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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Michel Temer grava vídeo -Temer confirma reunião com delator, mas diz que não discutiu valores ou 'negócios escusos'

O Presidente divulgou vídeo sobre depoimento de Márcio Faria, ex-Odebrecht. Segundo delator, Temer comandou reunião sobre 'compra do PMDB' por US$ 40 mi, mas valores não foram discutidos com Temer.

presidente Michel Temer divulgou vídeo nesta quinta-feira (13) no qual confirmou ter se reunido com um dos delatores da empreiteira Odebrecht. Na mesma gravação, Temer acrescentou que, nesse encontro, em 2010, não discutiu valores nem "negócios escusos" da empreiteira com políticos (assista no vídeo acima).
No depoimento prestado, Márcio Faria, ex-dirigente da Odebrecht, afirmou ter participado de uma reunião comandada por Temer na qual foi discutida a "compra do PMDB" por US$ 40 milhões. Ainda no acordo de delação premiada, Faria disse que não discutiu valores com o presidente .
"É fato que participei de uma reunião em 2010 com um representante de uma das maiores empresas do país. A mentira é que nessa reunião eu teria ouvido referência a valores financeiros ou a negócios escusos da empresa com políticos. Isso jamais aconteceu. Nem nessa reunião nem em qualquer outra reunião que eu tenha feito ao longo de minha vida pública com qualquer pessoa física ou jurídica. Jamais colocaria a minha biografia em risco", afirmou o presidente no vídeo divulgar nesta quinta.
"O verdadeiro homem público tem que estar à altura dos seus desafios que envolvem bons momentos e momentos de profundo desconforto. Minha maior aliada é a verdade, matéria-prima do Poder Judiciário, que revelerá toda a verdade dos fatos", acrescentou.
Nesta quarta (12), Temer já havia divulgado uma nota na qual dizia que "jamais tratou de valores com o senhor Márcio Faria". Além disso, acrescentou que "a narrativa divulgada hoje não corresponde aos fatos e está baseada em uma mentira absoluta".
http://g1.globo.com/politica/noticia/temer-confirma-reuniao-com-delator-da-odebrecht-mas-diz-que-nao-discutiu-valores.ghtml

Selic traz esperanças para a economia real É quase certo que em breve tenhamos taxas de juros inferiores a 10% ao ano. Isso é muito bom para quem empreende e é ótimo para quem quer comprar casa ou trocar de carro. Depois de um longo período de aperto monetário, o Banco Central finalmente conseguiu dar esperanças de que a crise está mesmo no fim. Nem os escândalos políticos estão conseguindo atrapalhar este processo.


EUA utilizam pela 1ª vez 'mãe de todas as bombas'

Trump mostra que vai cumprir promessas ao lançar bomba no Afeganistão

O Pentágono confirmou a utilização do GBU-43, o maior artefato não nuclear no arsenal americano. O ataque também demonstra que o combate ao Estado Islâmico é uma prioridade do governo e é um recado não apenas para a Rússia, mas para todo o mundo. A bomba tem 11 toneladas e é conhecida como a mãe de todas as bombas.

Com a lista de Fachin, reformas saem do foco da atenção de deputados e senadores Parlamentares, agora, estão mais preocupados com a sua própria sobrevivência política. Com isso, a discussão de medidas complexas e impopulares como a proposta que altera a Previdência deve ficar de lado, atrasando a recuperação econômica do país.

Helicóptero que caiu com filho de Alckmin tinha componentes desconectados

O relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Aeronáutica, sobre a queda de helicóptero em Carapicuíba (SP), que matou Thomaz Rodrigues Alckmin, filho do governador paulista Geraldo Alckmin, confirma que componentes da aeronave estavam desconectados.

O acidente ocorreu em abril de 2015, em Carapicuíba (SP), e matou também o piloto Carlos Haroldo Gonçalves e os mecânicos Paulo Moraes, Erick Martinho e Leandro Souza. 

A Aeronáutica já havia divulgado nota, em junho de 2015, em que apontava que a causa da queda havia sido um problema com os componentes.

