Colegas já tratam Moro como ex-senador em atividade


Leonardo Sakamoto 
 Colunista do UOL

E, claro, Alvaro Dias (Podemos), vigoroso defensor da operação Lava Jato, que foi um dos maiores entusiastas para que Moro disputasse um cargo público. Quando Moro viu barrado seu sonho de disputa presidencial, tentou o Senado no Paraná e acabou vencendo o padrinho — o que lhe rendeu acusações de traição por parte de eleitores de Dias.

O sentimento traduzido por um dos senadores ouvidos é que está se discutindo o espólio de alguém com a pessoa ainda viva. Outro aponta que Moro foi alvo de um misto de inaptidão de um novato na política partidária com a arrogância de achar que ainda estava à frente da 13ª Vara Federal de Curitiba quando disputou a eleição. Todos são unânimes em apontar que ele é o único responsável pelo seu próprio destino.

Moro condenou Lula, abrindo caminho para a vitória de Bolsonaro ao tirar o petista da eleição de 2018 e mantê-lo preso por 580 dias. Com a revelação de mensagens de Telegram apontando que combinou o jogo da condenação com procuradores da força-tarefa da Lava Jato, teve seu trabalho revisado.


O Supremo Tribunal Federal acabou por anular a sua condenação contra Lula e declarar o ex-juiz parcial no julgamento do caso. Cristiano Zanin, advogado do petista no caso, com quem Moro teve embates ao longo do processo, assumirá uma vaga de ministro do STF em agosto - cadeira que foi cobiçada pelo próprio Moro.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

https://noticias.uol.com.br/colunas/leonardo-sakamoto/2023/07/19/colegas-ja-tratam-moro-como-ex-senador-em-atividade-candidaturas-abundam.htm

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