Maia diz que resultado do PIB reflete a 'desorganização do governo'

 Noeli Menezes, da CNN Brasil, em Brasília

03 de dezembro de 2020 às 11:15 | Atualizado 03 de dezembro de 2020 às 11:38 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira (3) que o avanço de 7,7% do Produto Interno Bruto (PIB) é resultado da "desorganização do governo". Ao ser questionado se ele considerava a alta pequena ou insuficiente, respondeu: "tamanha é a desorganização do governo".

O comentário de Maia sucede ao do ministro da Economia, Paulo Guedes, que admitiu que o avanço de 7,7% veio um pouco abaixo do esperado. Analistas de mercado esperavam alta de 8,5% a 9% no terceiro trimestre.  

Maia disse ainda que está impressionado com “a tentativa” de Guedes “de flexibilizar a meta fiscal”. “É uma jabuticaba brasileira.”

A flexibilidade da meta fiscal (receitas menos despesas) está no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2021 que a equipe econômica enviou ao Congresso em abril. O Tribunal de Contas da União alertou o Executivo em novembro de que a ausência de meta pode resultar em condenação por crime de responsabilidade, como aconteceu com a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.

Segundo Maia, “primeiro queriam acabar com o déficit primário, agora não querem meta para não ter que organizar o 

contingenciamento”. “Isso é uma sinalização muito ruim”, continuou o parlamentar. Ele defende que a LDO, cuja votação em plenário está marcada para o próximo dia 16, seja aprovada com uma meta fiscal.

“Que o governo diga -- como o Copom diz quando toma uma decisão sobre juros -- qual há a tendência, que haverá sempre o risco pela incerteza, de que a meta pode ser restabelecida durante a execução orçamentária. Agora, não ter meta ou uma meta flexível é uma jabuticaba brasileira.” 

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