Múcio errou na avaliação ao fazer fala 'suave' sobre golpistas


Santos Cruz: 

09/01/2023 19h05

O general Santos Cruz (Podemos) disse durante o UOL News que o ministro da Defesa, José Múcio, não teve "sorte" na própria avaliação de que deveria se dirigir aos golpistas de maneira tranquila.

"Ele tentou ser suave para a coisa não se agravar. Por baixo dos panos, já tinha gente tramando essa barbaridade que a gente assistiu. Achei que ele foi suave, dentro das características dele, mas não tinha uma boa avaliação do que estava acontecendo por trás".

"De quem era a responsabilidade de se dirigir a esse público logo após as eleições, quando montaram esses acampamentos?", questionou. "A responsabilidade era do poder político, não do comandante do quartel. Comandante do quartel não tem que fazer explicações políticas para o público que está ali".

Santos Cruz culpa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos ocorridos, dizendo que os atos antidemocráticos poderiam ter acabado antes.

Tivemos dois meses de silêncio absoluto do presidente da República, que tem a obrigação de se manifestar sobre os problemas nacionais. Não houve nenhuma manifestação. O que tinha em paralelo era um volume imenso de fake news estimulando essas pessoas a ficarem ali. Isso foi uma das maiores desonestidades do governo anterior."

Para o general, havia condições de Bolsonaro liderar uma oposição com a quantidade de votos que obteve na última eleição. Mas, agora, o caminho deve ser outro.

A direita séria tem que se livrar de Bolsonaro e desses extremistas."

Segundo o colunista do UOL Kennedy Alencar, o presidente Lula (PT) demonstrou insatisfação com o desempenho dos ministros Flávio Dino (PSB), da Justiça, e José Múcio, da Defesa, no combate aos ataques golpistas de ontem em Brasília.

Ele (Lula) vê o fracasso grande do José Múcio, ministro da Defesa, e do Flávio Dino. O Múcio e o Flávio falharam no primeiro grande desafio que tiveram, sobretudo o Múcio, que foi o ministro da Defesa que disse que Bolsonaro era um democrata e que havia manifestantes democratas, inclusive parentes dele no QG do Exército."

Ainda durante a edição desta tarde do UOL News, Kennedy destacou que Flávio Dino "tomou uma rasteira" do governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e das autoridades de segurança da capital.

"Em determinado momento, no entanto, Dino começou a recuperar o terreno perdido, propondo a intervenção militar nas forças de segurança pública do DF, quando Lula estava em Araraquara ontem e Lula de pronto aceita".

De acordo com o jornalista, o presidente da República tem a avaliação de que quem "arrumou a casa" após os ataques foi o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Foi a partir de uma decisão de Moraes, que os acampamentos dos QGs do Exército, em Brasília e no resto do Brasil, começaram realmente a ser desmontados. Portanto, o Múcio operando com os militares não conseguiu sucesso nessa área. Foi necessário uma decisão do Alexandre de Moraes para que isso acontecesse."

Para o colunista, também foi uma decisão acertada de Moraes afastar Ibaneis Rocha do governo do DF. Com a medida, segundo Kennedy, o magistrado "deu um sinal" para outros governadores que têm polícias bolsonaristas e radicalizadas a "não seguir o mesmo caminho".

"Hoje, o Lula tem uma avaliação de que o caminho para enfrentar o problema é muito mais um caminho que o Alexandre de Moraes decidiu seguir do que aquele que o Múcio e o Flávio Dino seguiram".

Na avaliação do colunista do UOL José Roberto de Toledo, os atos de vandalismo ontem em Brasília catalisaram a opinião pública e de autoridades contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em sua participação na edição especial do UOL News de hoje, o jornalista destacou a necessidade de punir, sobretudo, os organizadores dos ataques.

Ou se prende, investiga, processa, descobre-se, responsabiliza e prende quem pagou, quem organizou, ou isso não vai acabar nunca. Finalmente as autoridades parecem ter acordado para a urgência disso. Tivemos várias prévias que não resultaram em nada."

Do ponto de vista político, sem dúvida nenhuma, os atos catalisaram a opinião pública e, principalmente, de quem manda contra o Bolsonaro. Hoje, um deputado, um senador, que não falar explicitamente contra o que aconteceu no domingo em Brasília, estará sujeito a ser cassado pelos seus pares."

Soraya Thronicke relata vandalismo em gabinete: 'Sensação de insegurança'

A senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) lamentou a destruição dos gabinetes dos senadores em ato golpista de ontem. Ao UOL News, ela disse que é como se a própria casa fosse invadida.

"Ouvi vários senadores dizendo que o sentimento era de que invadiram a nossa casa".

Vídeos mostram que os invasores entraram nos gabinetes, quebraram vidraças e inundaram alguns espaços. A parlamentar diz que, por pouco, o gabinete dela não foi invadido, mas o local onde fica o senador José Serra (PSDB-SP) foi completamente revirado, segundo ela.

Veja a íntegra do programa:

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/01/09/santos-cruz-mucio-errou-na-avaliacao-ao-fazer-fala-suave-sobre-golpistas.htm

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