O apartamento do PP no Leblon

 Diego Escosteguy

Publicada em 21/09/2021 

Alvo de operação da PF por suspeita de crimes no Ministério da Saúde, Davidson Tolentino usou como base no Rio, por anos, um apartamento no Leblon. Ciro Nogueira, que apadrinha Tolentino em Brasília desde os governos do PT, frequentava o imóvel na rua General San Martin, segundo relatos do próprio Tolentino a pessoas próximas.

A PF reuniu indícios de que esse apartamento era um ponto de encontro relevante para a cúpula do PP no Rio. O Bastidor confirmou a informação com operadores associados ao partido e corroborou por meio de documentos comerciais o vínculo de Davidson com o endereço no Leblon.

José Expedito Rodrigues Almeida, operador do PP que fechou delação premiada, disse que, em 2015, buscou R$ 50 mil em espécie com Davidson num apartamento no Leblon - "a mando" de Ciro e do deputado Dudu da Fonte, do mesmo grupo. Expedito, porém, não especificou o endereço. Antes, as coletas de dinheiro para Ciro, segundo o delator, davam-se num flat em Ipanema.

A PF não investigou esses relatos de coleta de dinheiro vivo no Leblon. Em 2018, Expedito gravou tentativas de ter seu silêncio comprado pela cúpula do PP, virou delator, colaborou com investigações da PF e entrou no programa de proteção à testemunha do Ministério da Justiça.

Há um mês, apesar das fortes evidências, a Segunda Turma do Supremo rejeitou denúncia da PGR sobre esse caso. Kassio, indicado com apoio de Ciro, votou por rejeitar a acusação. 



https://obastidor.com.br/investigacao/o-apartamento-do-pp-no-leblon-1710

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