Aras e Lira são cúmplices da escalada autoritária, diz Bernardo Mello Franco
247 – "Na semana em que Jair Bolsonaro xingou a mãe de um ministro do Supremo e ameaçou dar golpe para escapar da Justiça, dois personagens se destacaram pela omissão: o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente da Câmara, Arthur Lira.
Ambos chegaram aonde estão com ajuda do presidente. Agora agem como cúmplices da escalada autoritária", lembra o jornalista Bernardo Mello Franco, em sua coluna publicada no jornal O Globo.
"A Constituição afirma que cabe ao Ministério Público defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais.
Aras ignora esses deveres para proteger quem o nomeou.
Sua incúria expõe o Judiciário a desgastes e começa a gerar um clima de insurreição na PGR", prossegue o colunista.
"Na Câmara, Lira continua a segurar mais de uma centena de pedidos de impeachment. Sua omissão impede que o presidente seja julgado por múltiplos crimes de responsabilidade.
E vale como incentivo para que continue a delinquir", pontua Mello Franco, a respeito da prevaricação de Lira.
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