Maior estudo evolutivo de coronavírus confirma origem de morcegos para humanos

 O maior estudo evolutivo de coronavírus, realizado na Universidade da Carolina do Norte em Charlotte (UNCC), confirmou a origem do Sars-CoV-2 a partir de um coronavírus de morcegos, informa a Folha.

A pesquisa foi conduzida no Centro de Pesquisa em Bioinformática da universidade e liderada pelo professor Daniel Janies, e o artigo científico foi publicado na última semana na revista especializada Cladistics.

A análise, segundo o jornal paulistano, incluiu mais de 2.000 genomas únicos de coronavírus de quatro gêneros diferentes da subfamília Orthocoronavirinae, que podem infectar os humanos. O Sars-Cov-2, da atual pandemia, é um exemplo de um desses gêneros, o betacoronavírus.

De acordo com o biólogo brasileiro Denis Jacob Machado, integrante da equipe de pesquisa, o estudo confirma que os morcegos foram fontes nos casos do Sars-CoV-2 e em outros vírus. O pesquisador acrescenta que “nada indica a necessidade de um hospedeiro intermediário” para o vírus entre morcegos e humanos.

A conclusão do trabalho é que novos eventos de transmissão de coronavírus de animais para humanos devem surgir em um futuro próximo. 

Para Machado, “é imprescindível investir em pesquisa contínua para catalogar e descrever a diversidade de vírus na natureza com potencial para infectar humanos, e isso depende não só de um sistema de vigilância, mas também de investimento em ciência”.  

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