A geringonça LulAlckmin
Brenno Grillo
Sobrou otimismo entre quem esteve no jantar organizado por advogados no domingo (19), em São Paulo, para reunir Lula, Geraldo Alckmin e outros políticos.
Mas a empolgação parou no entendimento comum de que é preciso tirar Jair Bolsonaro do poder.
A geringonça LulAlckmin ainda precisa de tempo, diálogo e muita negociação para ir ao papel - caso vá.
"A união não está fechada. Lula e Alckmin vão forçar essa dúvida até o último segundo", afirmou um advogado presente ao jantar.
Além dos óbvios obstáculos políticos, há muitos interesses por trás da montagem da geringonça.
Um exemplo foi dado por outro advogado: "Compareceram muitos expoentes a ministro da Justiça, Advogado-Geral da União e Procurador-Geral da Fazenda Nacional".
Do Rubaiyat à rua, há empecilhos eleitorais que advogados não podem resolver e políticos paulistas costumam ignorar.
Lula aprendeu a ganhar eleições nacionais.
Conhece esses macetes - os que garantem palanques país afora e podem render voto, não like.
O ex-presidente também sabe o quanto vale a mera aproximação, ou aparência de aproximação, com um ex-tucano como Alckmin.
O petista não precisa que a geringonça vá às urnas para dar certo.
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