Mauro Araújo, Diegão, Pastor Evaristo, Chico Bezerra e Jean Lopes são investigados pelo Ministério Público

 Cinco vereadores e três empresários foram presos pela Polícia Militar na manhã de ontem por suspeita de envolvimento em corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. De acordo com a investigação da Promotoria do Patrimônio Público, os empresários compravam apoio para aprovar leis encomendadas por eles.

Outros quatro mandados de prisão foram expedidos, mas as detenções não foram concretizadas até o fechamento desta reportagem.
Os vereadores presos preventivamente são Carlos Evaristo da Silva (PSB), Diego de Amorim Martins (MDB), Francisco Moacir Bezerra (PSB), Jean Lopes (PL) e Mauro Araújo (MDB). Também foram presos, segundo a Promotoria, Carlos César Claudino de Araújo (irmão de Mauro Araújo), Willian Casanova e Joel Leonel Zeferino, empresário do ramo de construção civil. Outro vereador também é procurado, além de um servidor da Câmara Municipal e outros dois empresários. Informações que chegaram à reportagem dão conta de que tais procurados são o vereador Antonio Lino da Silva (PSD) e o filho de Chico Bezerra, Pablo Bezerra.
Todos os presos foram conduzidos à sede do Ministério Público (MP) em Mogi das Cruzes, na rua Ricardo Vilela, por volta das 9h30 de ontem. Ao chegar ao local, o vereador Chico Bezerra passou mal e uma ambulância teve de ser chamada para socorrer o parlamentar.
A operação Legis Easy (do português, Lei Fácil) é um desdobramento da incursão no gabinete do vereador Mauro Araújo em novembro de 2019, quando houve a apreensão de celulares e documentos (veja mais ao lado).
De acordo com a Promotoria, a investigação aponta corrupção na Câmara e em contratos com a Secretaria Municipal de Saúde de Mogi das Cruzes e com o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae). As empresas investigadas - a WA, do vereador Araújo, a MLC de seu irmão, e a Casanova Mix, do ramo de materiais de construção - possuem contratos com a administração pública e repassariam verbas às empresas ligadas ao vereador Mauro Araújo, que faria a distribuição do dinheiro aos demais parlamentares. "Eles eram beneficiados, sem dúvida, para a aprovação de leis", disse a promotoria.
Ainda segundo a promotoria, em depoimento, os vereadores confirmaram que receberam dinheiro do parlamentar Mauro Araújo, mas o montante se tratava de empréstimos. Eles não confessaram que o recebimento da verba era uma troca por apoio político.
A Câmara de Mogi informou que recebeu da Justiça uma determinação de afastamento do vereador Chico Bezerra, em razão de prisão preventiva na modalidade domiciliar, e que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, que seguem sob sigilo judicial. "Sobre os demais fatos, a Câmara não foi oficialmente notificada e fica impossibilitada de se pronunciar a respeito", disse, em nota.
Já a Prefeitura de Mogi disse que a investigação corre sob sigilo, e que não recebeu nenhuma informação acerca do tema, mas que está à disposição para colaborar com as investigações independentemente de quais pessoas estejam sendo investigadas.
A reportagem tentou contato com assessores dos vereadores presos. A assessoria dos vereadores Jean Lopes e Carlos Evaristo foram contatadas e não se manifestaram. As demais, não foram localizadas até o fechamento desta reportagem. 
A defesa do empresário Joel Leonel Zeferino, representada pelo advogado Dirceu do Valle, afirmou que buscará revogar a prisão e que "todos os esclarecimentos já foram prestados pelo empresário".
Cinco vereadores e três empresários foram presos pela Polícia Militar na manhã de ontem por suspeita de envolvimento em corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. De acordo com a investigação da Promotoria do Patrimônio Público, os empresários compravam apoio para aprovar leis encomendadas por eles.
Outros quatro mandados de prisão foram expedidos, mas as detenções não foram concretizadas até o fechamento desta reportagem.
Os vereadores presos preventivamente são Carlos Evaristo da Silva (PSB), Diego de Amorim Martins (MDB), Francisco Moacir Bezerra (PSB), Jean Lopes (PL) e Mauro Araújo (MDB). Também foram presos, segundo a Promotoria, Carlos César Claudino de Araújo (irmão de Mauro Araújo), Willian Casanova e Joel Leonel Zeferino, empresário do ramo de construção civil. Outro vereador também é procurado, além de um servidor da Câmara Municipal e outros dois empresários. Informações que chegaram à reportagem dão conta de que tais procurados são o vereador Antonio Lino da Silva (PSD) e o filho de Chico Bezerra, Pablo Bezerra.
Todos os presos foram conduzidos à sede do Ministério Público (MP) em Mogi das Cruzes, na rua Ricardo Vilela, por volta das 9h30 de ontem. Ao chegar ao local, o vereador Chico Bezerra passou mal e uma ambulância teve de ser chamada para socorrer o parlamentar.
A operação Legis Easy (do português, Lei Fácil) é um desdobramento da incursão no gabinete do vereador Mauro Araújo em novembro de 2019, quando houve a apreensão de celulares e documentos (veja mais ao lado).