Segundo o relatório, os controles flexíveis (ball type) e alavancas (bellcranck), que são fundamentais para o piloto controlar a aeronave em voo, estavam desconectados antes da decolagem.

Uma das hipóteses é que o mecânico a bordo tenha se distraído, sem perceber a intercorrência.

O documento aponta ainda falhas na organização de trabalho: “a rotina de trabalho dos profissionais da organização de manutenção era suscetível a interferências e interrupções que promoviam quebra na sequência das atividades desenvolvidas”.

A empresa Helipark, proprietária do helicóptero, havia se pronunciado quando o primeiro relatório foi anunciado, dizendo que a hipótese de o helicóptero ter decolado com os componentes desconectados é absurda. 

“Equivalente a imaginar-se dirigir um automóvel com a barra de direção solta. Tratando-se de um helicóptero, o mero acionamento dos motores provocaria o tombamento lateral da aeronave ainda na pista”.

Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil
Edição: Denise Griesinger

Delator diz que governo Lula editou isenção tributária a pedido da Odebrecht Ex-diretor do grupo diz que Antonio Palocci intermediou a edição do decreto no Ministério da Fazenda.

O delator Alexandrino Alencar, ex-diretor da Odebrecht, afirmou ao Ministério Público que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva editou, em 2008, um decreto a pedido do grupo para resolver uma questão tributária que atrapalhava a Braskem – empresa petroquímica da Odebrecht.
Segundo Alencar, as negociações foram feitas com Antonio Palocci, que na época era deputado federal pelo PT. "Essas questões tributárias, era o principal canal de conversas com o Palocci. Ele entendia muito sobre créditos e IPI, e outras medidas provisórias", disse o delator, lembrando que o petista tinha sido ministro da Fazenda.
O decreto 6.683 foi assinado por Luiz Inácio Lula da Silva e o então ministro da Fazenda Guido Mantega em 10 de dezembro de 2008. O documento estabelece a isenção da cobrança de Cide-Combustível da nafta que gerava gasolina como subproduto.
Na época, o polo de Camaçari, na Bahia, importava nafta para produção de diversos subprodutos.
"Especificamente na Bahia, o pessoa da Receita da Bahia, entendeu que tinham que taxar a nafta que importávamos para o polo de Camaçari. Por quê? Porque gerávamos gasolina. Dizíamos que não pode, porque a gasolina é um subproduto. Gasolina não é um produto nosso. E ficou a discussão", afirmou Alexandrino Alencar, ao explicar por que o grupo procurou o governo para a edição do decreto.
Segundo ele, a Receita tentava penalizar o grupo e forçar a pagar a Cide atravancando a chegada de navios com nafta para o polo de Camaçari. "Foi feito um decreto normativo, estabelecendo que, para a questão de nafta que gerava gasolina não precisava de [Cide]. Foi gerado no Ministério da Fazenda. Decreto 6.683, de 2008, estabelecendo que a gasolina é um produto residual, e não é um produto", disse Alexandrino.
O ex-diretor da Petrobras afirmou que Palocci ou o governo não exigiram nenhuma contrapartida para tratar dessa questão. Ainda assim, o então deputado figurava entre os políticos que recebiam doações volumosas para campanhas eleitorais – tanto legais quanto em caixa 2, segundo Alencar. Ele não detalhou quais eram os valores pagos e disse que Marcelo Odebrecht, o ex-presidente do grupo, era quem decidia sobre as doações.

Investigações na 1ª instância

Como Lula e Palocci não têm foro privilegiado, as informações de Alexandrino Alencar foram enviadas à Justiça Federal do Paraná, onde já há investigações sobre a Lava Jato. A delação é mencionada na petição 6664, assinada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a recebeu e encaminhou para outra instância.
Agora, caberá à Justiça do Paraná decidir se abre nova investigação com base nessas informações, se as inclui em algum inquérito em andamento ou se arquiva a delação.

