A dona de casa Sandra Santana resolveu resgatar um antigo costume, por pura necessidade: ela construiu um fogão a lenha no canto da cozinha e deixou de usar o fogão a gás há cerca de um ano. Com isso, a economia é de quase R$ 200 por mês, dinheiro que usa para comprar o básico. “Com o complemento que vem, ou você come, ou compra o gás. O que você vai gastar R$ 80, de gás, você compra arroz, feijão, açúcar. É o básico da casa”, disse. Além de garantir a comida da própria família, ela ainda ajuda na associação do bairro, onde 30 crianças são atendidas todos os dias. Tudo é feito em panelas bem grandes. “No mês que vem, já estamos com uma feijoada programada, para poder ajudar na escolinha”. Colocar comida na mesa está mesmo cada vez mais difícil. Além do aumento no preço dos alimentos, o gás de cozinha está cada dia mais caro. O último ajuste anunciado pela Petrobras, no começo do mês, foi de 5%. Um botijão de 13 quilos custava, em média, R$ 76 em dezembro de 2020. Neste ano, depois dos ...