possa levar família dos detidos às portas das unidades em busca de informação.

Ao g1, a Seape afirmou que ainda não recebeu nenhum alvará de soltura para cumprimento. "A Seape irá atender à decisão e divulgar os nomes tão logo haja liberações", afirmou a pasta, em nota. Para a juíza Leila Cury, a lotação é possível do mesmo modo que ocorreu no dia em que os flagrantes ocorreram.

"A listagem deverá conter somente os nomes daqueles que, após as consultas de praxe, não contenham outras ordens de prisão em seu desfavor que inviabilize a soltura", aponta a magistrada na determinação.

Ao todo, 1.398 pessoas foram presas pelos ataques terroristas aos três poderes e no acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, segundo lista divulgada pela Seape, na sexta-feira (13).

Segundo a pasta, até esta sexta, 904 homens foram levados ao Centro de Detenção Provisória 2, no Complexo da Papuda, e 494 mulheres foram encaminhadas à Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia.

Transferência

O interventor federal da Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, afirmou, nesta sexta, que os bolsonaristas presos pelos atos terroristas após passarem por audiência de custódia serão transferidos aos seus estados de origem. Segundo ele, o trabalho do TJ deve terminar neste domingo (16).

"O sistema prisional aqui do Distrito Federal tem que absorver os que ficarão", afirma Ricardo Cappelli.

A Penitenciária da Papuda está com quase o dobro da capacidade máxima após a prisão dos bolsonaristas. De acordo com a Seape, o presídio tem 1.176 vagas e, atualmente, estão alocados na unidade 2.139 pessoas.

Já na Penitenciária Feminina há 1.028 vagas. Após as prisões de mulheres suspeitas de terrorismo, o número de detentas ficou em 1.148.

https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2023/01/15/justica-determina-que-governo-do-df-divulgue-lista-de-bolsonaristas-radicais-liberados-apos-audiencia-de-custodia.ghtml

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