O que dizem Lula e Palocci

O ex-presidente Lula tem classificado acusações de falsas e reiterado que sempre agiu dentro da lei. "É preciso relembrar que, nos processos envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já foram ouvidas 102 pessoas, incluindo os notórios delatores, testemunhas de acusação e de defesa. E nenhum desses depoentes fez qualquer afirmação que pudesse envolver Lula em ato ilícito relativo à petrobras ou às propriedades que lhe são indevidamente atribuídas", informou o Instituto Lula nesta terça-feira (12).
O advogado José Roberto Batochio, que defende Palocci, disse que desconhece os motivos para abertura do inquérito e que só vai se pronunciar quando tiver acesso ao teor da denúncia, mesmo porque não podia se manifestar sobre "vazamentos criminosos".
http://g1.globo.com/

'Não vou rir, nem vou chorar', diz Lula sobre acusações de Marcelo Odebrecht

Empresário disse ao juiz Sergio Moro que destinou milhões para o 'amigo', codinome usado para se referir ao ex-presidente petista. Lula diz que acusação é 'inverossímil' e 'irreal', e que exigirá provas.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (13) durante entrevista a uma rádio da Bahia que é “inverosímil” e “irreal” a acusação feita contra ele pelo empresário Marcelo Odebrecht. Lula disse que não vai “rir, nem chorar” diante das denúncias, mas que vai ler cada peça do processo junto com seus advogados e exigir provas.
Marcelo Odebrecht disse em depoimento ao juiz Sérgio Moro, divulgado nesta quarta-feira (12), que destinou milhões para o "amigo", codinome referente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Primeiro, ele cita o depósito de R$ 35 milhões e depois fala em R$ 40 milhões. A conta, diz Odebrecht, era gerida pelo ex-ministro petista Antonio Palocci.
"É tão inverosímil as acusações, é tão irreal as acusações, que eu não vou rir, nem vou chorar. Eu vou analisar corretamente, vou conversar com os advogados, pegar o processo, ler cada peça do processo para que a gente possa chegar no dia certo e dizer claramente o seguinte: a delação tem que ser provada”, disse Lula.
"Ontem, houve mais um absurdo: a delação do Marcelo Odebrecht. Eu até compreendo que o Marcelo está preso há dois anos, até compreendo que ele tem família fora, que ele deve estar comendo o pão que o diabo amassou, que talvez ele esteja tentando criar condições para sair da cadeia", declarou em outro trecho da entrevista.
O depoimento de foi prestado na segunda-feira (10), em ação penal da Lava Jato que envolve Antonio Palocci, o ex-presidente do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros 13 réus. Nesta quarta (12), o juiz Sérgio Moro retirou o sigilo dos interrogatórios dessa ação.
Na entrevista à rádio nesta quinta, Lula disse estar “muito tranquilo”. “Eu continuo desafiando qualquer empresário brasileiro, qualquer empresário, a dizer que um dia o Lula pediu R$ 10 pra ele ou alguém. Se alguém pediu em meu nome, a pessoa que pediu tem que ser presa, porque eu nunca autorizei ninguém a pedir dinheiro em meu nome”, afirmou.
“Eu não posso ficar nervoso, eu não posso perder a cabeça com cada coisa dessa”, disse. “Hoje eu vou conversar com os advogados, vou começar a ler a peça e vou me preparar para o meu depoimento. E a vida continua, vou continuar fazendo política. O dia que alguém provar um erro meu, ou R$ 10 ilícitos na minha vida, eu paro com a política", completou.
Por G1 São Paulo___________________________________________________

Marcelo Odebrecht diz que repassou mesada para garantir pré-campanha do PSDB em 2014 Em delação à Lava-jato, o empreiteiro afirmou que, a pedido de Aécio Neves, ajudou várias campanhas de políticos. Foram ao menos R$ 50 milhões aos tucanos.

Corrupção explica a ineficiência da economia brasileira No capitalismo, é importante que haja uma competição entre as empresas, não apenas a concorrência pública, mas a relativa ao mercado. É essa dinâmica que mostra quem vai ser mais eficiente e a que vai tornar os custos das obras menor. Muitas vezes criticamos medidas tomadas por Guido Mantega, quando havia uma distorção que beneficiava uma empresa ou setor. No entanto, não podíamos imaginar que por trás disso era o próprio ministro negociando pagamento de propina.

