Risco de fuga fez a Justiça deter Filló Segundo o judiciário, o político pode ser condenado a quatro anos de prisão pelo crime em que é acusado; ex-prefeito está no CDP de Mogi

Foto: Erick Paiatto                                                                                 



O risco de fuga do ex-prefeito de Ferraz de Vasconcelos Acir Filló (sem partido) fez com que o Judiciário decretasse a prisão preventiva do político, segundo informações do processo expedido pelo juiz André Forato Anhê, da 3ª Vara Cível da Comarca de Ferraz. 
A ação corria em segredo de justiça mas já está disponibilizada no site do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).
De acordo com o documento, pela gravidade dos crimes, o político pode pegar pena de até quatro anos de prisão. 
Ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Mogi das Cruzes, na quinta-feira. Filló foi encontrado em um dos apartamentos de sua propriedade no bairro Anália Franco, na capital.
"Dadas as fortes suspeitas que o cercam e a influência dele, representa sensível risco à ordem pública e à ordem econômica. É de verificar ainda que o réu, se seguir solto, representará risco à instrução processual criminal. 
Como exposto, é pessoa influente e com poder político local, que não hesitou em lançar mão de vários mecanismos para evitar a investigação em âmbito cível no processo que apura o 'esquema do lixo'", diz o documento.
No processo, o juiz entendeu que, se o político ficar solto, ele pode colocar em risco as investigações, devido a influência que ele têm e as tentativas que já ocorreram. 
Filló está sendo acusado de fraude e desvio de verba pública
A ação cita o enriquecimento ilícito do ex-prefeito e pode ser condenado a ressarcir os cofres públicos, que tiveram desfalque de R$ 65 milhões.
O processo afirma ainda que Filló era "chefe do grupo criminoso de saqueadores do município", pois articulava compras irregulares e superfaturadas. 
A Justiça também pediu a quebra de sigilo das contas bancárias do político, que já é citado como réu.
 "Trata-se de crimes dolosos contra a administração pública, cujas penas, somadas, superam fartamente o limite de quatro anos de prisão, possibilitando a decretação imediata de sua prisão preventiva".
No processo, o juiz lembra de outros crimes cometidos por Filló, inclusive a fraude do contrato da coleta de lixo, em que ele é acusado de superfaturamento, fraude e desvio de verba, que ocasionou o afastamento dele do cargo.
A perseguição contra os procuradores do município também é citada.
 "Parece nítido que, a fim de evitar a ação da procuradoria na colheita de documentos sobre concorrências suspeitas, especialmente sobre a concorrência objeto destes autos, o prefeito buscou remover e afastar procuradores municipais, agindo de forma contrária ao interesse público e expondo a risco concreto à instrução processual".
Por fim, a Justiça entendeu que há o risco de fuga do réu, que tentou ser localizado em outras ocasiões sem sucesso.
Uma das vezes em que o oficial de Justiça tentou encontrá-lo, foi atendido pela esposa de Filló, que afirmou não saber o endereço do político, porque estavam separados. 
Em outra ocasião, ela informou que o marido estava na casa de parentes em Curitiba, sem a previsão de retorno.
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