General alvo de operação da PF quis dominar elite do Exército e seria comandante do golpe

  8 de fevereiro de 2024

Alto Comando barrou manobra por achar que Teophilo Gaspar concentraria poder excessivo nas mãos de uma única pessoa  

Alvo de busca e apreensão na operação feita hoje pela Polícia Federal, Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, general de quatro estrelas, tentou dar uma espécie de golpe na própria no Exército para colocar sob seu comando as organizações militares de elite da força. Ele era comandante de Operações Terrestres do Exército (Coter).

Segundo a Polícia Federal informou ao ministro Alexandre de Moraes, “ESTEVAM THEOPHILO se reuniu com o então Presidente JAIR BOLSONARO no Palácio do Alvorada e, de acordo com os diálogos encontrados no celular de MAURO CID, teria consentido com a adesão ao Golpe de Estado desde o que presidente assinasse a medida. 

Nesse sentido, além de ser o responsável operacional pelo emprego da tropa caso a medida de intervenção se concretizasse, os elementos indiciários já reunidos apontam que caberiam às Forças Especiais do Exército (os chamados Kids Pretos) a missão de efetuar a prisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal ALEXANDRE DE MORAES assim que o decreto presidencial fosse assinado”.

Meses antes da eleição, Teophilo teria sugerido a criação de um comando multidomínio para ter as forças de elite do Exército sob a alçada de apenas um general: ele próprio. Com isso ficariam sob o guarda-chuva do Coter integrantes dos comandos de operações especiais, artilharia, defesa cibernética, comunicação e guerra eletrônica, entre outras tropas especializadas.

A ideia teria sido bem recebida pelo atual comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, mas gerou clima de desconfiança no Alto Comando, já que concentraria poder excessivo nas mãos de uma única pessoa.

Estevam Theophilo chegou a ser cogitado para assumir o Comando do Exército em novembro de 2022, quando os militares avaliavam quem assumiria o posto no governo Lula — o escolhido foi o general Júlio Cesar de Arruda, que caiu após os atos golpistas no dia 8 de janeiro. Dos quatro indicados, no entanto, Theophilo era o último a ganhar as quatro estrelas, entregues a ele quando assumiu o Coter.

Assim como Bolsonaro, Estevam Theophilo foi aluno da Academia Militar das Agulhas Negras, a Aman. 

https://iclnoticias.com.br/general-alvo-de-operacao-da-pf-tentou-dominar-forcas-de-elite-do-exercito/

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