Se Temer não coordenar reação da base, reforma da Previdência correrá riscos

O presidente marcou um café da manhã com líderes partidários na Câmara para que o relator da reforma da Previdência, Arthur Maia, apresente o texto final que será votado pela comissão especial. Temer quer fechar na próxima terça um acordo para votar um texto que inclua as concessões já negociadas e que possa ser aprovado com rapidez pela comissão especial e o plenário da Casa. A suspensão das votações ontem na Câmara e no Senado serviu de alerta ao governo.

Delator da Odebrecht diz que Temer comandou reunião para garantir US$ 40 milhões ao PMDB O ex-executivo Marcio Faria disse que outros peemedebistas, como Eduardo Cunha, participaram do encontro. O presidente disse em nota que a narrativa de Faria é um 'mentira absoluta'.

Raquel Miúra
Michel Temer e Eduardo Cunha, em novembro de 2015
Crédito: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Um dos delatores da Lava-jato disse que uma reunião no escritório político de Michel Temer em São Paulo com a presença dele acertou pagamento de US$ 40 milhões ao PMDB. O valor era 5% de um contrato da Odebrecht com a Petrobras. 
O ex-presidente da Odebrecht Industrial, Marcio Faria, disse que na reunião estavam outros peemedebistas, como Eduardo Cunha: 'fomos anunciados, entramos numa sala maior, e nesta sala estava presente o Michel Temer, ele sentou como se fosse aqui, do lado de lá, Eduardo Cunha, o deputado Henrique Eduardo Alves e o João Augusto (lobista do PMDB) mais atrás'.
Temer disse em nota que a delação de Faria é uma mentira absoluta, que houve um encontro com o empresário em São Paulo por intermédio de Eduardo Cunha, mas uma conversa rápida, superficial sem qualquer menção a valores ou contratos da Petrobras.
Temer também aparece na delação de Marcelo Odebrecht sobre o famoso jantar de 2014 pra discutir doações. Entre o café e a sobremesa, Temer deixou o local quando o assunto foi tratado de forma mais clara. Marcelo, porém, chegou a falar em pedido de Temer quando Paulo Skaf lhe solicitou uma doação de R$ 6 milhões.
Na delação à Lava Jato, Marcelo Odebrecht também falou da campanha do PT. Disse que Guido Mantega pediu R$ 100 milhões à campanha de Dilma, como forma de compensar a aprovação de uma medida provisória que ajudou uma das empresas do grupo. 
Contou também que fez vários repasses ao PT, só que em 2014 o dinheiro passou a focar a campanha de Dilma Rousseff e bancar o marqueteiro João Santana.
Temer não responde a inquérito, porque como presidente não pode ser investigado por atos anteriores à posse. As suspeitas contra Dilma foram à primeira instância de Curitiba. 
Ela nega qualquer irregularidade. Os dois respondem a ação no TSE.

Delatores da Odebrecht atingem em cheio cúpula do PMDB, incluindo ministros de Temer

Moreira Franco, Romero Jucá, Eunício Oliveira e Renan Calheiros são apontados como os principais interlocutores da empreiteira com o Congresso. Documentos e relatos mostram ainda que Eliseu Padilha, da Casa Civil, recebeu R$ 1 milhão em espécie no dia em que a Lava-jato saiu às ruas pela primeira vez.

Delações da Odebrecht mostram que país uniu dois dos piores tipos de capitalismo

São eles o capitalismo de Estado e o de 'amigos'. O primeiro é ineficiente porque o governo não se sai bem na produção de mercadorias e na prestação de serviços, e 40% do PIB brasileiro passa pelas mãos do Estado. O segundo é aquele em que se estabelece uma teia de relações entre as empresas e o governo, ou seja, só obtém contratos aquelas que possuem bons amigos no governo. O resultado disso é corrupção, preços altos e ineficiência da economia brasileira.

