Para Fiocruz, distanciamento deve se manter até que haja imunidade coletiva

Jéssica Otoboni, da CNN, em São Paulo

Um documento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) encaminhado ao MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio) diz que é importante fazer uma análise ampla que não se limite apenas ao momento atual da pandemia do novo coronavírus, mas que considere manter o distanciamento até que a população consiga desenvolver imunidade coletiva, seja por infecção ou vacina.
O relatório foi enviado ao MP-RJ na semana passada em resposta à solicitação do órgão sobre medidas de distanciamento social em meio à pandemia do novo coronavírus.
documento da Fiocruz afirma que essas medidas são temporárias e ressalta a importância de fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), tanto na questão do monitoramento da doença quando da transmissão, com leitos hospitalares e UTIs (unidades de terapia intensiva), por exemplo.
Os pesquisadores lembram que, apesar da importância do distanciamento, o prolongamento dele acaba impactando em outros pontos da saúde, como os relacionados à saúde mental e à violência doméstica, já que as pessoas precisam ficar mais tempo em casa.
No documento, a Fiocruz ainda menciona três pontos classificados como essenciais para o distanciamento social: as decisões das autoridades devem ser tomadas com base em dados e evidências científicas sobre a doença; a população precisa ser informada sobre a importância dessas medidas e os critérios para a determinação de cada uma delas; e deve haver ações para fortalecer a proteção social e reorganizar a economia e as atividades sociais com o objetivo de tentar reduzir os impactos da pandemia.
Até ontem, o Brasil já havia registrado 31.199 mortes por Covid-19, além de 555.383 casos confirmados da doença, segundo o Ministério da Saúde. 
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