De acordo com a Promotoria, a investigação aponta corrupção na Câmara e em contratos com a Secretaria Municipal de Saúde de Mogi das Cruzes e com o Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae). As empresas investigadas - a WA, do vereador Araújo, a MLC de seu irmão, e a Casanova Mix, do ramo de materiais de construção - possuem contratos com a administração pública e repassariam verbas às empresas ligadas ao vereador Mauro Araújo, que faria a distribuição do dinheiro aos demais parlamentares. "Eles eram beneficiados, sem dúvida, para a aprovação de leis", disse a promotoria.
Ainda segundo a promotoria, em depoimento, os vereadores confirmaram que receberam dinheiro do parlamentar Mauro Araújo, mas o montante se tratava de empréstimos. Eles não confessaram que o recebimento da verba era uma troca por apoio político.
A Câmara de Mogi informou que recebeu da Justiça uma determinação de afastamento do vereador Chico Bezerra, em razão de prisão preventiva na modalidade domiciliar, e que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações, que seguem sob sigilo judicial. "Sobre os demais fatos, a Câmara não foi oficialmente notificada e fica impossibilitada de se pronunciar a respeito", disse, em nota.
Já a Prefeitura de Mogi disse que a investigação corre sob sigilo, e que não recebeu nenhuma informação acerca do tema, mas que está à disposição para colaborar com as investigações independentemente de quais pessoas estejam sendo investigadas.
A reportagem tentou contato com assessores dos vereadores presos. A assessoria dos vereadores Jean Lopes e Carlos Evaristo foram contatadas e não se manifestaram. As demais, não foram localizadas até o fechamento desta reportagem. 
A defesa do empresário Joel Leonel Zeferino, representada pelo advogado Dirceu do Valle, afirmou que buscará revogar a prisão e que "todos os esclarecimentos já foram prestados pelo empresário".
Chico Bezerra - PSB Chico Bezerra - PSB 
Jean Lopes - PLJean Lopes - PL
Pastor Evaristo - PSBPastor Evaristo - PSB
Diego Martins - MDBDiego Martins - MDB
Mauro Araújo - MBDMauro Araújo - MBD
1ª fase da operação foi em novembro de 2019
O Ministério Público (MP) esteve em novembro do ano passado no gabinete número 10 da Câmara Municipal, de responsabilidade do vereador Mauro Araújo (MDB), em cumprimento da ordem judicial de busca e apreensão dos objetos que pudessem servir como prova dos possíveis atos ilícitos cometidos pelo parlamentar. Ao todo, foram coletados dois computadores e alguns documentos.
Na oportunidade, o vereador demonstrou surpresa sobre o caso, no qual, segundo ele, "de vítima foi transformado em autor". "Estou certo de que com tudo apurado e constatada a retidão do negócio que, aliás, sempre tem sido o norte da minha vida, tanto pública como privada, será a investigação levada a arquivo", disse, por nota, o vereador, no ano passado.
Também alvo de investigações naquela oportunidade, o empresário Joel Leonel Zeferino também denominou aquela ação do MP - que viria a ter resultados ontem - como "pirotecnia". "A exemplo de qualquer pessoa de boa fé, para tentar reparar os prejuízos e punir os culpados, levamos o caso à polícia e pedimos que fosse esta ocorrência investigada, visando a punição dos estelionatários", justificou Zeferino, na oportunidade. "É triste sinalizar que, pelo visto, a Justiça confunde com facilidade vítima com ladrão", disse o empresário. (F.A.)
Escândalo de corrupção é o segundo em pouco tempo na região
A prisão dos vereadores mogianos na manhã de ontem foi o segundo caso de suspeita de corrupção no Alto Tietê que tomou proporções nacionais. Por meio da Operação Soldi Sporchi (Dinheiro Sujo em italiano), a Polícia Civil de Guarulhos investigou o desvio de medicamentos de unidades públicas de saúde de Arujá, para a produção de cocaína de uma facção criminosa.
O traficante líder da facção, Anderson Lacerda Pereira, conhecido também como “Gordão”, está na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) como um dos criminosos mais procurados do mundo. Uma grande reportagem veiculada pelo programa Fantástico, da Rede Globo, apontou ainda que o vice-prefeito de Arujá tem uma dívida com Gordão.
Isso porque o traficante teria emprestado dinheiro para a campanha política de Oliveira. Segundo informações da Rede Globo, Gordão também controlava a gestão de um hospital municipal e de uma Unidade de Pronto Atendimento do município, por meio de organizações sociais (OS).
Além disso, era ele quem controlava a antiga empresa de coleta de lixo da cidade, que também tinha contrato para coleta de lixo hospitalar do Hospital e Maternidade Dalila Ferreira. Os medicamentos desviados para a adicionar à cocaína eram colocados em sacos de lixo para o disfarce, e depositados pelos caminhões do lixo em lugares específicos onde atuavam outros membros da facção criminosa.
Cronologia
8 horas - mandados são executados
9h30 - presos chegam à sede do Ministério Público
10 horas - depoimentos começam
12h30 - depoimentos se encerraram
15h45 - presos deixam a sede do MP com destino ao 1º DP de Mogi.
Felipe Antonelli - http://www.portalnews.com.br/_templates/materia/mobile.php?materia=/_conteudo/2020/09/cidades/128211-cinco-vereadores-sao-presos-por-suspeita-de-corrupcao.html

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