A República governada pelo vereador Carlos Bolsonaro
Paulo Guedes? Tarcísio de Freitas? Há quem diga que estes são os dois nomes mais importantes do governo de Jair Bolsonaro. No entanto, a revelação da existência de um ministério paralelo mostra que a grande força dessa gestão está no seio familiar do presidente, mais precisamente no filho 02: o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos). Em depoimento à CPI da Covid, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, e o representante da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, revelaram que era comum ver Carlos Bolsonaro participando de reuniões oficiais que tratavam de ações no combate à pandemia. Mas, não é de hoje que o filho “02” de Bolsonaro demonstra força dentro do governo. Carlos foi responsável direto pelas demissões de Gustavo Bebianno, da Secretaria-geral da Presidência, e Santos Cruz, da Secretaria de Governo. No entanto, o vereador ficou famoso pelas suas articulações nas redes sociais, incluindo a conta pessoal do presidente. Carlos Bolsonaro é apontado como líder do chamado “Gabinete do ódio”, instalado no terceiro andar do Palácio do Planalto, e que desfere ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às instituições. O grupo é investigado no inquérito das “Fake News”, aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) Diante do exposto, dá para dizer que Carlos Bolsonaro comanda um governo paralelo? Existe algum crime nesta interferência?