Sakamoto: Ex-chefe do Exército pôs maior prego no caixão de Bolsonaro


Colaboração para o UOL, em São Paulo

O ex-comandante do Exército, o general Marco Antônio Freire Gomes, colocou o maior prego no caixão político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou o colunista do UOL Leonardo Sakamoto durante o UOL News desta segunda-feira (4). Freire Gomes deu depoimento de 8 horas na Polícia Federal sobre tentativa de golpe.

É irônico, porque foi o [ex] chefe do Exército que botou o maior prego no caixão de Jair Bolsonaro até agora com seu depoimento confirmando que foi discutido um golpe com as Forças Armadas. Caixão político, é claro. Mas o fato é que o futuro de Jair agora jaz aos pés do depoimento de Freire Gomes.

Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

O general Freire Gomes foi chamado de cagão, foi humilhado. Não só ele, outros generais também foram humilhados por Braga Neto e sua trupe. Braga Neto, aquele que ajudou a articular um golpe de Estado até com militantes expulsos do Exército, um pessoal desqualificado.

Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Sakamoto lembra que foi promovido uma rede de ódio contra o ex-chefe do Exército e que ele estava na reunião em que se discutiu a minuta golpista apresentada por Bolsonaro.

Foi incentivado o ódio contra Freire Gomes, bullying contra ele sua família, uma coisa totalmente desagradável, que se espera de um hater, não de uma pessoa que foi ministro da Defesa, ministro-chefe Casa Civil e candidato a vice-presidente, ainda que tenha sido de Jair Bolsonaro.

Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Freire Gomes estava naquela fatídica reunião em que Bolsonaro apresentou aos comandantes das três Forças Armadas uma minuta de golpe, texto que ele mesmo editou, com destaque para a prisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE.

Leonardo Sakamoto, colunista do UOL


Segundo a delação de Mauro Cid, Freire Gomes e Batista Junior, comandante da Aeronáutica, não toparam entrar. A gente não sabe o que eles falaram ou se ficaram em silêncio, mas o fato é que embarcaram, ao contrário do almirante Garnier, comandante da Marinha, que teria pulado de cabeça.

Leonardo Sakamoto, colunista do UOL


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