Marcelo Odebrecht é um dos principais delatores da Lava-jato. Foto: Geraldo Bubniak / Freelancer

Quanto maior a estatura do político, mais cara era a fatura

Cabeças da Odebrecht detalham esquema considerado normal e cheio de regras para favorecer políticos em troca de vantagens em contratos públicos e aprovação de leis em benefício da empreiteira. Patriarca da empresa diz que há 30 anos relacionamento entre empresários e políticos é assim. E afirma que o 'pessoal de Lula estava com a goela muito grande'.

Emílio Odebrecht afirmou a Sérgio Moro que caixa 2 sempre existiu (Crédito: Leo Pinheiro / Valor Econômico)
Emílio Odebrecht afirmou a Sérgio Moro que caixa 2 sempre existiu
Crédito: Leo Pinheiro / Valor Econômico

Delator confirma que Odebrecht reformou sítio de Atibaia para Lula passar fins de semana

Frei Chico

No depoimento, Alexandrino de Alencar diz, inclusive, que alguns cuidados foram tomados para não comprometer a empresa nem o ex-presidente Lula, como a compra de materiais em dinheiro vivo. O ex-executivo afirmou ainda que Lula sempre soube da mesada que a empresa dava ao irmão dele, Frei Chico, que durou 13 anos.

Por Gabriela Echenique
O delator da Odebrecht, Alexandrino de Alencar, confirmou à Lava-jato, que a Odebrecht reformou o sítio de Atibaia para que Lula fosse ao local nos finais de semana. 
No depoimento, o ex-executivo diz, inclusive, que alguns cuidados foram tomados para não comprometer a empresa nem o ex-presidente Lula: nenhum dos funcionários usou o macacão da empreiteira e a compra dos materiais foi feita toda em dinheiro vivo.
 Ele disse ainda que o advogado de Lula, Roberto Teixeira, mostrou preocupação para não parecer que a obra não tinha vínculo com os donos do sítio e em como justificar os pagamentos feitos. Ele chegou a sugerir que fosse feito um contrato fictício. 
Alexandrino relatou que foi a mulher de Lula quem pediu pessoalmente que a empreiteira fizesse o serviço. Segundo ele, Marisa Letícia afirmou: "estou precisando de um favor seu, estou precisando de terminar uma reforma no sítio. Estou querendo que, em janeiro, a gente possa se mudar pra lá. O pessoal do Bumlai está fazendo essa obra, mas está muito lento". 
O mesmo delator disse que a empresa arrumou um jeito de ajudar de alguma maneira o ex-presidente depois que ele saiu do governo. Daí, surgiu a ideia do programa de palestras. O preço delas, no valor de US$ 200 mil cada, pago pela Odebrecht, era determinado pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto.
Alexandrino também contou aos procuradores que a Odebrecht ajudou os negócios do filho de Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, em troca da ajuda do ex-presidente no relacionamento entre Marcelo Odebrecht e a ex-presidente Dilma, que era muito difícil. 
O delator conta que tanto Marcelo quanto Dilma tinham personalidade forte, e Lula se comprometeu a melhorar o relacionamento. Em contrapartida, ajudou no projeto de Luís Cláudio na criação da Liga de Futebol Americano, mesmo sem ser atribuição natural da empresa.
'Nós íamos buscar dentro ou fora do grupo capacitações para ajudar no relacionamento, com uma contrapartida", disse Alexandrino. 
Os delatores também confirmaram o pagamento de uma mesada ao Frei Chico, irmão de Lula. Alexandrino disse que inicialmente Frei Chico foi contratado pela empresa para prestar assessoria na área sindical, antes de Lula se tornar presidente. Depois que Lula assumiu, o contrato foi rescindido e a empresa passou a dar a mesada de R$ 3 mil porque ele precisava de dinheiro e foi reajustada para R$ 5 mil por mês. Alexandrino de Alencar disse que Lula sempreu soube da ajuda, que durou por 13 anos.
Em nota, os advogados de Lula afirmaram que as delações são mais uma tentativa de manchar a imagem de Lula e comprometer sua reputação. E reforçam a tese de que ele nao praticou nenhum crime. Diz que os procuradores só conseguiram acusações inúteis, sem qualquer materialidade, com suposições e sem prova.

