Lamento o ocorrido', diz Moro sobre mudança do Coaf para o Ministério da Economia

Transferência do conselho que atua na prevenção e combate à lavagem de dinheiro foi aprovada na Câmara nesta quarta (22). 

Ministro disse que 'faz parte da democracia perder ou ganhar'.


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, lamentou nesta quinta-feira (23), em rede social, o resultado da votação da medida provisória da reforma administrativa que transferiu o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça para o Ministério da Economia.


O texto-base da MP foi aprovado na noite desta quarta-feira (22), por votação simbólica, no plenário da Câmara dos Deputados. O destaque da MP que previa a manutenção do Coaf no Ministério da Justiça foi rejeitado por 228 votos a 210 (saiba como votou cada deputado).

Moro afirmou que 'lamenta o ocorrido' e agradeceu aos deputados que votaram pela manutenção do Coaf no Ministério da Justiça.

"Sobre a decisão da maioria da Câmara de retirar o COAF do Ministério da Justiça, lamento o ocorrido. Faz parte da democracia perder ou ganhar. Como se ganha ou como se perde também tem relevância. Agradeço aos 210 deputados que apoiaram o MJSP e o plano de fortalecimento do COAF", disse.


Durante esta manhã, em evento na cidade de Recife, Moro disse que não gostou da decisão, mas que respeita o parlamento.

"O governo fez uma proposta legislativa, foi colocada no Congresso, houve votação e por uma maioria apertada se decidiu pela manutenção. Embora eu não tenha gostado, nós respeitamos a decisão do parlamento", declarou o ministro.

Moro disse que, apesar da mudança, o Coaf vai continuar trabalhando na prevenção da lavagem de dinheiro.

"Embora o Coaf retorne para Economia, vai continuar fazendo trabalho que sempre realizou, de inteligência e prevenção de lavagem de dinheiro, que é extremamente importante para fins de prevenção e combate ao crime organizado, e identificação de patrimônio de criminosos. Então, a política de integração continua ainda que ele fique em outra pasta", afirmou.
Por Gabriel Palma e Marina Meireles, TV Globo e G1 — Brasília

 

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