Revendedoras na região já estão comercializando botijões mais caros. Restaurantes tentam não repassar reajuste ao consumidor final
gás de cozinha está quase 7% mais caro para o consumidor. E a Petrobrás avisa que vem mais aumento por ai. A cobrança vai ter variações mensais. Quem trabalha com a venda de alimentos, já prevê prejuízo e quem vende os botijões também já está preocupado.
Faz uma semana que o reajuste pegou a comerciante Juliana Vital Borelli de surpresa e claro, ela não conseguiu segurar o valor. A distribuidora vende em média 2 mil unidades de gás, a maioria pra comerciantes do centro de Mogi das Cruzes. Os botijões no estabelecimento já estão mais caros. “Ele estava saindo por R$ 60 hoje está R$ 62. Tivemos reclamações. Temos que ter um jogo de cintura para segurar o consumidor final.”
O que mais tem preocupado a Juliana, é que o reajuste de 6,7% não deve parar por ai. No próximo mês o valor deverá ser ainda maior. “A informação que chegou para nós é que o reajuste vai ser mensal. Estamos estudando como vai funcionar”, disse.
A notícia não é bem vinda neste restaurante que fica no Mogilar. A Rosane dos Santos Santiago tem a opção de usar o botijão, além do gás encanado, mas mesmo assim diz que não tem como fugir do reajuste. O movimento na hora do almoço é muito grande, são pelo menos 20 quilos de comida por dia. Saem 150 marmitas de segunda a sábado. “A gente acaba não conseguindo repassar para o cliente e ficamos no prejuízo. Está subindo muito”
Pra não perder o freguês, ela já pensa em algumas alternativas. Mudar a variedade é uma ideia. “Vamos manter o básico, o mais simples, se não vai acrescentar muito o preço. Mas vamos manter o máximo possível.”
Esse reajuste de 6,7% é nas refinarias. De acordo com a Petrobrás, o preço pro consumidor deve ficar, em média, 2,2 % mais caro. Ainda segundo a Petrobrás, a revisão mensal de preço, pode também fazer com que o valor do gás de cozinha diminua em alguns meses, assim como acontece hoje com o combustível.
Por Diário TV
