SEPULTANDO NOSSAS MAZELAS, MALHANDO NOSSOS “JUDAS” Por: Chico Alencar
SEPULTANDO NOSSAS MAZELAS, MALHANDO NOSSOS “JUDAS”
Na tradição religiosa popular, o Sábado Santo é dia de silêncio e meditação.
Dia de levar ao túmulo tudo o que é sinal de morte em nós: egoísmo, vícios, manias, arrogância. Dia de reconhecimento e superação do que, em nós, é limitação: neuroses, autossuficiência, insensibilidade, acomodação.
Na minha infância, dia de “Malhar o Judas”, troçando de alguém - quase sempre uma autoridade pública corrupta ou “mandona”. Ou mesmo um vizinho chato, daqueles sempre mal humorados...
Que tal “malhar” os “judas” que nos habitam, e que vivem apegados a bens materiais, trocando convicções por trinta dinheiros?
Não precisa entrar num templo, nem “se refugiar num lugar mais bonito, em busca da inspiração” (João Nogueira e PC Pinheiro - “Poder da Criação”). Contemplar uma flor, uma árvore do caminho, o canto de algum passarinho, a própria (p)alma da mão, basta.
No escuro e no fundo de nós mesmos, onde também residem nossos mortos amados - com os bálsamos da saudade e junto ao Cristo descido da cruz - há uma réstia de luz que vai entrando... Podemos ser Páscoa!
Na tradição religiosa popular, o Sábado Santo é dia de silêncio e meditação.
Dia de levar ao túmulo tudo o que é sinal de morte em nós: egoísmo, vícios, manias, arrogância. Dia de reconhecimento e superação do que, em nós, é limitação: neuroses, autossuficiência, insensibilidade, acomodação.
Na minha infância, dia de “Malhar o Judas”, troçando de alguém - quase sempre uma autoridade pública corrupta ou “mandona”. Ou mesmo um vizinho chato, daqueles sempre mal humorados...
Que tal “malhar” os “judas” que nos habitam, e que vivem apegados a bens materiais, trocando convicções por trinta dinheiros?
Não precisa entrar num templo, nem “se refugiar num lugar mais bonito, em busca da inspiração” (João Nogueira e PC Pinheiro - “Poder da Criação”). Contemplar uma flor, uma árvore do caminho, o canto de algum passarinho, a própria (p)alma da mão, basta.
No escuro e no fundo de nós mesmos, onde também residem nossos mortos amados - com os bálsamos da saudade e junto ao Cristo descido da cruz - há uma réstia de luz que vai entrando... Podemos ser Páscoa!