Após ser alvo da PF no inquérito do golpe, Braga Netto articula pelos bastidores


Após ser alvo da PF no inquérito do golpe, Braga Netto articula pelos bastidores



 6 de março de 2024
General quer voltar a trabalhar no PL, mas interlocutores de Jair Bolsonaro seguram 

Depois que foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal, o ex-candidato a vice-presidente, general Walter Braga Netto, atua nos bastidores. Ele tem passado mais tempo no Rio de Janeiro do que em Brasília e gostaria de continuar trabalhando no PL pelo Rio, mas interlocutores de Bolsonaro estão segurando o ímpeto do oficial.

Ele chegou a ter o salário suspenso do cargo no PL após as investigações. Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, Braga Netto está proibido de se comunicar com os demais investigados. Ele recebia cerca de R$ 30 mil.

Em fevereiro, na suspensão, o PL afirmou que o corte no salário ocorreu por “impedimento temporário na prestação de serviços em decorrência de prisão preventiva ou cautelar diversa”. Bolsonaro, porém, está na mesma situação e não teve o salário cortado.

Essa semana, porém, está circulando discretamente em Brasília. 

Juliana Dal Piva
Juliana Dal Piva

Formada pela UFSC com mestrado no CPDOC da FGV-Rio. Foi repórter especial do jornal O Globo e colunista do portal UOL. É apresentadora do podcast "A vida secreta do Jair" e autora do livro "O negócio do Jair: a história proibida do clã Bolsonaro", da editora Zahar, finalista do prêmio Jabuti de 2023.  


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