Economia: equipe demissionária se recusou a assinar medidas fura-teto

 Nonato Viegas

Embora nota divulgada pelo Ministério da Economia diga que a demissão em massa de seus técnicos tenha ocorrido de modo “a permitir que haja um processo de transição e de continuidade de todos os compromissos”, o tumulto se tornou generalizado na noite de quinta-feira, 21 de outubro.

Às 18h30, funcionários do ministério se perguntavam quem assumiria o lugar do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e sua adjunta, Gildenora Dantas; e do secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, e seu adjunto, Rafael Araujo.

Normalmente, quando sai o titular da secretaria, o adjunto ou seu executivo assume as funções burocráticas. Em outras palavras: assina e despacha. A dúvida neste exato momento é, na ausência do titular e de seu adjunto, quem assina os documentos.

Perguntada, a assessoria de imprensa do ministério não tinha resposta. Ninguém tinha.

O pedido de demissão dos secretários e seus adjuntos do Ministério da Economia, somada ao do secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Coelho, é a mensagem que Paulo Guedes não gostaria de enviar, agora sozinho, para o mercado.

A saída em massa ocorreu justamente por conta da insatisfação com as “manobras” da ala política do governo para burlar o teto de gastos e a adesão do presidente Jair Bolsonaro, pensando em sua reeleição no ano que vem.

De acordo com uma fonte do ministério, antes de sair os técnicos da equipe econômica disseram que não assinariam qualquer medida que contrariasse as regras fiscais.

Guedes tenta impedir outras defecções. 
https://obastidor.com.br/economia/economia-equipe-demissionaria-se-recusou-a-assinar-medidas-fura-teto-1931

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