Alexandrino de Alencar

Temer nega participação em irregularidades citadas em delação da Odebrecht

O presidente Michel Temer negou, em nota oficial divulgada na noite de ontem, ter se reunido com o ex-presidente da Odebrecht Industrial, Márcio Faria, em 2010 para tratar de doações ao PMDB, como o executivo disse em delação premiada.

 Segundo Faria, o encontro ocorreu no escritório de Temer em São Paulo e o pagamento ao partido seria em troca de facilitar a participação da Odebrecht em projetos da Petrobras.

“O presidente Michel Temer jamais tratou de valores com o senhor Márcio Faria. A narrativa divulgada hoje não corresponde aos fatos e está baseada em uma mentira absoluta. 

O que realmente ocorreu foi que, em 2010, na cidade de São Paulo, Faria foi levado ao presidente pelo então deputado Eduardo Cunha
conversa, rápida e superficial, não versou sobre valores ou contratos na Petrobras. 

E isso já foi esclarecido anteriormente, quando da divulgação dessa suposta reunião”, disse a nota divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.

Em 2010, Temer era deputado federal e candidato a vice-presidente em chapa com Dilma Rousseff. Eduardo Cunha, também presente na reunião, tentava reeleição para deputado federal. 

O teor da delação de Márcio Faria foi divulgado por veículos de imprensa em dezembro. As acusações dele fazem parte de uma série de depoimentos prestados por executivos da empreiteira divulgados hoje ontem.

O presidente contesta de forma categórica qualquer envolvimento de seu nome em negócios escusos. Nunca atuou em defesa de interesses particulares na Petrobras, nem defendeu pagamento de valores indevidos a terceiros”, conclui a nota divulgada pelo Palácio do Planalto

Por ser presidente da República, Michel Temer não pode ser investigado por atos anteriores ao mandato em exercício.


Da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Investigação de políticos citados em delações pode durar até 5 anos no STF

Os inquéritos abertos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar políticos citados nas delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht podem levar pelo menos cinco anos e meio para chegar a uma conclusão. 

O tempo é estimado pela FGV Direito Rio para que um processo criminal envolvendo autoridades com foro privilegiado seja finalizado.

A estimativa faz parte do levantamento Supremo em Números, divulgado anualmente pela instituição. 

Além do tempo médio, durante a tramitação, os processos ainda poderão ser paralisados e remetidos para a primeira instância do Judiciário se os políticos envolvidos não se reelegerem e, com isso, perderem o foro privilegiado. 

A prescrição dos crimes também não está descartada.

 No caso de investigados maiores de 70 anos, o tempo para a Justiça punir os acusados cai pela metade em relação à pena máxima para cada crime.

Os políticos citados nas delações dos ex-executivos da empreiteira Odebrecht vão responder no STF pelos crimes de lavagem de dinheiro, crime eleitoral (caixa 2) e corrupção ativa e passiva. 

As penas variam de três a 12 anos de prisão.

Com a abertura da investigação, os processos devem seguir para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e para a Polícia Federal (PF) para que sejam cumpridas as primeiras diligências contra os citados.

 Ao longo da investigação, pode ser solicitada a quebra dos sigilos telefônico e fiscal, além da oitiva dos próprios acusados.

André Richter - Repórter da Agência Brasil
Edição: Amanda Cieglinski

Marcelo Odebrecht diz que US$ 40 milhões foram pedidos para Lula em troca de financiamento Marcelo Odebrecht falou sobre uma a negociação de uma linha de crédito de US$ 1 bilhão junto ao BNDES para fechar negócios em Angola. O caso aconteceu em 2009, quando Paulo Bernardo era ministro do Planejamento. Segundo Marcelo Odebrecht, Paulo Bernardo teria pedido uma contribuição de US$ 40 milhões a pedido do ex-presidente Lula para autorizar a linha de crédito para a empreiteira.

Delações mostram que o que vale para empresas é ter 'bons amigos' no governo O depoimento de Marcelo Odebrecht deixou claro que tudo o que se pedia ao governo, sendo legítimo ou não, gerava uma expectativa de retorno. Esta é a melhor definição do 'capitalismo de amigos'.

