PGR segue Moraes e nega mais prazo para Bolsonaro se defender sobre golpe

PGR segue Moraes e nega mais prazo para Bolsonaro se defender sobre golpe

Procuradoria seguiu entendimento de Alexandre de Moraes e foi contra pedido de defesa de ex-presidente

 atualizado 


A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta quarta-feira (5/3) contra o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para aumentar o seu prazo de resposta sobre a denúncia na trama golpista. 

A PGR seguiu o entendimento adotado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do caso, Alexandre de Moraes, que já havia negado os pedidos. Os advogados queriam aumentar o prazo de 15 para 83 dias, tempo que a Procuradoria levou para apresentar a denúncia  

Segundo a manifestação da PGR, não existe previsão legal para a prorrogação do prazo para a apresentação de uma resposta preliminar. “O pretendido prazo idêntico ao período em que os autos permaneceram sob análise do parquet igualmente não encontra respaldo legal.”.

Segundo a PGR, o argumento da defesa de Bolsonaro não se sustenta porque após a apresentação do relatório pela PF foi baixado o sigilo do caso e as defesas tiveram acesso ao material. 

De acordo com Paulo Gonet, a retirada do sigilo mostra que “houve amplo acesso à defesa aos elementos de provas, inclusive em momento prévio ao oferecimento da denúncia”.

“A Procuradoria-Geral da República aguarda a manutenção da decisão agravada e o não conhecimento do agravo regimental”, diz o documento. 


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Pedidos de Bolsonaro

No dia seguinte à denúncia da PGR, o ministro Alexandre de Moraes determinou que todos os denunciados teriam 15 dias para enviarem uma resposta preliminar à acusação. 

Na sequência, Bolsonaro, por meio de seus advogados, pediu que o STF autorizasse que o aumento de prazo para sua resposta, passando de 15 para 83 dias. O pedido, no entanto, foi negado.

Mesmo depois da negativa, o ex-presidente insistiu e protocolou novo pedido sob o argumento de que não houve “acesso à íntegra dos autos”. Esse também foi negado por Moraes, no final de fevereiro.

“A situação fática e jurídica que autorizou o indeferimento

dos pleitos do agravante mantém-se inalterada, não havendo nas razões recursais fundamento novo capaz de modificar o entendimento já estabelecido pelo eminente Ministro relator na decisão de 20.2.2025”, afirma a PGR. 

Se mantido o mesmo prazo inicial determinado pelo magistrado, Bolsonaro deve enviar uma resposta ainda nesta semana.

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