Na quinta-feira, o governo Lula anunciou alíquota zero para importação de alguns alimentos. “Lula pensa no povo em primeiro lugar”, diz Gleisi
07 de março de 2025, 09:57 hAtualizado em 07 de março de 2025, 10:05 hConteúdo postado por:
Camila França
247 - A futura ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, cobrou publicamente, em um apelo em suas redes sociais, que os governos estaduais sigam o exemplo do governo federal e eliminem os impostos sobre a cesta básica. A declaração foi feita nesta sexta-feira (7), um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar a isenção do imposto de importação para uma lista de alimentos essenciais, com o objetivo de conter a alta dos preços e combater a inflação.
Gleisi destacou que a iniciativa do governo federal representa um esforço concreto para reduzir o custo de vida da população e que os estados podem contribuir para ampliar esse impacto. “Ao tirar o imposto de importação de uma lista de alimentos básicos, o presidente Lula mostra mais uma vez que está ligado nos interesses da população. A medida vai contribuir para reduzir preços e combater a inflação de alimentos. Não será a única iniciativa com este objetivo, que pode contar também com a participação dos governos estaduais, reduzindo ou tirando impostos da cesta básica, como já faz o governo federal. Lula pensa no povo em primeiro lugar”, afirmou a futura ministra.
A cobrança de Gleisi acontece em meio a um contexto de crescente pressão sobre governadores para que colaborem na política de redução de preços dos alimentos. Atualmente, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é um dos principais tributos que incidem sobre os produtos da cesta básica, com alíquotas que variam conforme a política tributária de cada estado.
A posição da futura ministra reforça a estratégia do governo Lula de articular uma frente ampla para mitigar os impactos da inflação sobre os consumidores. O apelo aos estados também acompanha o esforço do governo para regulamentar a cesta básica nacional desonerada .
Segundo a CNN Brasil, a iniciativa recebeu apoio da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que reforçou a importância da implementação imediata da cesta básica nacional desonerada.
Nos bastidores, a expectativa é de que a adesão dos estados à proposta enfrente resistência, especialmente de governadores que contam com a arrecadação do ICMS sobre alimentos como uma fonte importante de receita. No entanto, a pressão política para que os gestores estaduais adotem medidas de desoneração deve aumentar, impulsionada por movimentos de entidades do setor alimentício e do comércio varejista, que já manifestaram apoio à redução dos tributos.
Com a declaração de Gleisi Hoffmann, o governo federal sinaliza que seguirá cobrando dos estados uma postura alinhada à sua política econômica para conter a inflação e garantir o acesso da população a alimentos mais baratos. O posicionamento da futura ministra, que comandará a articulação política do governo, indica que o Palácio do Planalto buscará intensificar o diálogo e a negociação com os governadores para viabilizar a isenção dos impostos estaduais sobre a cesta básica.
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