Empresários prestavam ‘favorzinhos’ aos partidos políticos em troca de facilidades, diz delator Em um dos depoimentos, o empresário fala que contou com a ajuda de políticos no Senado para acabar com a chamada "guerra dos portos", em que as empresas acabavam comprando produtos importados porque os estados davam benefícios fiscais em detrimento dos produtos nacionais. O interesse da Odebrecht era favorecer a Brasken, que é o braço petroquímico do grupo.

https://www.braskem.com.br/unidades-braskem

Marcelo Odebrecht repassou dinheiro de contrato com a Petrobras ao PMDB Ele afirmou que o repasse chegou ao conhecimento de Dilma Rousseff, o que gerou incômodo no governo. A então presidente da Petrobras Graça Foster também não gostou do repasse. Marcelo Odebrecht não foi claro ao dizer que Michel Temer sabia dos pagamentos ao PMDB, mas disse que mandou um diretor da companhia avisá-lo que Dilma estava desconfiada dos repasses.

FGTS: Caixa já pagou R$ 12,3 bi de contas inativas a 8 milhões de trabalhadores

O valor sacado na segunda fase do pagamento das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre os dias 8 e 10 deste mês, alcançou R$ 6,2 bilhões, o equivalente a 55% do total de R$ 11,2 bilhões previstos para esta etapa. 

A informação foi dada pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, que participou hoje (12) da entrega de 300 imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida, no bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio.

Com esse resultado, a Caixa chega a mais de R$ 12,3 bilhões pagos a cerca de 8 milhões de trabalhadores beneficiados pela Medida Provisória (MP) 763/2016. 

Somente entre os nascidos em março, abril e maio, mais de 4,3 milhões sacaram os recursos das contas inativas do FGTS, o que representa 56% das 7,7 milhões de pessoas nascidas nesse período.

Na primeira fase, que teve início no dia 10 de março, a Caixa pagou mais de R$ 6,1 bilhões relativos às contas inativas do FGTS para 3,7 milhões trabalhadores nascidos em janeiro e fevereiro. 

O valor representa 88% do total inicialmente previsto (R$ 6,96 bilhões) e aproximadamente 77% do contingente de trabalhadores nascidos nos dois primeiros meses do ano com direito ao saque.

Em razão do fluxo de atendimento acima do esperado em algumas regiões do país, a Caixa abrirá 1.305 agências nesta quinta-feira (13) com duas horas de antecedência.

Nos locais em que os bancos abrem normalmente às 9h, as agências funcionarão das 8h às 16h.

A lista com a relação de agência está disponível no link.

Minha Casa, Minha Vida
O Residencial Saboia, condomínio entregue nesta quarta-feira em Santa Cruz, é destinado a famílias com renda de até R$ 1,8 mil e foi construído com recursos de R$ 128,9 milhões do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). Os 300 apartamentos estão distribuídos em 15 blocos de cinco pavimentos e as unidades têm área privativa de 43 metros quadrados (m²), divididos em dois quartos, sala, cozinha e banheiro.

O Saboia é o último condomínio do empreendimento Tasso Blasso, composto por mais cinco residenciais, já entregues, em um total de 1.720 unidades.

 Além de infraestrutura de pavimentação, rede de água e esgoto, drenagem, energia elétrica e acesso ao transporte público, o empreendimento conta, em seu entorno, com duas creches, cinco escolas e três postos de saúde.

Paulo Virgilio - Repórter da Agência Brasil
Edição: Fábio Massalli

Banco Central reduz juros básicos da economia para 11,25% ao ano

Pela quinta vez seguida, o Banco Central (BC) baixou os juros básicos da economia. 

Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu hoje (12) a taxa Selic em 1 ponto percentual, de 12,25% ao ano para 11,25% ao ano.

 A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

Com a redução de hoje, a Selic retorna ao nível de dezembro de 2014, quando também estava em 11,25% ao ano. 

De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano, no menor nível da história, e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015.

Somente em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia.

Em comunicado, o Copom informou que o comportamento da inflação permanece favorável. 

