Crédito imobiliário com recursos da poupança cai 22,4%

No ano até outubro,
164,1 mil imóveis foram financiados, um recuo de 45,6% em relação a
igual período de 2015, quando 301,5 mil unidades foram objeto de
financiamento bancário. Em 12 meses, o crédito imobiliário financiou a
aquisição e a construção de 204,1 mil imóveis, redução de 48%
Os financiamentos imobiliários concedidos com recursos da caderneta de
poupança pelos agentes financeiros no âmbito do Sistema Brasileiro de Poupança
e Empréstimo (SBPE) caíram 22,4% em outubro na comparação com outubro de 2015,
para um total de R$ 3,6 bilhões. Nesse tipo de comparação, é o 11º mês de
retração para o setor, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de
Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Em relação a setembro, no entanto,
houve alta de 15,6% nas operações de crédito imobiliário.
No ano, até outubro, os financiamentos imobiliários chegaram a R$ 37,2
bilhões, o que representa uma queda de 44,2% em relação a igual período do ano
passado. No acumulado de 12 meses, R$ 46,1 bilhões foram destinados para
aquisição e construção de imóveis com recursos da poupança — retração de 46,6%
em relação aos 12 meses precedentes.
Em outubro, 16,1 mil imóveis foram financiados nas modalidades de
aquisição e construção, o que correspondeu a uma queda de 21,3% sobre outubro
de 2015. Em relação a setembro, mês possivelmente impactado pela greve dos
bancos, a alta foi de 31,3%.
No ano até outubro, 164,1 mil imóveis foram financiados, um recuo de 45,6%
em relação a igual período de 2015, quando 301,5 mil unidades foram objeto de
financiamento bancário. Em 12 meses, o crédito imobiliário financiou a
aquisição e a construção de 204,1 mil imóveis, redução de 48%.
O cenário de queda de financiamento imobiliário segue o de perdas de
recursos da poupança. Em outubro, os saques nas cadernetas de poupança mais uma
vez superaram os depósitos, com perda líquida de R$ 1,77 bilhão. Em 2016, a
captação líquida da poupança foi negativa em R$ 42,8 bilhões. O valor, contudo,
é inferior à perda líquida de R$ 54 bilhões registrada em igual período do ano
passado.
(Valor Online - Finanças - 28/11/2016)
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