Preços de imóveis têm perda real de 24% em 4 anos, diz Abecip - Exame:
Os preços dos imóveis caíram 2% de dezembro de 2014 a dezembro de 2017,
segundo dados do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R),
calculado com base em dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito
Imobiliário e Poupança (Abecip).
Mas, se for descontada a inflação, a queda é
muito maior, de 24,%, reflexo da forte crise por que passou o setor imobiliário
brasileiro nos últimos quatro anos, afirma Gilberto Duarte de Abreu Filho,
presidente da Abecip. “Esses números mostram a crise gigantesca que o setor
enfrentou”, diz.
Segundo ele, a queda de 0,60% em 2017 nos preços indica que o
mercado começa a apresentar uma recuperação. “No ano passado, começamos a ver
um movimento sutil, um começo de reação dos preços”, diz.
Em algumas cidades, inclusive, já houve alta dos preços, como São Paulo,
com 0,40%, Curitiba, com 0,77% e Salvador, com 0,24%. “Isso reforça nossa visão
de que vamos ter alguma recuperação mais forte este ano”.
Os dados da Abecip mostram também variações de preços diferentes de acordo
com o tipo de imóvel. No caso de São Paulo, as casas perderam mais valor, 5%,
de 2014 até 2017, o que significa 26,2% de perda real. Já os apartamentos
subiram 2,2%, o que significa queda real de 20.2% no período.
O estudo da
Abecip incluiu as regiões da cidade de São Paulo e mostrou que, nas regiões
mais periféricas e mais pobres, os imóveis perderam mais valor.
Caso do extremo
da Zona Sul, onde as casas caíram 10% e os apartamentos, 10,5%, o que
representa perdas reais de 29,5% e 30,2%, respectivamente. “Isso pode ser
explicado porque a crise e o desemprego afetou mais a população dessas
regiões”, explica Abreu Filho.
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