“O processo de desinflação [abrandamento da inflação] se difundiu e houve consolidação da desinflação nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. 

A desinflação dos preços de alimentos constitui choque de oferta favorável”, diz a nota do comitê.

A nota também diz que a aprovação e implementação das reformas do governo, especialmente as de natureza fiscal e de ajustes na economia, são “relevantes para a sustentabilidade da desinflação e para a redução da taxa de juros estrutural”.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 0,25% em março, o menor nível registrado para o mês desde 2012.

Nos 12 meses terminados em março, o IPCA acumula 4,57%. Até o ano passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecia meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%.

 Para este ano, o CMN reduziu a margem de tolerância para 1,5 ponto percentual. A inflação, portanto, não poderá superar 6% neste ano.

Inflação
No Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerrará 2017 em 4%.

 De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,09%.

Até agosto do ano passado, o impacto de preços administrados, como a elevação de tarifas públicas, e o de alimentos, como feijão e leite, contribuiu para a manutenção dos índices de preços em níveis altos. 

De lá para cá, no entanto, a inflação começou a desacelerar por causa da recessão econômica e da queda do dólar.

A redução da taxa Selic estimula a economia porque juros menores impulsionam a produção e o consumo num cenário de baixa atividade econômica. 

Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam crescimento de apenas 0,41% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2017. 

No último Relatório de Inflação, o BC reduziu a estimativa de expansão da economia para 0,5% este ano.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. 

Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. 

Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.

Da Agência Brasil*
*Colaborou Sabrina Craide
Edição: Juliana Andrade

OPERAÇÃO LAVA JATO - A LISTA DE FACHIN VEJA TODOS OS ALVOS DE INQUÉRITOS AUTORIZADOS PELO MINISTRO DO STF. CLIQUE NAS FOTOS PARA VER AS SUSPEITAS E O QUE DIZ CADA UM DOS INVESTIGADOS


Click aqui para acessar Lista

Quais as principais diferenças entre fundo DI e CDB? CDB é o Certificado de Depósito Bancário, um papel emitido pelo seu banco. Já os fundos de investimento pertencem aos cotistas do fundo. Os fundos referenciados DI aplicam em papéis de renda fixa, como CDBs e títulos públicos.

Mauro Halfeld

Com a taxa Selic em queda, como ficam os investimentos em renda fixa? Títulos com juros pré-fixados já perderam quase todo o potencial de ganho extra e projetam juros de menos de 10% até 2020. Já aqueles com juros pós-fixados, que são os mais conservadores, apresentam risco de ver o lucro acima da inflação evaporar. Os fundos de inflação e o Tesouro IPCA, no entanto, ainda oferecem rendimentos maiores, mas taxa fixa de 5% pode levar a prejuízos numa eventual crise.

Mauro Halfeld - É importante avaliar vantagens e desvantagens dos investimentos em renda fixa antes escolher em qual aplicar

Lava-jato é um processo de limpeza importante para o Brasil A percepção é que a Lava-jato e tudo o que está acontecendo com a operação é um processo de limpeza importante que não se vê em outro lugar do mundo. A gente sabe que tem muita corrupção no México, mas nada está sendo feito para resolver o problema. No Brasil, a perspectiva do investidor estrangeiro é que por mais que o processo hoje esteja turbulento, as coisas estão sendo feitas, as investigações estão avançando. Isso dá uma sensação de estabilidade para o investidor. Isso acaba tendo efeito benéfico de médio a longo prazo. A Lava-jato em si é vista como uma coisa boa para o país.

Temer está certo ao dizer que governo não pode ficar paralisado O presidente Michel Temer disse hoje que o governo não pode ficar paralisado. Na verdade, essa é a decisão certa. Pelo menos, essa é a fala certa. A lista do Fachin é enorme e deixa todo mundo indignado, mas ao mesmo tempo é importante lembrar que eles não são réus. Eles são investigados. Podem se tornar réus ou não. O processo da Justiça é lento. Existe uma diferença entre o tempo da Justiça e o da política.

Temer diz que governo não pode ficar paralisado. Foto: Aílton de Freitas / Agência O Globo


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